terça-feira, 21 de julho de 2015

Dia 21

 

“Devemos reconhecer Deus, nosso Senhor, em nossos irmãos: Deus, um no outro, como na sua imagem e semelhança. Por isso cada um tem que manifestar para com o outro aquele respeito que convém a pessoas consagradas a Deus, e mesmo como se o outro fosse o nosso superior”.
Quantas coisas maravilhosas aconteceriam entre nós se efetivamente reconhecêssemos a Deus, nosso Senhor, em cada irmão e em cada irmã! Quanto respeito haveria entre o homem e a mulher! Em hipótese alguma, nos daríamos o direito de espancar a mulher ou qualquer outra pessoa, mesmo que seja pobre ou prostituida. Nenhum católico e ou amigo de Jesus se daria o direito de abandonar a sua esposa, seu marido ou o seu filho por causa de uma falha ou pecado, ao contrário, redobraria de cuidados para com ele.
Nenhum católico, que diz que ama a Deus, se daria o direito de explorar o irmão ou a irmã. Nem porque é menor, nem porque é mulher, nem porque é pobre e muito menos porque é negro. Todos seriam reconhecidos como irmãos e amados como deuses.
Particularmente aquele que consagra a vida a Deus, a quem não vê, dedicaria toda a sua vida aos irmãos e às irmãs, a quem vê muito bem. Em cada um deles, particularmente nos pobres e doentes, o consagrado é chamado a servir a Deus, onde mostra o seu rosto esfomeado, doente ou marginalizado.
O batizado é consagrado a Deus para se colocar a serviço de Deus em cada um dos seus irmãos. Quanto mais o consagrado, na vida religiosa, é chama a expressar todo o seu amor a Deus com atitudes de grande respeito às pessoas, especialmente aos colegas de consagração.
Conta-se que um seminário estava cheio de brigas e confusões entre os consagrados. O superior procurava enfrentar as dificuldades, mas não conseguia. Teve que reconhecer que aquela casa estava realmente em crise e seu fim estava próximo. Um belo dia, porém, ouviu dizer que havia um homem sábio que indicava a solução para os problemas. Foi ter com ele e contou-lhe sobre as brigas e desavenças que aconteciam por lá.  O homem de Deus ouviu atentamente a tudo e a seguir lhe disse que Jesus estava naquele seminário escondido numa pessoa. Meio incrédulo o superior retornou para casa, reuniu a comunidade e contou para os demais a novidade. Todos ficaram imaginando em qual pessoa estaria escondido Jesus. Não podendo identificar em qual, passaram a tratar a todos como a pessoa de Jesus. Em pouco tempo a crise desapareceu e aquela casa floresceu em respeito, caridade e vocações em abundância.
São Camilo chegava até a reverenciar os enfermos, pois via em cada um deles o próprio Deus. Chegou ao extremo de confessar os próprios pecados ao doente certo que Deus estava aí para ouvi-lo e perdoá-lo. Diante disso entendemos o seu empenho em cuidar bem de cada pessoa enferma. O seu amor a Deus o levava a ser extremamente dedicado aos sofredores. Para ele os pobres enfermos não eram números, ou casos, mas os seus senhores e patrões.  

Peçamos a São Camilo a graça de contemplar na criatura o criador e particularmente em cada doente e sofredor e, assim, considerar o outro sempre mais importante do que nós mesmos.



Pe. Arlindo Toneta  -  MI
Pároco da Paróquia Nossa Sra. da Boa Esperança
Pinhais - PR 






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