sexta-feira, 27 de junho de 2014

Arquidiocese comunica o falecimento de seu Arcebispo Metropolitano Dom Moacyr José Vitti


LUTO OFICIAL

Côn. Élio José Dall’Agnol, Vigário Geral, declara luto de quatro dias 26, 27, 28 e 29 em toda a Arquidiocese por ocasião da morte do nosso querido Arcebispo Dom Moacyr José Vitti, transcorrido no dia 26 de junho de 2014. Na segunda feira, dia 30, a Mitra volta às suas atividades normais. Neste final de semana que todas as paróquias celebrem missas em sufrágio pela alma do falecido Arcebispo.

Convidamos, também, para a missa de sétimo dia na Catedral Basílica às 12 horas e
às 18 horas do dia 02 de julho de 2014, próxima quarta-feira.

http://arquidiocesedecuritiba.org.br/mitranovo/aba/1/noticia/357 em 27/06/2014


Setor Pinhais é convocado a participar na Missa de Corpo Presente hoje (sexta) às 15h

O Setor Pinhais, de onde nossa Paróquia faz parte, convoca todos os seus membros e familiares para participarem da Missa de Corpo Presente no velório de Dom Moacyr hoje (27/Jun) às 15h, na Catedral. Pedimos à comunidade que nos ajude na divulgação dessa mensagem. A Catedral está promovendo Missas de hora em hora. O sepultamento de Dom Moacyr será amanhã às 9h, na própria Catedral.

Abaixo, link com a relação das missas e responsáveis por cada uma delas:
http://arquidiocesedecuritiba.org.br/mitranovo/aba/1/noticia/352

  
Corpo de Dom Moacyr é velado na Catedral de Curitiba

Corpo de Dom Moacyr está sendo velado na Catedral Basílica de Curitiba. Dom Rafael Biernaski está presidindo a primeira missa: "Rezam a missa em sufrágio da alma de Dom Moacyr". Padres, seminaristas, religiosos, leigos, além do prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, prestam homenagem ao nosso querido arcebispo.


Desde ontem à noite, por volta das 22:30, quando o corpo de Dom Moacyr chegou à Catedral de Curitiba, estão sendo realizadas missas de hora em hora em sua homenagem. Cadetes da Polícia Militar farão até amanhã, a guarda de honra de Dom Moacyr. Na missa das 8 horas, a Catedral recebeu dezenas de fiéis, amigos e religiosos.


Fonte: http://arquidiocesedecuritiba.org.br/mitranovo/aba/1/noticia/351 em 27/06/2014


CNBB expressa pesar pelo falecimento de dom Moacyr José Vitti, arcebispo de Curitiba

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulga nota de pesar pelo falecimento do arcebispo de Curitiba (PR), dom Moacyr José Vitti, ocorrido hoje, 26. A nota, assinada pelo bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, recorda a simplicidade de dom Moacyr e o serviço dedicado às Igrejas Particulares de Piracicaba e de Curitiba. Leia, na íntegra, o texto.
Nota de pesar pelo falecimento de dom Moacyr José Vitti
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB manifesta pesar pelo falecimento de dom Moacyr José Vitti, arcebispo de Curitiba (PR), aos 73 anos, ocorrido na tarde desta quinta-feira, dia 26 de junho de 2014, na Casa Episcopal da capital paranaense.
Da Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo, dom Moacyr foi bispo auxiliar de Curitiba, de 1988 a 2002, e de Piracicaba (SP), sua terra natal, de 2002 a 2004. Neste mesmo ano, o papa São João Paulo II o nomeou arcebispo de Curitiba. Dom Moacyr também atuou como presidente do Regional Sul 2 da CNBB, de 2007 a 2011.
Seu lema episcopal, “Um só coração”, sugere a vivência exemplar das primeiras comunidades cristãs, como nos recordam os Atos dos Apóstolos. Expressa igualmente sua simplicidade e seu serviço dedicado às Igrejas Particulares de Piracicaba e de Curitiba.
Manifestamos nossa solidariedade e nossa fé na Ressurreição, unindo-nos fraternalmente aos familiares de dom Moacyr, aos bispos auxiliares de Curitiba, dom Rafael Biernaski e dom José Mário Scalon Angonese, ao arcebispo emérito, dom Pedro Antônio Fedalto, e a todo o povo da arquidiocese de Curitiba, agradecendo a vida deste nosso querido irmão.
“Servo bom e fiel, vem participar da alegria do teu Senhor” (Mt 25, 23).
Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

Fonte: http://www.cnbb.org.br/imprensa-1/noticias/14469-nota-de-pesar-pelo-falecimento-de-dom-moacyr-jose-vitti em 27/06/2014


Arquidiocese comunica o falecimento de seu Arcebispo


A Arquidiocese de Curitiba, com imenso pesar, comunica o falecimento de seu Arcebispo Metropolitano, Dom Moacyr José Vitti, CSS. Veio a óbito nesta tarde de 26 de junho de 2014, por volta das 13h40, na Casa Episcopal.
A Assessoria de Imprensa da Arquidiocese comunicará sobre o velório e o sepultamento, bem como os ofícios religiosos, assim que sejam definidos.
Maiores informações: (41) 2105-6343.

Fonte: http://arquidiocesedecuritiba.org.br/mitranovo/aba/1/noticia/345 em 26/06/2014 às 15:39h


NÃO TENHAM MEDO

Eis um pedido de Jesus, que a princípio, gera espanto. Como não termos medo se desde o nascimento somos tocados pelo medo do novo e do desconhecido. Temos medo de sermos agredidos ou abandonados. Temos medo de passar fome e sede. Temos medo de ficar sós ou mal acompanhados. Temos medo de não sermos reconhecidos pelos colegas de turma. Temos medo de não sermos correspondidos no amor. Enfim o medo nos cerca por todos os lados.

Por isso, precisamos entender melhor o que é mesmo que Jesus está querendo dizer aos seus seguidores. Certamente não está falando desse medo natural das pessoas, pois o medo é necessário para a nossa sobrevivência humana. Certo medo é normal e faz parte da nossa vida. O medo nos afasta dos perigos e, por conta disso, sobrevivemos a inúmeras armadilhas da caminhada. Por exemplo, o medo de sermos atacados por um cachorro bravo, nos leva a tomar os devidos cuidados para que não nos agrida e coloque em risco a nossa vida.  

Por outro lado, sabemos que existe um medo exagerado, ou seja, patológico, que nos impede de fazer as coisas que devemos fazer. Algumas pessoas têm medo enorme  de escuro e não conseguem sair sozinhas de noite. Outras têm medo de certos tipos de pessoas por conta de experiência difíceis na sua infância. Todos esses medos, com a ajuda de um bom terapeuta, podem ser facilmente superados.

Jesus está falando dos medos que nos impedem de assumirmos a nossa missão de evangelizadores. Como batizados nós entramos na família de Deus e nos é confiada a missão de continuar a obra de Jesus Cristo a todas as pessoas. Na verdade, muitos batizados permanecem prisioneiros do medo e não contribuem na dilatação do Reino de Deus. Ficam com medo das possíveis perseguições, do que os demais podem dizer, de serem rejeitados pelos colegas ou amigos de turma e com isso escondem o tesouro do evangelho ou camuflam a sua identidade cristã.

A Palavra de Deus nos apresenta o Profeta Jeremias como um exemplo a ser imitado. Apesar da sua jovem idade ele tem consciência que o Senhor está ao lado dele e por isso não tem medo de ninguém. Ele tem tamanha confiança no seu defensor, isto é, Deus, que expressa toda a convicção que os seus inimigos cairão vencidos (cf. Jer 20,10-13). Outro exemplo disso aparece no pequeno Davi que em nome do Senhor avança contra o gigante Golias e o derrota (cf. 1 Sam 17,40-51).

Em Mateus 10,26-36, Jesus continua animando os seus jovens discípulos a não temer os homens e as mulheres que podem dificultar o apostolado deles. Ensina-os a não temer os que podem matar o corpo, mas nada podem contra a alma. Ensina-os, inclusive, a não ter medo nem do pecado que habita os seus membros e que entrou no mundo através de Adão.

Por que não devem ter medo? Não devem se conduzir pelo medo, porque Jesus seria morto, mas venceria a morte e o pecado através da sua ressurreição. Por isso, em vida, os ensina a não se deixar enredar pelo medo das dificuldades, das perseguições, da fome, da sede e até da morte. Ensina-os a confiar em Deus que conta até os cabelos das nossas cabeças, que providencia o alimento para os pássaros, que não possuem celeiros, que veste maravilhosamente a erva do campo que hoje existe e amanhã já seca. 

Por outro lado, ensina-os a ter medo daquele que pode mandá-los para o inferno e destruir a alma e o corpo. Quem é esse que devem temer? Será que Deus que os fez com carinho e para a felicidade e salvação? Certamente que não, pois Deus não age contra o seu projeto de salvação. Será que é o diabo? O diabo não tem esse poder, pois Jesus já o derrotou, com sua opção radical para o amor, que envolveu a sua morte e ressurreição. Quem será então esse poderoso que pode fazer tanto mal aos seus discípulos? Somos cada um de nós, que podemos nos fechar no egoísmo e recusar a Graça e a Salvação Eterna, já garantida a todos os seus irmãos e irmãs, por Jesus.

Além disso, prometeu ficar com eles todos os dias até o fim das suas vidas (cf Mt 28,20). Animados por essa companhia divina os discípulos de ontem e os de hoje são animados por Jesus a assumir, sem medo, as Missões Permanentes. Missão de proclamar sobre os telhados, no seio das famílias, nos ambientes públicos e privados, nos hospitais, nas escolas, nas ruas, no centro e na periferia as maravilhas do Senhor.


Em suma, ensina-os a tomar consciência dos seus medos e a superá-los. Para isso os anima a confiar na bondade de Deus que não abandona os seus filhos, mas cuida a tal ponto de contar os seus cabelos. Orienta-os a segurar na sua mão, pois ele venceu o medo, o pecado e a morte e é garantia da vitória deles também. Assegura que Ele estará sempre com eles até o fim dos tempos (cf. Mt 28,20). 

 

Pe. Arlindo Toneta – Pároco
Paróquia N. Sra. da Boa Esperança – Pinhais – PR

quinta-feira, 26 de junho de 2014

JESUS REZA POR NÓS

Não é raro recebermos pedidos do povo. Pedidos estes para que visitemos os doentes, para que benzamos as casas, para que abençoemos os filhos, as alianças de noivado e de casamento, para que rezemos pelo filho que fará vestibular, para que aquela cirurgia corra bem, etc, etc. O povo procura, sobretudo, a nós sacerdotes para que rezemos em favor de todos os motivos que mencionamos acima e para muitos mais.

Com isso não estou fazendo alguma crítica ao povo que confia em nós sacerdotes. Em primeiro lugar, quero dizer que o povo está coberto de razão. A própria Palavra de Deus diz: “Alguém está doente, chame os sacerdotes para que rezem em favor do doente ...” (Tg 5,13ss). O povo, cheio de fé, procura-nos pedindo conselhos, orações e bênçãos. Feliz do povo que pode contar com sacerdotes atenciosos que o atende nas suas necessidades!

Em segundo lugar, quero apontar para a verdade do Evangelho desses dias. No capítulo 17 de João - oração Sacerdotal de Jesus - que estamos meditando nessa semana, nos damos conta que Jesus reza pela sua comunidade para que não se divida e não seja preza fácil da maldade do mundo. Mais do que isso, ele reza não apenas para aquela comunidade, mas por todos nós que cremos e os que ainda irão crer. Que apoio fantástico nós temos, queridos leitores!

Temos o apoio, a oração e as bênçãos não apenas dos nossos padres e líderes espirituais, mas temos isso e muito mais do nosso querido irmão Jesus. Jesus, Deus encarnado, está rezando por nós queridos irmãos. Ele está rezando ao Pai por mim e por você, que já temos a graça de crer, para que nos mantenhamos unidos no amor, mesmo com as nossas diferenças culturais e modos diversos de assimilar a sua Palavra.  Um Deus reza por nós que estamos no meio das tentações, de todos os tipos, para que não sejamos engolidos por elas e venhamos a ser anti-testemunhos na sua comunidade. 

É fantástico notar que Jesus não reza apenas por aqueles que já cremos, mas por todos aqueles que ainda não creem, mas que acolherão à sua Palavra. Temos, portanto, um Deus que reza por todos os que irão acolher a sua Palavra que nós somos convidados a levar às periferias da vida humana. Temos a força da oração de Jesus que nos sustenta diante das tentações e dos desânimos da nossa vida. Temos o TNT (Trinitrotolueno – base da dinamite) da oração de Jesus que nos empurra para os nossos irmãos e irmãs que ainda não creem. Portanto, queridos irmãos e irmãs missionários, eis a nossa alavanca para as missões permanentes.

Queridos irmãos e irmãs católicos! Importa que abramos as nossas mentes e corações para que a oração de Jesus fecunde a nossa vida. Quantos católicos quase que estéreis não por culpa de Jesus, mas por conta do seu fechamento no egoísmo! Estamos no tempo favorável. Jesus está rezando por todos os católicos a fim de que abram as suas mentes e corações e deixem a sua oração fecundá-los e animá-los.

Pensem um pouco comigo. Vejo tantos católicos mais fortes com a minha pobre oração e com a minha simples bênção. Quantas maravilhas acontecem nas famílias, nos casamentos, nas empresas, juntos aos doentes com a nossa bênção sacerdotal! Imaginem então com a bênção e a oração de Jesus!

Será que nós temos fé nas palavras e na oração de Jesus? Acredito que muitos por ignorar essa boa notícia do evangelho correm atrás de todas as crendices e enganações do mundo e, por isso mesmo, são mornos. Caro irmão e irmã! Se assim estiver acontecendo, é tempo de conversão e acolhimento da oração de Jesus. Acolhimento da oração de Jesus para curar a alma doente e levantar o ânimo missionário

 

Pe. Arlindo Toneta – Pároco
Paróquia N. Sra. da Boa Esperança – Pinhais – PR




domingo, 8 de junho de 2014

VOCE ME AMA?

            Eis uma pergunta que os namorados fazem constantemente um ao outro. Pela via normal, não vejo ninguém que queira casar com alguém que diz que não o ama. Pode haver a união civil de alguém movida por interesses, mas, em sã consciência, não podemos chamar a isso de matrimônio. Uma vez que acabam os interesses, aquela arrumação, que muitos chamam de casamento, se desfaz como castelo de areia. Pena, que nos dias de hoje os casamentos mais parecem com arrumações do que casamentos propriamente ditos.

No Evangelho de hoje (Jo 21,20-25) Jesus pergunta a Pedro se ele o ama. O que é interessante notar no texto, é que ele pergunta três vezes se ele o ama e não apenas uma vez. Claro que os namorados perguntam não apenas 3 vezes, mas centenas de vezes um ao outro. Por que essa insistência na pergunta? A meu ver tem um sentido muito bacana. Tanto Jesus como os namorados querem uma certeza de que a pessoa vai perseverar na missão. Só os que amam são capazes de levar avante a missão, mesmo que as dificuldades apareçam.

A esposa que ama a Jesus, mesmo que o marido não seja lá essas coisas, normalmente ela é criativa e persevera buscando a santificação do mesmo. Marido que ama a Deus é capaz de dar o perdão mil vezes à sua amada buscando atraí-la para si, para os filhos e para Deus. Mãe que ama a Jesus é capaz de ficar a noite inteira junto ao seu bebê doente e assim mesmo continuar sorrindo na manhã seguinte. Sacerdote que ama a Jesus é capaz de enfrentar perseguições, calúnias, mas não desiste de cuidar dar suas ovelhas.

Ao contrário, aquele que não ama a Jesus não consegue assumir a missão de cuidar da esposa, do marido, dos filhos e dos irmãos. Pode assumir por alguma conveniência ou interesse, mas logo que esses acabam ou as dificuldades aparecem ele desiste da missão de cuidar. Abandona a pessoa dizendo que não a ama mais ou que o amor acabou. Acabou porque nunca houve o amor a Deus, que leva a cuidar do outro por mais difícil que seja, para sempre. Houve apenas interesses, que são momentâneos e temporários.

Jesus perguntou três vezes a Pedro se ele o amava. Com isso ele estava procurando saber se ele estava decidido a selar uma aliança com ele para sempre e não apenas por algum tempo. Pedro respondeu positivamente e foi capaz de cuidar das ovelhas de Jesus até o fim da sua vida. Apesar das perseguições, prisões e condenações Pedro foi fiel até a sua morte de cruz. Este homem aparece, junto com S. Paulo, como uma das colunas que sustentam a Igreja de Jesus, da qual nós fazemos parte.

Hoje Jesus continua perguntando a você meu irmão batizado: Você me ama? Ele está perguntado a você marido ou esposa: Você me ama?  Está perguntando a você religioso ou sacerdote: Você me ama? Dependendo da sua resposta positiva ele vai te confiar a missão de cuidar do outro para sempre e não apenas por alguns momentos interessantes e assim edificar a sua Igreja.  

Se a sua resposta for negativa, entendo eu que melhor seria você não se casar, não ser religioso e ou sacerdote. Espere que a Graça de Deus te atinja a fim de que você compreenda que nasceu para amar a Deus e, consequentemente para cuidar dos seus irmãos; solteiro ou casado, na vida religiosa ou sacerdotal.



 

Pe. Arlindo Toneta – Pároco

Paróquia N. Sra. da Boa Esperança – Pinhais – PR

A VOSSA TRISTEZA SE TRANSFORMARÁ EM ALEGRIA

            As dificuldades, as lutas, as perseguições, os sofrimentos e a morte parece que serão inevitáveis na nossa caminhada. Sobretudo, os sofrimentos e perseguições pontilharão o caminho dos justos. Os que procuram, no seu dia a dia, seguir as pegadas de Jesus encontrarão os que não entendem a mensagem cristã e, pior do que isso, eles encontrarão os que se sentirão incomodados por essa mensagem e partirão para o ataque, impondo perseguições, sofrimentos e até a morte.  

Os que impõem sofrimentos e morte aos justos, por alguns momentos se alegram pensando em ter derrotado os bons. Grande engano! Na verdade, logo depois estarão mergulhados numa profunda tristeza por verem o bem ressurgindo e o mal amargando as suas próprias vidas. Por outro lado, os justos sentirão uma tristeza enorme por causa das perseguições, sofrimentos e da morte dos seus. Essa tristeza, porém, logo após se transformará em alegria por verem o bem e os justos ressurgindo vitoriosos junto com Jesus, o vencedor, por excelência, do mal e da morte.

Caríssimos irmãos, precisamos tirar algumas consequências dessa verdade do Evangelho que Jesus quer nos ensinar. Importa que aceitemos as dores de parto do Reino de Deus. Se desejamos que o Reino do amor e da bondade desabrochem precisamos sorver a nossa parte de sofrimentos, perseguições e dores, visualizando, na esperança, a ressurreição e a vida. Não podemos mais ser católicos pouco esclarecidos e cair na armadilha do mundo hedonista, que procura o prazer sem avaliar o preço que pagará.

O nossa esperança e testemunho têm força para arrastar os amantes deste mundo para o banquete do Reino de Deus. Não somos masoquistas, ou seja, aqueles que procuram o sofrimento, mas procuramos o bem mesmo que implique em sofrimentos e incompreensões. Não somos movidos pele medo do sofrimento e nem pelo amor doentio ao sofrimento, mas pelo amor a Deus e aos irmãos. Acreditamos, sobretudo, na força de atração do amor.

No meio desse mundo confuso precisamos dar uma dica para os que não sabem distinguir bem. Estamos sempre tentados pelo imediatismo. Queremos colher os frutos antes de plantá-los. Queremos o prazer imediato e temos pouca paciência para colher a felicidade e alegria duradouras, prometidas por Jesus. “Quero que a minha alegria esteja em vós e que a vossa alegria seja plena” (Jo 15,17). Vamos à dica.

Vamos superar o imediatismo, próprio das crianças e dos animais, que agem pelo impulso, e utilizarmos a nossa razão que é capaz de refletir e avaliar. Antes de realizar isso ou aquilo, mesmo que apareça cheio de encanto e atração, vamos parar e avaliar. Vamos descansar um momento e até dormir, se possível. Vamos avaliar os efeitos das nossas palavras e ações. Contemplemos um momento os frutos que resultam. Se, em sã consciência, sentirmos uma profunda alegria vendo os frutos bons que resultam, partamos para a ação concreta, mesmo que envolva sofrimentos e incompreensões. Se, ao contrário, sentirmos um tremendo vazio e a sua companheira tristeza, mesmo que com prazer, em tempo deixemos o Espírito de Deus conduzir-nos pelos seus caminhos.

Somente assim entenderemos as palavras de Jesus que afirma claramente que a nossa tristeza se transformará em alegria (cf Jo 16,20-23). Enquanto que os maus se alegram momentaneamente, a tristeza dos seguidores de Jesus será transformada em alegria permanente, que nada e ninguém poderá tirar. Além disso, essa alegria terá força de atração sobre os maus e poderá levar a muitos se converterem para Deus.



 




Pe. Arlindo Toneta – MI - Pároco

Paróquia N. Sra. da Boa Esperança – Pinhais - PR