“Assistindo
a um enfermo, enquanto as mãos fazem a sua parte, os olhos vejam o que falta,
os ouvidos fiquem abertos para entenderem as ordens e os desejos dele, a língua
lhe diga palavras de conforto e a mente e o coração rezem por ele” (São Camilo).
Uma pessoa quando se deixa
conduzir pelo amor de Deus ela não para de surpreender-nos com seu modo de
pensar, pois o Espírito Santo surpreende e é profundamente criativo.
Apesar do pouco estudo
Camilo entendia que o atendimento de um doente com o empenho de toda a pessoa
fazia toda a diferença. Entendia que não é suficiente cuidar de um enfermo com
as mãos enquanto o coração e a mente estão desocupadas ou ocupadas com coisas
que não contribuem para o bom atendimento do paciente. Ele deixa orientações muito
claras para os que desejam servir bem os doentes.
Enquanto as mãos se ocupam
com algo os órgãos dos sentidos estejam atentos para perceber as necessidades
dos enfermos para mais bem servi-los. Enquanto as mãos fazem algum bem que os
demais membros do servidor não deixem de fazer a sua parte para que o doente
seja sarado holisticamente e não apenas fisicamente.
Camilo ensina a todos nós
que cuidamos dos enfermos que a mente e o coração podem rezar pelo paciente e
com isso contribuir com a sua cura espiritual, além da física. Sabemos,
particularmente com os estudos científicos de hoje, que a oração tem um grande
poder de cura.
Em suma, Camilo ensina-nos
que um bom cuidador se envolve totalmente para servir o irmão e a irmã e não
apenas parcialmente. Ocupar-se com muitas coisas pode não ser um bom caminho
para o cuidador de pessoas. Pode haver desperdício de energias com aquilo que
não é importante, segundo Camilo, em detrimento da caridade para com o enfermo.
Importa, portanto, concentração e foco naquilo que é realmente importante para
realizar o maior bem possível junto aos sofredores.
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