“Ocupemo-nos de nós mesmos e das nossas
tarefas, e afastemos de nós a mania de criticar ações e defeitos dos outros,
porque isto desagrada a Deus” (São Camilo).
Esta orientação de Camilo é
muito importante. Muitos de nós envolvemo-nos demais nas tarefas dos outros e
envolvemo-nos de menos nas nossas obrigações. Chegamos até a esquecer das
nossas tarefas de tanto que nos intrometemos nas dos outros. O pior é que nem
sempre é para ajudar os demais, mas sim para tecer críticas destrutivas.
Ocupar-nos conosco significa
procurar melhorar sempre mais a nós mesmos. Quantas coisas, em nós, que ainda
não dominamos e orientamos para o bem! Afirma-se que os mais inteligentes
ocupam somente 10% das suas capacidades. Quanto bem nós poderíamos fazer a mais
se conseguíssemos ocupar-nos conosco no sentido de aumentar esse porcentual!
Ocupar-nos de nós mesmos
significa tomarmos posse dos nossos sentimentos. Quantas pessoas que ainda não
lidam bem com os seus sentimentos! Necessitamos encarar os nossos sentimentos,
entender o que eles significam e orientá-los no caminho da nossa edificação e
santificação, conforme a nossa opção vocacional.
Ocupar-nos com o nosso modo de
pensar é uma tarefa interminável. Muitos de nós, por falta de treino ou por
desleixo, temos uma maneira muito negativa de encarar as situações. Com o nosso
modo negativo de pensar, quantos problemas e doenças físicas e psíquicas
atraímos sobre nós e os nossos familiares! Necessitamos positivar os nossos
pensamentos.
Necessitamos ver os nossos
defeitos e decidir afrontá-los na busca da superação. Quando não conseguimos
importa saber pedir ajuda a quem pode auxiliar-nos. Quando não conseguimos
superá-los com todo o nosso esforço e ajuda de Deus e dos irmãos importa
aceitá-los como parte da nossa cruz.
Depois de ter feito tudo isso
descobriremos, em nós e nos outros, grandes qualidades para destacar e promover
sempre mais. Quem se ocupa consigo e com o bem dos outros terá pouco ou nenhum
tempo para fazer críticas destrutivas. A pessoa que toma consciência dos seus
valores, limites e pobrezas, não terá mais tempo para olhar os defeitos dos
outros para criticar, mas empenhará todo o seu tempo para melhorar a si e, se
possível, aos outros.
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