O nosso Gigante da Caridade
não para de nos surpreender como o seu modo de pensar e, sobretudo, com seu
modo de agir ao pé da cruz do leito dos enfermos. Maria se solidarizou com o seu filho aos pés
da cruz e Camilo se solidariza com os sofredores ao pé da cruz do leito de
dor.
“Nós
devemos agradecer os doentes pela boa oportunidade que nos oferecem. Rendamos
graças a Deus sem esperar que eles nos agradeçam” (São Camilo).
Os santos são maravilhosos.
Eles nos apontam o caminho para Deus, isto é, para o Céu. São Camilo nos ensina
a agradecer a oportunidade que os enfermos nos oferecem para servi-los.
Geralmente costumamos queixar-nos que doentes, idosos, deficientes, e pobres,
que dão aquele trabalho. É verdade que dão trabalho, mas os santos têm uma forma
maravilhosa de encarar esses trabalhos. Eles não os veem como problemas para se
lamentar, mas como oportunidades para o exercício da caridade. Quantas atitudes
maravilhosas nós podemos aprender dos santos!
Quantos de nós deixamos de
ajudar as pessoas porque elas não são agradecidas! A pessoa agradece se puder e
se tiver tido formação para isso. A essência do cristianismo não está em
receber elogios e agradecimentos, mesmo que humanamente sejam bons e possam
estimular aquele que os recebe. A essência do cristianismo, que leva à
santidade, está em amar a todos sem esperar os agradecimentos. O fundamento do camilianismo,
que é parte viva do cristianismo, está em amar os doentes por amor a Deus, que
podemos contemplar na face de cada um deles.
Deus nos amou não porque nós
agradecemos. Enquanto ainda éramos pecadores, Ele veio ao nosso encontro para
amar-nos (cf Gl 4,3). Ele amou porque ele é bom e não porque nós somos
agradecidos. São Camilo que é uma seta
que aponta o caminho para Deus procurou plantar na sua escola de caridade essa
semente de Deus que se chama gratuidade.
Ontem tive a oportunidade de
visitar uma família que cuida de uma senhora idosa, que no momento está acamada
e bem confusa, mentalmente falando. Pude falar aos cuidadores, que são os netos
e a filha, sobre a grande oportunidade que estavam tendo de cuidar de Deus e
aprender a arte da gratuidade, que enche o coração de felicidade. Com isso não
negamos as dificuldades, mas miramos as inúmeras oportunidades da família e da
comunidade de amar verdadeiramente servindo os enfermos e, justamente por isso,
beber a verdadeira alegria. Após essa fala e rezarmos juntos, pude sentir a paz
e a serenidade tomando conta de todos.
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