quarta-feira, 29 de julho de 2015

Dia 29

“Cada um peça a Deus a graça de um afeto materno para com o próximo, a fim de podermos servi-lo com toda caridade na alma e no corpo. Pois, com a graça de Deus desejamos servir a todos os enfermos com aquele amor com que uma mãe amorosa costuma assistir seu único filho enfermo. É o nosso principal escopo: assisti-los, ainda que sejam acometidos de peste, na alma e no corpo, com especial fervor de caridade”.
Todos nós temos ideia do que é o amor de mãe. Os que não possuem, pior para eles, pois a sua falta é sentida a vida toda. Aliás, quantos problemas algumas pessoas vivenciam por rejeições e outros modos de negação do amor materno! A falta do amor paterno é sentida, mas muito mais a falta do amor materno.
Camilo, que teve o privilégio de uma mãe amorosa sabia muito bem do que estava falando quando incentivava os seus a pedirem a Deus a graça de um afeto materno para com o próximo. Por experiência sabia que a mãe não dorme enquanto não vê o filho asseado, alimentado e em segurança. Quantas mães não dormem enquanto o filho não chega em casa!
Quando o filho fica doente, ela redobra de cuidados para que o seu rebento se recupere e possa sorrir para ela e para o mundo. Cuida dos mínimos detalhes para que o seu bebê fique confortável, aquecido, alimentado, cresça com saúde e alegria e, consequentemente possa ser feliz, fazendo os outros felizes.
Normalmente uma mãe amorosa não cuida apenas das necessidades físicas do seu filho. Ela cuida das suas necessidades físicas, sociais, psíquicas e espirituais. Em suma, ela cuida do filho com todas as suas necessidades fundamentais para que cresça uma pessoa equilibrada.
Camilo deseja, portanto, que os seus seguidores cuidem do homem todo com zelo materno. Por isso mesmo que insiste, no início da sua obra, no serviço completo. Queria que os camilianos cuidassem de tudo no hospital para dar ao enfermo o melhor que a mãe amorosa sabe dar ao seu filho doente. Claro que com o passar do tempo entendeu-se que isso não era possível dado o número pequeno de Religiosos. Em tudo isso, o mais importante é sentir o seu sonho, ou seja, que cada um dos que servem o doente deve fazê-lo com amor de mãe amorosa, não importando se são padres, religiosos (as) ou leigos. 
Camilo não ficou no sonho, mas ele mesmo cuidava dos enfermos com zelo materno. Por isso, com toda a autoridade de quem dá testemunho, rezava para que os seus seguidores descobrissem essa pérola preciosa, ou seja, Jesus em cada doente, e pudessem ter esse amor materno por eles. Além de pedir essa graça a Deus, ensinava aos seus seguidores a pedi-la também, pois a graça pressupõe a natureza que a acolhe, ou seja, ela não entra na vida de quem não a deseja.

Por isso, meus queridos leitores, se vocês desejam ter esse amor materno para cuidar dos irmãos e das irmãs enfermos, saibam que S. Camilo intercede junto a Deus para que vocês recebam essa graça de cuidar bem dos mesmos.


Pe. Arlindo Toneta  -  MI
Pároco da Paróquia Nossa Sra. da Boa Esperança
Pinhais - PR 

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