O nosso santo da caridade para com os
doentes continua pensando no meio de nós. Por isso, lá vai mais uma das suas
boas idéias:
"Deus opera também por meio de
instrumentos imperfeitos. Maior é a sua glória quando, servindo-se de um nada,
faz coisas maravilhosas" (São Camilo).
Acredito que na realidade humana de
hoje, onde um forte egocentrismo e exibicionismo imperam essa faceta do
evangelho é bem vinda. Comumente as grandes revistas e jornais dão destaque aos
grandes cérebros e bem sucedidos da humanidade. Em contrapartida, os fracos e
pouco prendados normalmente são esquecidos ou, mencionados quando praticam
algum delito.
O nosso herói da caridade nos diz que
Deus se serve de pequenos instrumentos para operar grandes obras. Pode se
servir de grandes instrumentos, como S. Tomás de Aquino, São Bento e outros
luminares, mas na maioria das vezes se serve de pessoas muito simples e
pequenas para realizar obras estupendas. Tudo isso para destacar que a obra é
de Deus e não do homem. Tudo isso para que os homens não se vangloriem, mas se
coloquem a serviço e descubram a alegria de servir, isto é, a alegria do
Evangelho.
Por isso Deus quer se valer de cada um
de nós, homens e mulheres simples e pequenos, para realizar grandes
obras. O mais importante não é a nossa grandeza, mas a abertura de coração para
Deus. O mais importante não é o tamanho do nosso quociente de inteligência (QI)
ou a grandeza das obras que realizamos, mas o tamanho da nossa abertura
para acolher o projeto de Deus. O mais importante não é o que eu faço, mas
o que Deus faz através de mim. O mais importante não é a quantidade de livros
que escrevo, mas a inspiração de Deus que me leva a fazer isso ou aquilo em
favor dos meus irmãos.
Suplicamos ao Senhor que nos dê essa
consciência e acolhimento dos projetos divinos!
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