domingo, 8 de junho de 2014

A VOSSA TRISTEZA SE TRANSFORMARÁ EM ALEGRIA

            As dificuldades, as lutas, as perseguições, os sofrimentos e a morte parece que serão inevitáveis na nossa caminhada. Sobretudo, os sofrimentos e perseguições pontilharão o caminho dos justos. Os que procuram, no seu dia a dia, seguir as pegadas de Jesus encontrarão os que não entendem a mensagem cristã e, pior do que isso, eles encontrarão os que se sentirão incomodados por essa mensagem e partirão para o ataque, impondo perseguições, sofrimentos e até a morte.  

Os que impõem sofrimentos e morte aos justos, por alguns momentos se alegram pensando em ter derrotado os bons. Grande engano! Na verdade, logo depois estarão mergulhados numa profunda tristeza por verem o bem ressurgindo e o mal amargando as suas próprias vidas. Por outro lado, os justos sentirão uma tristeza enorme por causa das perseguições, sofrimentos e da morte dos seus. Essa tristeza, porém, logo após se transformará em alegria por verem o bem e os justos ressurgindo vitoriosos junto com Jesus, o vencedor, por excelência, do mal e da morte.

Caríssimos irmãos, precisamos tirar algumas consequências dessa verdade do Evangelho que Jesus quer nos ensinar. Importa que aceitemos as dores de parto do Reino de Deus. Se desejamos que o Reino do amor e da bondade desabrochem precisamos sorver a nossa parte de sofrimentos, perseguições e dores, visualizando, na esperança, a ressurreição e a vida. Não podemos mais ser católicos pouco esclarecidos e cair na armadilha do mundo hedonista, que procura o prazer sem avaliar o preço que pagará.

O nossa esperança e testemunho têm força para arrastar os amantes deste mundo para o banquete do Reino de Deus. Não somos masoquistas, ou seja, aqueles que procuram o sofrimento, mas procuramos o bem mesmo que implique em sofrimentos e incompreensões. Não somos movidos pele medo do sofrimento e nem pelo amor doentio ao sofrimento, mas pelo amor a Deus e aos irmãos. Acreditamos, sobretudo, na força de atração do amor.

No meio desse mundo confuso precisamos dar uma dica para os que não sabem distinguir bem. Estamos sempre tentados pelo imediatismo. Queremos colher os frutos antes de plantá-los. Queremos o prazer imediato e temos pouca paciência para colher a felicidade e alegria duradouras, prometidas por Jesus. “Quero que a minha alegria esteja em vós e que a vossa alegria seja plena” (Jo 15,17). Vamos à dica.

Vamos superar o imediatismo, próprio das crianças e dos animais, que agem pelo impulso, e utilizarmos a nossa razão que é capaz de refletir e avaliar. Antes de realizar isso ou aquilo, mesmo que apareça cheio de encanto e atração, vamos parar e avaliar. Vamos descansar um momento e até dormir, se possível. Vamos avaliar os efeitos das nossas palavras e ações. Contemplemos um momento os frutos que resultam. Se, em sã consciência, sentirmos uma profunda alegria vendo os frutos bons que resultam, partamos para a ação concreta, mesmo que envolva sofrimentos e incompreensões. Se, ao contrário, sentirmos um tremendo vazio e a sua companheira tristeza, mesmo que com prazer, em tempo deixemos o Espírito de Deus conduzir-nos pelos seus caminhos.

Somente assim entenderemos as palavras de Jesus que afirma claramente que a nossa tristeza se transformará em alegria (cf Jo 16,20-23). Enquanto que os maus se alegram momentaneamente, a tristeza dos seguidores de Jesus será transformada em alegria permanente, que nada e ninguém poderá tirar. Além disso, essa alegria terá força de atração sobre os maus e poderá levar a muitos se converterem para Deus.



 




Pe. Arlindo Toneta – MI - Pároco

Paróquia N. Sra. da Boa Esperança – Pinhais - PR



 

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