segunda-feira, 6 de julho de 2015

Dia 06

O nosso querido Camilo, nos fala de conversão e deixa bem claro que: "Uma conversação na qual não se fale, quando possível, do amor de Deus, é como um anel sem diamante" (São Camilo).
Como tem gente que fala! Falam mal de um e de outro. Falam sem parar, a tal ponto, de não se conseguir um diálogo. Há pessoas que têm necessidade de falar e de falar. Falam da novela, falam da notícia do Jornal Nacional, falam do marido, falam da esposa, fazem piadas sobre sexo, falam de quase tudo e de todos. Qualquer coisa humana que aparece na pauta é motivo para falar. Parece que esse falar é uma espécie de válvula de escape de algo que as incomoda.
Por outro lado, quando se trata de falar do amor de Deus para os demais, entram caladas e saem mudas. Parece que não sabem ou não querem falar. Vivem no seu mundo religioso sem maiores comunicações com o mundo que as rodeiam. Pode indicar que não fizeram uma experiência pessoal do amor de Deus e por conta disso não são capazes de falar desse amor divino.
Camilo de Lellis afirma que as oportunidades de falar do amor de Deus às pessoas são numerosas. Podemos fazê-lo falando do nosso amor para com as pessoas, pois o nosso amor brota da mesma fonte, que é Deus. As nossas atitudes amorosas já são falas concretas do amor de Deus. Não podemos mais separar o amor de Deus de um lado e o amor humano de outro. Deus se encarnou numa pessoa humana para falar-nos do amor de Deus Pai. Com isso Ele mesmo falou-nos que podemos falar do amor de Deus com tudo o que somos, fazemos e falamos junto às pessoas e na intimidade com o Senhor.
Importa, portanto, que os pais não percam a oportunidade de falar do amor de Deus nas suas conversas com os filhos. É fundamental que os namorados falem do amor de Deus no seu namoro e os casais deem continuidade a essa comunicação amorosa. Não é suficiente o professor falar das ciências exatas para os seus alunos sem embasá-las no amor de Deus, autor último de todas elas. Não podem os sacerdotes falarem de muitas coisas que estudaram sem embasá-las no amor de Deus. É ineficaz uma visita a um doente sem falar do amor de Deus para com ele. Falar com os olhos, com os ouvidos, com as mãos, com a boca  e com todo o ser  desse amor manso e humilde, que o Evangelho de Mateus menciona (cf Mt 11,28-30).

Fazemos votos que S. Camilo motive a todos os que acreditam em Deus a se comunicarem com o maior número possível. Que essas comunicações sejam alianças à semelhança de anéis com pedras preciosíssimas, isto é, com a pedra do Amor de Deus. 




Pe. Arlindo Toneta  -  MI
Pároco da Paróquia Nossa Sra. da Boa Esperança
Pinhais - PR 

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