“Se
nós pensarmos NELE e nos seus pobres, Deus pensará em nós e não nos deixará
faltar as coisas temporais. Confiemos na Providência de Deus, que nunca
abandona os seus servos em suas necessidades. Deus que dá ouro e prata também
aos infiéis, não faltará de prover as nossas necessidades”.
Quanta confiança em Deus
expressa esse modo de pensar! Acredito que nós religiosos e também os leigos,
precisamos pedir um pouco dessa confiança em Deus expressada por Camilo. Nós
chegamos a guardar muitas coisas e muitos bens pensando na nossa segurança e no
nosso futuro. Claro que precisamos de alguma coisa, mas mais do que algumas
coisas necessitamos de uma grande confiança em Deus Pai que cuida dos pássaros
e veste de forma esplendorosa as ervas do campo, que hoje existem e amanhã já
estão murchas. Quanto mais Ele cuida de
nós!
São Camilo inundado de confiança
em Deus pensava o tempo todo em Deus e nos seus pobres. Confiava inteiramente
na Providência de Deus. As dívidas não eram pequenas, mas não perdia o
equilíbrio diante das dificuldades e problemas. Fazia tudo o que estava ao seu
alcance e confiava a Deus o cuidado da sua plantinha da caridade, que começou
com cinco pessoas.
Pouco a pouco ela foi
crescendo em número de religiosos e em obras de caridade que foi tomando a
Itália e a Europa. A cruz vermelha dos padres
da boa morte, nome com o qual os camilianos foram chamados no seu início, foi entrando no coração da comunidade
como um sinal de amor de bondade junto aos que sofrem nos hospitais e nas
casas.
Muitas vezes os religiosos não
possuíam pão para comer. Porém, na hora das refeições sempre aparecia alguém
trazendo donativos e pães para saciar a fome de todos. Com isso Camilo motivava
os seus a confiarem inteiramente em Deus e na sua Providência.
Peçamos a Graça de confiar
muito mais do que confiamos na bondade de Deus. Claro que devemos confiar nas
capacidades que Ele colocou em nós ao nos criar, mas não podemos esquecer que
ele as confiou a nós para servirmos os outros, especialmente os seus
pequeninos, isto é, os pobres. Ao cuidarmos dos seus filhos mais pequeninos, o
seu coração se encherá de alegria como o da mãe que vê o pai ou o filho mais
velho cuidando do filho ou irmão mais pequenino. Certamente a alegria de Deus
se derramará sobre esse cuidador com grande largueza e generosidade, provendo
todas as suas necessidades.
Pe. Arlindo Toneta - MI
Pároco da Paróquia Nossa Sra. da Boa Esperança
Pinhais - PR
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