quarta-feira, 8 de julho de 2015

Dia 8

Hoje o nosso querido Camilo nos instrui a respeito da virtude da caridade e da importância para a nossa vida cristã: “Se não tivéssemos caridade seriamos como um corpo sem alma ou como um peixe fora da água, que logo morre. E se fossemos frios na caridade, seriamos como um burro trôpego, recoberto de esplêndido e riquíssimo xairel! Coitados desses burros trôpegos! Para que serve o xairel, se não temos a substância da caridade?" (São Camilo).
Queridos irmãos! Como podemos ler em São Camilo, fica muito claro que uma pessoa que não vive a caridade não passa de alguém vazio, desprovido de sentido. Uma pessoa vazia de sentido vai tentar preencher a sua vida de qualquer maneira com aparências, coisas, cargos ou prazeres, mas continuará vazia, pois nada disso dará sentido à sua vida.
O coração do homem e da mulher foi feito para o amor e não para serem depósitos de coisas, títulos e prazeres passageiros. O coração do homem não descansará enquanto não repousar no amor, isto é, na caridade.  Deus é amor, isto é, caridade. O homem e a mulher que vivem a caridade estão cheios de amor, estão cheios de Deus e por isso repousando na paz que é Deus.
Quando S. Camilo fala de burros com riquíssimos arreios ou xairel ele estava vendo religiosos e cristãos que se preocupavam excessivamente com as aparências e nem tanto com a caridade. Infelizmente vemos, ainda hoje, muitas pessoas que se dizem católicas, mas investem em demasia nas aparências e são miseráveis em caridade para com o próximo. Se parecem com túmulos bonitos por fora, mas dentro estão vazios ou cheios de podridão. S. Camilo está perguntando ainda hoje: para que serve isso?
Infelizmente essa preocupação com as aparências não ocorre somente com os leigos, mas com religiosos e sacerdotes. Isso aparece claro quando o sacerdote está mais preocupado com as rendas e as casulas das celebrações do que com a acolhida do povo e a visita aos enfermos nos hospitais e casas. Com isso não estamos dizendo que é para descuidar dessas coisas, mas que a caridade está acima disso conforme nos instrui S. Paulo no capítulo treze da primeira carta aos cristãos de Corinto, no Hino da Caridade.

Desejo a vocês, que nos lêem, que o amor de Deus encha os vossos corações de alegria e paz como conseqüência da caridade vivida no dia-a-dia, particularmente, junto aos doentes e sofredores. 



Pe. Arlindo Toneta  -  MI
Pároco da Paróquia Nossa Sra. da Boa Esperança
Pinhais - PR 

Nenhum comentário:

Postar um comentário