domingo, 29 de setembro de 2013

Discurso do Papa aos catequistas

Discurso do Papa aos catequistas na Jornada dos 


Catequistas no Vaticano, por ocasião do Ano da Fé



Queridos catequistas,


Estou feliz que no Ano da Fé haja este encontro para vocês: a catequese é um pilar para a educação da fé, e precisamos de bons catequistas! Obrigada por este serviço à Igreja e na Igreja. Mesmo se às vezes possa ser difícil, trabalha-se tanto, empenha-se e não se veem os resultados desejados, educar na fé é belo! Ajudar as crianças, os rapazes, os jovens, os adultos a conhecer e a amar sempre mais o Senhor é uma das aventuras educativas mais belas, constrói-se a Igreja! “Ser” catequistas! Vejam bem, não disse “fazer” os catequistas, mas “sê-lo”, porque envolve a vida. Conduz-se ao encontro com Jesus com as palavras e com a vida, com o testemunho. E “ser” catequistas requer amor, amor sempre mais forte por Cristo, amor pelo seu povo santo. E este amor, necessariamente, parte de Cristo. 



O que significa este partir de Cristo para um catequista, para vocês, também para mim, porque também eu sou um catequista? 



1. Primeiro de tudo, partir de Cristo significa ter familiaridade com Ele. Jesus o recomenda com insistência ao discípulos na Última Ceia, quando estava prestes a viver o dom mais alto do amor, o sacrifício da Cruz. Jesus utiliza a imagem da videira e dos ramos e diz: permaneçam no meu amor, permaneçam ligados a mim, como o ramo está ligado à videira. Se somos unidos a Ele, podemos dar frutos, e esta é a familiaridade com Cristo. 



A primeira coisa, para um discípulo, é estar com o Mestre, escutá-lo, aprender com Ele. E isto vale sempre, é um caminho que dura toda a vida! Para mim, por exemplo, é muito importante permanecer diante do Tabernáculo; é um estar na presença do Senhor, deixar-se olhar por Ele. E isto aquece o coração, mantém aceso o fogo da amizade, te faz sentir que Ele verdadeiramente te olha, está próximo a você e te quer bem. Entendo que para vocês não é assim simples: especialmente para quem é casado e tem filhos, é difícil encontrar um tempo longo de calma. Mas, graças a Deus, não é necessário fazer tudo do mesmo modo; na Igreja há variedade de vocações e variedade de formas espirituais; o importante é encontrar o modo adequado para estar com o Senhor; e isto se pode, é possível em toda etapa da vida. Neste momento, cada um pode se perguntar: como vivo este “estar” com Jesus? Tenho aqueles momentos em que permaneço na sua presença, em silêncio, deixo-me guiar por Ele? Deixo que o seu fogo aqueça o meu coração? Se no nosso coração não há o calor de Deus, do seu amor, da sua ternura, como podemos nós, pobres pecadores, aquecer os corações dos outros? 



2. O segundo elemento é este: partir de Cristo significa imitá-Lo no sair de si e ir ao encontro do outro. Esta é uma experiência bela, e um pouco paradoxal. Por que? Porque quem coloca no centro da própria vida Cristo sai do centro! Mais se une a Jesus e Ele se torna o centro da tua vida, mais Ele te faz sair de ti mesmo, te descentraliza e te abre aos outros. Este é o verdadeiro dinamismo do amor, este é o movimento do próprio Deus! Deus é o centro, mas é sempre doação de si, relação, vida que se comunica... Assim nos tornamos também nós se permanecemos unidos a Cristo, Ele nos faz entrar neste dinamismo do amor. Onde há verdadeira vida em Cristo, há abertura ao outro, há saída de si para ir ao encontro do outro em nome de Cristo. 



O coração do catequista vive sempre esse movimento de "sístole – diástole": união com Jesus, encontro com o outro. Sístole – diástole. Se falta um destes dois movimentos não bate mais, não vive. Recebe como dom o Kerigma, e por sua vez o oferece como dom. É esta a natureza do próprio Kerigma: é um dom que gera missão, que impulsiona sempre para fora de si mesmo. São Paulo dizia: “O amor de Cristo nos impulsiona”, mas este  “nos impulsiona”, pode se traduzir também em “nos possui”. É assim: o amor te atrai e te envia, te toma e te doa aos outros. Nesta tensão se move o coração do cristão, em particular o coração do catequista: união com Jesus e encontro com o outro? Se alimenta no relacionamento com Ele, mas para levá-Lo aos outros? Eu digo uma coisa para vocês: eu não entendo como um catequista pode permanecer parado, sem este movimento. 



3. O terceiro elemento está sempre nessa linha: partir de Cristo significa não ter medo de ir com eles às periferias. Me vem à mente a história de Jonas, uma figura verdadeiramente interessante, especialmente nos nosso tempos de mudanças e incertezas. Jonas é um homem piedoso, com um a vida tranquila e organizada, isso o leva a ter os seus esquemas bem claros e a julgar tudo e todos com estes esquemas, de modo rígido. Por isso, quando o Senhor o chama e lhe diz para ir a Nínive, a grande cidade pagã, Jonas não quer ir. Nínive está fora de seus esquemas, é a periferia de seu mundo. E então, ele escapa, foge, embarca em um navio que vai para longe. Releiam o livro de Jonas! É breve, mas é uma palavra muito instrutiva, especialmente para nós que estamos na Igreja. 



Que coisa nos ensina? Nos ensina a não ter medo de sair dos nosso esquemas para seguir a Deus, porque Deus vai sempre além, Deus não tem medo das periferias. Deus é sempre fiel e criativo, não é fechado e por isso nunca é rígido, nos acolhe, nos vem ao encontro, nos compreende. Para ser fiel, para ser criativo, é necessário saber mudar. Para permanecer com Deus necessita saber sair, não ter medo de sair. Se um catequista se deixa dominar pelo medo, é um covarde; se um catequista está tranquilo ele acaba sendo uma estátua de museu; se um catequista é rígido se torna encarquilhado  e estéril. Pergunto a vocês: alguém quer ser um covarde, estátua de museu ou estéril?



Mas atenção! Jesus não diz: ide, e se virem. Não! Jesus disse: Ide, eu estou convosco! Essa é a nossa beleza e a nossa força. Se nós partimos, se saímos para levar o seu  Evangelho com amor, com verdadeiro espírito apostólico, com parresia, Ele caminha conosco, nos precede, é o primeiro sempre. Vocês aprenderam o sentido dessa palavra. E isso é fundamental para nós: Deus sempre nos precede! Quando pensamos estar longe, em uma  extrema periferia, e talvez temos um pouco de temor, na verdade Ele já está lá. Jesus nos espera no coração daquele irmão, em sua carne ferida, em sua vida oprimida, em sua alma sem fé. Jesus está ali, naquele irmão. Ele sempre nos precede. 



Caros catequistas, digo a vocês obrigado por aquilo que fazem, mas, sobretudo, porque vocês estão na Igreja, no Povo de Deus em caminho. Permaneçamos com Cristo, procuremos ser sempre uma  só coisa com Ele; O sigamos imitando-O em seu movimento de amor, no seu ir ao encontro do homem; e saiamos, abramos as portas, tenhamos a audácia de trilhar novas estradas para o anúncio do Evangelho!


sábado, 28 de setembro de 2013

AVISOS


VISITAS

Pedimos àquelas famílias que têm doentes ou que queiram a benção em suas casas, que deixem seu nome e endereço na secretaria durante a semana.

 MENSAGEIRAS DAS CAPELINHAS

Missa das mensageiras das capelinhas, dia 02 de outubro, na Catedral de Curitiba -  início as 14 horas com o terço.

RETIRO DE CASAIS

Nos dias 05 e 06 de outubro, teremos o RETIRO DE CASAIS  com o tema: "Família, torna-te aquilo que és!" Inscrição e maiores informações na secretaria da matriz. Venham participar desta benção!

RENOVAÇÃO DAS INSCRIÇÕES DA CATEQUESE 2013/2014
No mês de Outubro – dias 05, 19 e 26
Em Novembro – dias 9 e 16
Inscrições no mesmo horário da Catequese. Maiores informações no edital.


FESTA DA PADROEIRA DA CAPELA NOSSA SRA. APARECIDA

Já estamos vendendo o almoço para festa da padroeira  - 12 de outubro -, no valor de R$ 25,00.  Poderá ser comprado na secretaria da Matriz durante a semana.


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Refl. Ev. 1189 (Lc 9, 18-22) 27/09/13


E vós quem dizeis que eu sou? 


Jesus estava orando, a sós, e os discípulos estavam com ele. Então, perguntou-lhes: “Quem dizem as multidões que eu sou?” Eles responderam: “Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; outros ainda acham que algum dos antigos profetas ressuscitou”. Mas Jesus perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “O Cristo de Deus”. Mas ele advertiu-os para que não contassem isso a ninguém. E explicou: “É necessário o Filho do Homem sofrer muito e ser rejeitado pelos anciãos, sumos sacerdotes e escribas, ser morto e, no terceiro dia, ressuscitar” (Lc 9, 18-22).



Não é suficiente ver Jesus, conforme o evangelho de ontem, mas é preciso saber quem é Jesus. O mais importante não são as aparências externas, que podem ser enganosas, mas aquilo que a pessoa é atrelada à sua missão. Por conta disso vem a pergunta de Jesus aos seus seguidores.
Jesus está interessado em saber quem é ele aos olhos das multidões e aos olhos dos seus seguidores, discípulos e discípulas. Aos olhos do povão ele é um personagem do passado que ressuscitou e está atuando novamente no meio da comunidade. Estão presos no passado e não estão abertos para a novidade de Deus. Parece o povão que eu ouço dizer: no meu tempo que era bom, nos tempos antigos tínhamos bons professores. Com isso perdem a oportunidade de ver o novo e o bom que o Pai do Céu oferece quotidianamente aos seus.
Aos olhos dos discípulos, quem é ele? Pedro toma a iniciativa e responde, em nome do grupo, que ele é o Cristo de Deus, isto é, o prometido e ungido, que Deus havia prometido e que agora caminha entre eles, buscando realizar a obra do Pai. Podemos notar que Pedro está aberto ao novo, está “antenado” na novidade do Pai do Céu, que a cada dia pode surpreender. Não é um velho preso ao passado, mas com a experiência do passado aberto para a novidade de cada dia.
Eis irmãos o que é um discípulo missionário de Jesus. Não é um xiita radical preso ao passado, nem um revolucionário que joga fora o passado, dizendo que nada daquilo tem valor e corre avidamente atrás do novo. É um homem equilibrado consciente dos valores e das promessas do passado, mas com as antenas dóceis às novidades do Espírito, que deseja que avancemos na edificação do Reino de Deus, que é de Deus, mas também é nosso.
Para evitar uma ideologia triunfalista, que havia na mentalidade judaica, Jesus faz o primeiro anúncio da paixão. Jesus deixa claro para os seus que alcançaria a sua glória através de muitos sofrimentos, da própria morte e ressurreição. Na mentalidade judaica essa ideia contrariava a maneira de pensar que possuíam de que os bons não sofriam, não passavam pela doença, que Deus os premiava com muitos bens, etc.
Queridos irmãos! Jesus está querendo ensinar os daquele tempo e os de hoje também que os seus seguidores, mesmos que bons, devem carregar essa mesma cruz de dores e sofrimentos para alcançar a glória de Deus. Persiste, em nossos dias, a mentalidade que os bons não devem sofrer, não podem ser rejeitados; que os bons não podem ficar doentes ou desempregados, etc. Não é esse o ensinamento de Jesus, queridos leitores. Muitos de nós precisamos alinhar os nossos pensamentos com os pensamentos do Mestre, se queremos ser seus discípulos missionários de verdade.




Pe. Arlindo Toneta – Pároco – 
Paróquia N. Sra. da Boa Esperança – Pinhais - PR


quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Refl. Ev. 1188 (Lc 9, 7-9) 26/09/13

Herodes queria ver Jesus.


O rei Herodes ouviu falar de tudo o que estava acontecendo, e ficou confuso, porque alguns diziam que João Batista tinha ressuscitado dos mortos. Outros diziam que Elias tinha aparecido; outros ainda, que um dos antigos profetas tinha ressuscitado. Então Herodes disse: “Eu mandei cortar a cabeça de João… Quem será esse homem, sobre quem ouço falar estas coisas?” E procurava ver Jesus (Lc 9,7-9).



Herodes queria ver a Jesus. Diante do que ele ouviu dizer que Jesus fazia, Herodes estava cheio de curiosidade. Desejava vê-lo para saber qual a cor dos olhos, o tamanho dos seus cabelos, se tinha pele morena ou branca, se falava com desenvoltura ou era meio gago, se era baixo ou alto. Enfim, Herodes queria ver com os seus olhos quem era esse homem do qual a o povo falavam tanto. Não tinha nenhuma intenção de aprender com ele ou tornar-se discípulo do mesmo.  Ao encontrá-lo com os seus olhos humanos ficou decepcionado, pois não viu mais do que um homem comum, sem atributos especiais, que a sua imaginação o levava a pensar.
Caros irmãos! Vocês também querem ver Jesus? Como desejam vê-Lo? Para que desejam vê-lo? Apenas para satisfazer alguma curiosidade ou para seguir seus passos?  Querem vê-Lo apenas com os olhos humanos, como Herodes, ou com os olhos da fé? Com os olhos da curiosidade humana Jesus não passa de um homem qualquer. Um homem que come e bebe, um homem que sente frio e calor, um homem que necessita da ajuda material de algumas mulheres ricas, um homem que se cansa e pede água a uma samaritana junto ao poço de Jacó, um homem nascido de uma mulher Maria de Nazaré.
Se o nosso desejo não for tão superficial e ligado às aparências podemos ver o Filho de Deus Vivo, que passeia no meio de nós. Caminha conosco apontando o Amor do Pai por nós seus filhos e filhas. Caminha conosco curando o nosso olhar, que normalmente se fixa nas aparências, oferecendo-nos as suas lentes que nos dão o olhar da fé. Com esse olhar cheio de fé contemplaremos o Filho de Deus encarnado, que Herodes não conseguiu ver. Veremos o maior gesto do Amor do Pai por nós e nos apaixonaremos por Ele. Em cada pessoa humana veremos o seu rosto e o amaremos nos nossos irmãos.  Seremos capazes de vender tudo, tudo para adquirir esse bem supremo.
Queridos leitores! Peçamos a graça de superar a mera curiosidade externa e avançar para águas mais profundas a fim de, na fé, conhecer o coração de Deus e dos seus filhos e filhas. Movidos por esse olhar de fé possamos contemplar o Céu abraçando a terra para redimi-la.




Pe. Arlindo Toneta – Pároco – 
Paróquia N. Sra. da Boa Esperança – Pinhais - PR



terça-feira, 24 de setembro de 2013

Refl. Ev. 1187 (Lc 8,19-21) 24/09/13


Minha mãe e meus irmãos.


Sua mãe e seus irmãos vieram ter com ele, mas não podiam se aproximar, por causada multidão. Alguém lhe comunicou: “Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem te ver”. Ele respondeu: “Minha mãe e meus irmãos são estes: os que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática” (Lc 8,19-21).




Não só Maria de Nazaré teve o privilégio de ser mãe de Jesus e Tiago e João, os primos, serem chamados de irmãos do Senhor. A maternidade de Jesus e a fraternidade com Jesus está ao alcance de todos os homens e mulheres de boa vontade. Jesus está dizendo, no texto acima, que basta colocar em prática a sua Palavra, e não apenas ouvi-la, para ser sua Mãe e seus irmãos.
Portanto, querido leitor e leitora, se você alimenta esse sonho de ser mãe de Jesus e irmão dele não perca as esperanças. Aproveite o mês da Bíblia e tome uma decisão radical. Decida colocar em prática a sua Palavra e logo Jesus te chamará de Mãe e ou de irmão e irmã.
O que é mais bonito, querido leitor, é que o povo que contigo convive verá o rosto de Jesus em você. Captará os pensamentos de Jesus nos teus pensamentos. Eles poderão notar as atitudes do Mestre através das tuas atitudes de acolhida, de compreensão misericordiosa e de ajuda a todos, sem exclusões.
Se o povo brasileiro ou da tua comunidade conhece pouco a Jesus e vive pouco os seus ensinamentos revela que existem poucos irmãos e poucas irmãs de Jesus naquela localidade. Revela que as mães de Jesus não estão aí para apresentar aos demais o Sacramento do Pai do Céu, isto é, Jesus Cristo.
Diante de tantos que se dizem católicos, resta-nos concluir, que os católicos e demais que se dizem amigos de Jesus, estão vivendo muito pouco a sua Palavra. Quem sabe a escutam com prazer como Herodes, mas ainda não possuem a decisão fundamental de colocá-la em prática.
Peçamos a graça de não apenas ouvir a Palavra de Jesus, mas de tomar a decisão, que só pode ser nossa, de colocar a sua Palavra dentro da nossa maneira de pensar e de agir. Estou certo que se assim fizermos evangelizaremos o mundo e a ganância, o ódio e a guerra fratricida serão banidos do mundo.





Pe. Arlindo Toneta – Pároco – 
Paróquia N. Sra. da Boa Esperança – Pinhais - PR

AVISOS



VISITAS

Pedimos àquelas famílias que têm doentes ou que queiram a benção em suas casas, que deixem seu nome e endereço na secretaria durante a semana.


MENSAGEIRAS DAS CAPELINHAS

Missa das mensageiras das capelinhas, dia 02 de outubro, na Catedral de Curitiba -  início as 14 horas com o terço.


RETIRO DE CASAIS

Nos dias 05 e 06 de outubro, teremos o RETIRO DE CASAIS com o tema: "Família, torna-te aquilo que és!" Será no seminário São Camilo.
Inscrição e maiores informações na secretaria da matriz. As vagas são limitadas.
Venham participar desta benção!


RENOVAÇÃO DAS INSCRIÇÕES DA CATEQUESE 2013/2014

Prezados Pais e/ou Responsáveis: Comunicamos, que este ano estaremos renovando as inscrições da catequese para 2014 ainda este ano, durante o meses de outubro e inicio de novembro, conforme datas e horário abaixo:
Outubro – dias 05, 19 e 26
Novembro – dias 9 e 16
Inscrições no mesmo horário da Catequese. Maiores informações no edital.


FESTA DA PADROEIRA DA CAPELA NOSSA SRA. APARECIDA

Já estamos vendendo o almoço para festa da padroeira - 12 de outubro -, no valor de R$ 25,00.  Poderá ser comprado na secretária da Matriz durante a semana.

CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SAÚDE


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Refl. Ev. 1186 (Lc 8,16-18) 23/09/13


Na luz tudo é conhecido.

“Ninguém acende uma lâmpada para escondê-la debaixo de uma vasilha ou colocá-la debaixo da cama; ela é posta no candelabro, a fim de que os que entram vejam a claridade. Ora, nada há de escondido que não venha a ser descoberto. Nada há de secreto que não venha a ser conhecido e se tornar público. Olhai, portanto, a maneira como ouvis! Pois a quem tem será dado, e a quem não tem, até aquilo que julga ter lhe será tirado!” (Lc 8,16-18)

    Jesus está ensinando algo que parece evidente, a respeito da luz que é acesa para iluminar, mas não é tão evidente assim. Precisamos entender melhor o que ele está querendo passar aos seus seguidores.
      Inicialmente fica claro que todo o indivíduo, bom da cabeça, acende uma luz para colocá-la em lugar estratégico para iluminar o caminho e ou para aquecer alguém, uma vez alguns tipos de luzes são quentes. Na verdade, Jesus está usando de uma realidade, bem conhecida de todos, para instruir os seus seguidores a respeito de realidades espirituais profundas.
      Que realidades espirituais são essas? Em primeiro lugar, está dizendo que quem conhece a Ele e a sua Palavra, tem a vida iluminada. Dentro dele se acende uma lâmpada que brilha, aquece e ilumina todo o seu caminhar. Não é mais alguém que caminha nas trevas do erro e da mentira que conduz à morte, mas caminha na luz da verdade que conduz à vida.
      Além disso, ele se torna uma lâmpada acesa para iluminar a todos os que estão em casa. Irradia luz e calor para todos os que dele se aproximam. Os que praticam o mal não se aproximam dele, como não se aproximam de Jesus e da sua Palavra, para que a Luz não revele as suas más intenções. Eis algumas qualidades do discípulo missionário de Jesus Cristo!
     O que aprender da lâmpada acesa e encoberta debaixo de um caixote? Queridos leitores! Eu entendo que Jesus está falando hoje dos muitos e muitos católicos e batizados que conheceram Jesus, que foram batizados, que fizeram primeira comunhão, receberam a confirmação do Batismo, isto é, a Crisma e hoje vivem escondidos debaixo do egoísmo e indiferença. Esse trecho do Evangelho está querendo ensinar que quem foi batizado, crismado e conheceu a Jesus e a sua Palavra não pode mais viver escondido. Está dizendo que os que foram iluminados por Cristo e a sua Palavra têm a missão de iluminar e aquecer a família e a comunidade, além de si mesmos.
      Diante desse ensinamento, a pergunta que surge é a que segue: Por que hoje em dia, diante de um Brasil com mais da metade de católicos temos tantas e tantas trevas, isto é, erros, roubos, assassinatos, injustiças, e malandragens? A meu ver a resposta é evidente, isto é, porque são poucos os que foram batizados e iluminados pela Palavra de Deus que assumem publicamente a missão de iluminar e aquecer os passos desse nosso imenso País.          Muitos meteram a sua lâmpada debaixo do caixote e vivem como lâmpadas queimadas.
Peçamos a graça de jogar fora a vergonha de sermos católicos, e de assumir publicamente que somos amigos de Jesus e que agimos sempre iluminados pela sua Palavra, sobretudo nos momentos mais duros da nossa vida.







Pe. Arlindo Toneta – Pároco – 
Paróquia N. Sra. da Boa Esperança – Pinhais - PR

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Refl. Ev. 1185 (Lc 8,1-3) 20/09/13


Mulheres seguiam a Jesus.

Depois disso, Jesus percorria cidades e povoados proclamando e anunciando a Boa-Nova do Reino de Deus. Os Doze iam com ele, e também algumas mulheres que tinham sido curadas de espíritos maus e de doenças: Maria, chamada Madalena, de quem saíram sete demônios; Joana, mulher de Cuza, alto funcionário de Herodes; Susana, e muitas outras mulheres, que os ajudavam com seus bens (Lc 8,1-3).

Jesus rompe com a tradição judaica onde as mulheres não podiam seguir os mestres. O conhecimento dos mistérios de Deus era exclusividade dos homens. Quando Jesus inicia o seu ministério público logo admite mulheres no seu grupo. Com isso recupera a dignidade da mulher. Revela, de alguma forma, que mulher e homem, diante de Deus, possuem a mesma dignidade, mesmo que diferentes na sua missão antropológica. Não são excludentes, mas sim complementares. Jesus quer acolher a todos, revelando que na sua Igreja cabem todos: homens, mulheres, estrangeiros e crianças.
O que chama a atenção é que as mulheres que o seguem não são as que possuíam a melhor fama, quando foram admitidas no grupo dos seus seguidores. Eram mulheres problemáticas. Ele as cura de seus males e as admite no seu grupo. O seu grupo, portanto, não era um grupo de puros e santos, como alguns insistem, até hoje, em pensar. O seu grupo era constituído de pecadores em alto potencial. Apesar disso, não sente que a sua imagem está sendo comprometida diante do público, pois entende que a sua imagem ninguém pode comprometê-la. A sua força e brilho procedem de Deus e não dos homens ou das mulheres com quem anda.  
Quantos de nós evitamos certas pessoas porque imaginamos que a nossa imagem seja comprometida diante do público. Valemo-nos da tradicional afirmação: “Diga-me com quem andas que te direi quem tu és”. Se por um lado essa afirmação pode ser verdadeira por outro pode ser totalmente falsa. Por isso, precisamos de outra afirmação, que não leve a enganos: “Diga-me por que tu andas com essas pessoas que te direi quem tu és”. Jesus nunca andou com os pecadores por que era um pecador, mas para libertar os pecadores e ajudá-los a experimentar a liberdade amorosa.
Por que nós evitamos os pecadores e as pessoas de má fama? Normalmente porque estamos preocupados em preservar a nossa imagem de bonzinhos e não em ajudar os que estão no pecado e no erro a sair desse caminho que leva à morte. Jesus nunca se preocupou em preservar a sua imagem diante do publico, mas em recuperar a nossa imagem desfigurada pela discriminação do egoísmo e pecado.
Jesus aceitava a ajuda dos pecadores e não somente dos que se diziam bonzinhos. Aceitava a caridade das mulheres pecadoras, pois era uma forma de purificação dos pecados para elas. São Pedro nos recorda na sua carta que a caridade cobre uma multidão de pecados. Certamente Jesus sabia disso e permitia que elas exercessem o ministério da caridade para com ele.




Pe. Arlindo Toneta – Pároco – 
Paróquia N. Sra. da Boa Esperança – Pinhais - PR

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Refl. Ev. 1184 (Lc 7,36-50) 19/09/13

A pecadora acolhida.

Um fariseu convidou Jesus para jantar. Ele entrou na casa do fariseu e sentou-se à mesa. Havia na cidade uma mulher que era pecadora. Quando soube que Jesus estava à mesa na casa do fariseu, trouxe um frasco de alabastro, cheio de perfume, postou-se atrás, aos pés de Jesus e, chorando, lavou-os com suas lágrimas. Em seguida, enxugou-os com os seus cabelos, beijou-os e os ungiu com o perfume. Ao ver isso, o fariseu que o tinha convidado comentou: “Se este homem fosse profeta, saberia quem é a mulher que está tocando nele: é uma pecadora!” Então Jesus falou: “Simão, tenho uma coisa para te dizer”. Ele respondeu: “Fala, Mestre”. “Certo credor”, retomou Jesus, “tinha dois devedores. Um lhe devia quinhentas moedas de prata, e o outro cinquenta. Como não tivessem com que pagar, perdoou a ambos. Qual deles o amará mais?” Simão respondeu: “Aquele ao qual perdoou mais”. Jesus lhe disse: “Julgaste corretamente”. Voltando-se para a mulher, disse a Simão: “Estás vendo esta mulher? Quando entrei na tua casa, não me ofereceste água para lavar os pés; ela, porém, lavou meus pés com lágrimas e os enxugou com seus cabelos. Não me beijaste; ela, porém, desde que cheguei, não parou de beijar meus pés. Não derramaste óleo na minha cabeça; ela, porém, ungiu meus pés com perfume. Por isso te digo: os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados, pois ela mostrou muito amor. “Aquele, porém, a quem menos se perdoa, ama menos”. Em seguida, disse à mulher: “Teus pecados estão perdoados”. Os convidados começaram a comentar entre si: “Quem é este que até perdoa pecados?” Jesus, por sua vez, disse à mulher: “Tua fé te salvou. Vai em paz!” (Lc 7,36-50).

Sem entrar em maiores detalhes do texto, que certamente possuem a sua importância, quero apontar algumas elementos centrais que o Senhor Jesus quer transmitir a todos nós seus irmãos.
Em primeiro lugar o texto revela a realidade humana interesseira e excludente que aparece nos seres humanos. A mulher era muito conhecida, como pecadora, dos que lá estavam. Quem sabe, conhecida até sexualmente, por muitos dos que estavam na festa e se julgavam os santos e dignos da amizade de Jesus! Certamente nenhum deles a convidou para o jantar com Jesus na casa de Simão, mas já a haviam convidado para outros “jantares” sem a presença de Jesus.
Por outro lado, a mulher pecadora se sente convidada por Jesus, que veio para resgatar os pecadores, e ousa entrar na festa dos que se julgavam puros e santos. A sua presença leva incomodo naquela festa. Por que ela incomoda? Será que a sua presença não estava denunciando e colocando em cheque a pureza daquela gente?  Jesus aproveita do problema causado por aquela mulher e o transforma numa oportunidade para evangelizar.
Enquanto os outros viam a pecadora, Jesus vê uma mulher que ama. Uma mulher que tem sede de Deus e não apenas de homens sexualistas e hedonistas. Jesus destaca diante do anfitrião, Simão, o amor em gestos daquela mulher e perdoa todos os seus muitos pecados. Com essa atitude Jesus está mostrando a face misericordiosa de Deus Pai, que não quer condenar e excluir o pecador, mas sim perdoar e redimir. Além disso, está incentivando a todos os presentes a não mais focar os pecados do outro, mas sim os gestos de amor em detrimento das fraquezas e pecados, que estão presentes em todos os seres humanos.
Queridos leitores! Eis a atitude que se espera dos seguidores de Jesus. Claro que algumas pessoas e situações denunciam as nossas fraquezas e pecados com a sua presença, mas não há nada, para um seguidor de Jesus, que não possa ser transformado em oportunidade. Oportunidade para converter-nos ao amor misericordioso do nosso Pai do Céu. Ocasião propícia para acolher e perdoar. Oportunidade para aumentar o número dos nossos amigos. Oportunidade para engrossar as fileiras dos que seguem a Jesus. Oportunidade para mostrar a todos que o nosso Deus é um Deus que acolhe a todos e a todos perdoa sem excluir ninguém.
Que o Senhor Jesus nos ajude a avançar para águas mais profundas na Nova Evangelização; nesse jeito maravilhoso de a todos acolher e facilmente conceder o perdão, sem maiores exigências.





Pe. Arlindo Toneta – Pároco –
 Paróquia N. Sra doa Boa Esperança –
 Pinhais - PR

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Refl. Ev. 1183 (Lc 7,11-17) 17/09/13



A vitória da vida.

Em seguida, Jesus foi a uma cidade chamada Naim. Os seus discípulos e uma grande multidão iam com ele. Quando chegou à porta da cidade, coincidiu que levavam um morto para enterrar, um filho único, cuja mãe era viúva. Uma grande multidão da cidade a acompanhava. Ao vê-la, o Senhor encheu-se de compaixão por ela e disse: “Não chores!” Aproximando-se, tocou no caixão, e os que o carregavam pararam. Ele ordenou: “Jovem, eu te digo, levanta-te!” O que estava morto sentou-se e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe. Todos ficaram tomados de temor e glorificavam a Deus dizendo: “Um grande profeta surgiu entre nós”, e: “Deus veio visitar o seu povo”. Esta notícia se espalhou por toda a Judeia e pela redondeza inteira (Lc 7,11-17).

          O episódio acima nos coloca diante de duas multidões. Uma seguindo um morto e outra seguindo Jesus, a fonte da vida. A primeira turma está cheia de tristeza, de lágrimas e pranto a segunda está exultando de alegria e felicidade. São duas multidões profundamente diferentes. Parece que uma não tem nada a ver com a outra. Numa comparação bem conhecida, parecem água e óleo.
       Não sei se vocês, queridos leitores, identificam esses dois grupos no mundo. Um correndo atrás da morte e outro perseguindo a vida de qualquer maneira. Não precisamos ir para a Síria a fim de observar essa divisão humana. Os anjos da morte por um lado e os anjos da vida nas maternidades, nas escolas, nos confessionários, nos hospitais, nas famílias, etc.
Vamos ao episódio do Evangelho. Observem que Jesus e a sua turma encontram a turma que seguia o morto. Aquilo que parecia impossível aos olhos humanos aconteceu. Jesus mandou parar a procissão da morte. Jesus ordenou ao jovem que se levantasse e o entregou cheio de vida à sua mãe. A vida foi como que tomando conta da procissão da morte. Os seguidores da morte se encheram de alegria com a vitória da vida sobre a morte. Todos os seguidores da morte ressuscitaram e glorificaram a Deus fonte de vida nova.
          Queridos irmãos! Eis o que acontece com todos os que se encontram verdadeiramente com Jesus. Pode ser o casal que se encontra com Cristo, pode ser o jovem que encontra com Jesus, pode ser o adolescente ou a criança que experimenta a Jesus. Uma vez tocados por Jesus os homens e as mulheres podem se encher de vida nova. Podem sair do grupo dos que choram as perdas para engrossar o grupo dos seguidores de Jesus que acreditam na ressurreição e na vida nova trazida por Jesus.
          Hoje tivemos a oportunidade de observar essa passagem do evangelho aqui na nossa comunidade de Pinhais. Ontem (segunda-feira), à noite, estivemos na casa do Olímpio e esposa, para rezar o terço com um grupo de casais. Entre eles estava Railda e Odair, um casal muito querido da comunidade N. Sra. da Boa Esperança. Esse casal prontificou-se a me levar para o terço e me trazer. Na meditação do Evangelho do dia falávamos de um Pai Maravilhoso que nos aguarda para acolher no Banquete da Vida. No percurso a Railda me falava que queria preparar um almoço para que eu pudesse estar na sua casa com toda a família. Hoje fomos surpreendidos com a notícia que a Railda teve um enfarto e foi participar definitivamente do Banque da Vida, que falamos ontem.
           A princípio o fato chocou profundamente a família, pois ela tinha apenas 47 anos. Odair, esposo, e os filhos Alexandre, Vitor e Bruna ficaram muito mal, pois não haviam pensado que o presente do céu, que chamavam de esposa, de mãe e de vó, partisse tão cedo. Nós primeiros momentos o chão sumiu debaixo dos pés de cada um deles. Ainda bem que os braços dos amigos estavam lá para consolá-los.
        Aos poucos uma verdadeira multidão de amigos e seguidores de Jesus estavam na capela mortuária do Jardim da Saudade a fim de rezar com a família. Com a ajuda dos seminaristas, amigos do casal, fomos rezando o terço como ela fazia quotidianamente. A fé em Jesus Ressuscitado, que venceu a sua morte e a morte de todos nós, foi tomando o coração dolorido familiares e demais pessoas presentes.  Finalizamos com a benção de Deus pela intercessão de Railda, que segundo a nossa fé, já estava no abraço terno e eterno do Pai Céu.
          Queridos leitores! Fica claro que Jesus não quer mais que corramos atrás da morte sem esperança, mas que todos nós engrossemos a sua comunidade cristã, isto é, a comunidade dos que promovem a vida e abraçam os enlutados dizendo que a ressurreição tem a última palavra. Mesmo que tenhamos que passar pelo vale da morte, conforme o salmo 23, nós acreditamos firmemente que o Senhor já preparou o Banquete Eterno para todos os seus filhos e filhas.
           Pedimos que a nossa querida Railda, que já desfruta da vida plena em Deus, interceda um favor da sua família e de toda essa comunidade a fim de que nos unamos em torno de Jesus Ressuscitado e edifiquemos a Igreja Viva de Pinhais.




Pe. Arlindo Toneta – Pároco – Paróquia N. Sra. da Boa Esperança – Pinhais - PR

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Refl. Ev. 1182 (Lc 7,1-10) 16/09/13

Jesus veio para curar os empregados e os empregadores.

Quando terminou de falar estas palavras ao povo que o escutava, Jesus entrou em Cafarnaum. Havia um centurião que tinha um servo a quem estimava muito. Estava doente, à beira da morte. Tendo ouvido falar de Jesus, o centurião mandou alguns anciãos dos judeus pedir-lhe que viesse curar o seu servo. Quando eles chegaram a Jesus, recomendaram com insistência: “Ele merece este favor, porque ama o nosso povo. Ele até construiu uma sinagoga para nós”. Jesus foi com eles. Quando já estava perto da casa, o centurião mandou alguns amigos dizer-lhe: “Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa. Por isso, nem fui pessoalmente ao teu encontro. Mas dize uma palavra, e meu servo ficará curado. Pois eu, mesmo na posição de subalterno, tenho soldados sob as minhas ordens, e se ordeno a um: ‘Vai!’, ele vai; e a outro: ‘Vem!’, ele vem; e se digo a meu escravo: ‘Faze isto!’, ele faz”. Ao ouvir isso, Jesus ficou admirado. Voltou-se para a multidão que o seguia e disse: “Eu vos digo que nem mesmo em Israel encontrei uma fé tão grande”. Aqueles que tinham sido enviados voltaram para a casa do centurião e encontraram o servo em perfeita saúde (Lc 7,1-10).

Numa leitura rápida e tradicional vemos um oficial romano empenhado na cura de um servo querido. Além disso, o destaque cai sobre a fé do Oficial que tem uma grande fé em Jesus.  Ele não se acha digno de receber Jesus em sua casa e contenta-se com uma palavra apenas. Retorna para a sua casa com a certeza que o servo estava curado. Verdadeiramente na hora exata em que ele manifestou a sua fé nas palavras de Jesus o seu servo ficou curado.
Queridos leitores! Neste ano da Fé, temos necessidade de pedir ao Pai que nos dê tamanha fé para podermos recuperar o vigor da nossa querida Igreja. Não podemos apenas pensar que a fé é somente um dom de Deus. Além de ser dom ela exige de nós que a cultivemos ouvindo a pregação da Palavra na Santa Missa dominical e se possível, diariamente. Além disso, que meditemos essa Palavra Divina, conforme nos ensina S. Paulo na sua carta aos romanos no capítulo dez. Caso contrário, esse dom corre o risco de ser enterrado e morrer por falta de zelo pessoal.
Fazendo uma leitura mais profunda do texto acima podemos entrever Jesus manifestando o projeto do Pai que quer a cura do empregador e do empregado. Ele não veio apenas para dizer que os trabalhadores são vítimas e os empregadores são vilões, conforme uma mentalidade doentia que anda pelo Brasil afora. Ele veio para curar os empregados doentes e os patrões doentes. Ele veio curar empregadas e patroas e não apenas uma parte da comunidade.
Queridos irmãos e irmãs! Que a Palavra de Deus cure o coração dos empregados e empregadas que somente querem seus direitos e não seus deveres! Que a Palavra de Deus entre na vida dos patrões e encha-os de Fé em Jesus e consequentemente, nos seus empregados! Que nas relações trabalhistas e humanas haja respeito mutuo e interesse reciproco para que possamos progredir como irmãos e irmãs queridos de Deus! Com essa visão, certamente superaremos a dimensão escravagista de um explorando o outro e edificaremos a fraternidade universal, onde um se empenha para o bem do outro, não importando se empregado ou empregador.
Que o Senhor nos dê a graça de cultivar a Fé em Deus e assim desenvolvermos relações humanas de respeito e ajuda mutua para o bem de todos, conforme o projeto de Deus Pai.
Um abraço respeitoso a você meu irmão e minha irmã não importando se você é empregador ou empregado.




Pe. Arlindo Toneta – Pároco – 
Paróquia N. Sra. da Boa Esperança – 
Pinhais - PR

NOITE DO PASTEL


O Pai Misericordioso


A Liturgia da Palavra nos propõe meditarmos sobre o Pai Misericordioso. O Evangelho, de modo especial, nos apresenta o Pai fantástico que nós temos. Um Pai que deixa o filho aprontar as suas. Ele não o impede de tomar as suas decisões. Deixa que meta a cara e a vida no chiqueiro dos porcos, isto é, no meio da sujeira do mundo. Por outro lado, cheio de confiança no seu amor que plenifica o filho,  fica à espera do filho que retornará, certo que o mundo com todos os seus atrativos não o saciará.
Quando retorna corre ao seu encontro para cobri-lo de beijos e abraços e não de insultos e reprimendas.  Reveste-o com a sua dignidade de filho, sela aliança novamente com ele e festeja a recuperação do mesmo. Envolve toda a família nessa festa do resgate da vida do filho. 

Querido irmão e irmã!  Quero lembrá-los que esse filho é você e sou eu. Esse filho somos todos nós em algum momento da nossa vida. Quero lembrá-los, também, que esse Pai é meu e teu Deus . Esse Deus fantástico que nunca se cansa de nos acolher e perdoar. Esse Deus que nos cobre de abraços e beijos, de vestes novas, de anéis divinos e sandálias de pescadores do Reino. 

Tenham todos um bom domingo e sejamos misericordiosos como o nosso Pai. 

Pe. Arlindo - Paróquia N. Sra. da Boa Esperança 
Pinhais - PR

sábado, 14 de setembro de 2013

Avisos

AVISOS PAROQUIAIS


VISITAS

Pedimos àquelas famílias que têm doentes ou que queiram a benção em suas casas, que deixem seu nome e endereço na secretaria, durante a semana.


RETIRO DE CASAIS

Nos dias 05 e 06 de outubro, teremos o RETIRO DE CASAIS  com o tema: "Família, torna-te aquilo que és!" Será realizado no seminário São Camilo.
Inscrição e maiores informações na secretaria da matriz. 
As vagas são limitadas.
Venham participar desta benção!


PASTELADA

O grupo de jovens convida: no próximo final de semana, dias 21 e 22 de setembro, a saborearem uma deliciosa pastelada aqui na matriz, após as missas da noite!!!

Venha participar!



Pré-Conferência de Saúde

Estão acontecendo as Conferências Locais de Saúde, confira os locais e participe.



 As conferências locais de saúde estão acontecendo cada quarta-feira em uma unidade de saúde!!!

INCENTIVE A PARTICIPAÇÃO NA UNIDADE DE SAÚDE PERTO DA SUA COMUNIDADE!
É MUITO IMPORTANTE A OPINIÃO, QUEIXAS E CONTRIBUIÇÕES PARA QUE A ASSISTÊNCIA À SAÚDE SEJA DE QUALIDADE!
a participação é aberta a toda a população

RETIRO DE CASAIS


sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Refl. Ev. 1181 (Lc 6,39-42) 13/09/13

                                    
Precisamos enxergar bem, para poder andar no bom caminho.

Ele contou-lhes, também, uma parábola: “Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois no buraco? O discípulo não está acima do mestre; todo discípulo bem formado será como o mestre. Por que observas o cisco que está no olho do teu irmão, e não reparas na trave que está no teu próprio olho? Como podes dizer a teu irmão: ‘Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho’, quando não percebes a trave que está no teu próprio olho? Hipócrita! Tira primeiro a trave que está no teu olho e, então, enxergarás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão” (Lc 6,39-42).

Diante da cegueira de algumas pessoas que insistiam na lei da retribuição e não tanto na lei da misericórdia, da bondade e do perdão, Jesus conta a parábola acima. Ele compara essas pessoas a cegos que desejam conduzir outras pessoas. Por não enxergar o cego que deseja conduzir a outra pessoa levará a si e ao outro para o precipício. A causa da queda de ambos é que o cego não possui uma visão clara do caminho.
Diante dessa realidade da cegueira humana, Jesus não fica a lamentá-la apenas, mas propõe a cura dos olhos. Ele mesmo apresenta-se abrindo os olhos dos cegos a fim de que enxerguem o caminho da misericórdia, do perdão, da mansidão, da acolhida dos pecadores e dos diferentes, que é o próprio Deus, mostrado diariamente pelas palavras e ações de Jesus. Ele mesmo apresenta-se como o Caminho iluminado e seguro que conduz a todos para a casa do Pai.
Jesus não está desestimulando os educadores, os pedagogos, os que conduzem o ser humano. Jesus está dizendo que é loucura alguém que não enxerga bem querer conduzir o outro no bom caminho. Jesus está recomendando que os que desejam ser bons pedagogos necessitam primeiro limpar os seus olhos. Precisam, primeiro retirar os ciscos e traves dos seus olhos para poder conduzir bem.
O que seriam atualmente os ciscos e traves? Muito que se dizem pedagogos, professores, psicólogos, padres e educadores possuem óculos rachados pelos preconceitos, quebrados por traumas, sujos pelos pecados e imoralidades e pretendem conduzir outros. Certamente o resultado será um desastre para eles e para os conduzidos. Jesus apresenta o seu Evangelho como o colírio que limpa o olhar de todos os que querem ser bons pedagogos.
Nesse mês da Bíblia, somos convidados a passar nos nossos olhos o colírio da Palavra de Deus diariamente a fim de que a mesma purifique o nosso modo de ver e olhar as pessoas e o mundo. Jesus está oferecendo os seus óculos a todos nós seus irmãos e irmãs para que vejamos como ele via.
Com os olhos sarados pela Palavra e por Jesus podermos assumir a nossa missão de sermos bons condutores dos filhos, dos alunos, dos catequizandos, dos irmãos e das irmãs para o bem e, finalmente, para o Banquete do Reino de Deus.  
Que o Senhor nos dê a graça de superar os nossos preconceitos, purificar o nosso modo de ver e gradativamente chegar a ver como Jesus via, particularmente os nossos irmãos e irmãs. 

Que cheguemos a ver a todos como filhos e filhas amados de Deus e, portanto, merecedores do nosso amor cristão!




Pe. Arlindo Toneta
Pároco 
Paróquia N. Sra. da Boa Esperança 
Pinhais - PR