terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Refl. Ev. 1234 (Mc 4,35-41) 01/02/14


Deixar Jesus dormindo não é uma boa ideia.

Jesus disse aos discípulos: “Passemos para a outra margem!” [...]. Veio, então, uma ventania tão forte que as ondas se jogavam dentro do barco; e este se enchia de água. Jesus estava na parte de trás, dormindo sobre um travesseiro. Os discípulos disseram-lhe: “Mestre, não te importa que estejamos perecendo?” Ele se levantou e repreendeu o vento e o mar: “Silêncio! Cala-te!” O vento parou, e fez-se uma grande calmaria. Jesus disse-lhes então: “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?” Eles sentiram grande temor e comentavam uns com os outros: “Quem é este, a quem obedecem até o vento e o mar?” (Mc 4,35-41).

Eu me lembro do barco que navegava no Rio Madeira e nós estávamos a bordo com toda a segurança porque um piloteiro experiente conduzia o mesmo por horas a fio até chegarmos ao destino. Quando as dificuldades e tempestades surgiam ele sabia perfeitamente o que devia fazer e como devia agir naquela situação.
Imaginemos se eu com nenhuma experiência assumisse a condução daquele barco! Diante de alguma dificuldade não saberia o que fazer e colocaria em risco toda a tripulação e a missão podia não acontecer.
Olhando para muitos católicos batizados vemos muitos deles que acolheram Jesus, o piloto por excelência, no seu barco, no dia do seu batismo ou da primeira eucaristia,  mas a maior parte da vida o deixam dormindo em algum contão dos seus neurônios. Procuram acordá-lo apenas nos momentos difíceis da vida e exigem que os socorram. Jesus aparece como pronto socorro e não como piloto do barco da vida dos cristãos. Por conta disso nos metemos no meio de vendavais e tempestades perigosas.
A grande ideia que surge do texto é confiar a direção do nosso barco aos cuidados de Jesus. Confiar a direção da nossa vida o tempo todo e não apenas nos momentos duros e difíceis. Claro que essa confiança implica a humildade de navegar por caminhos bem diferentes dos que a nossa estreita visão humana escolheria. Temos que confiar a condução da nossa vida a Deus, pois ele sabe o que é melhor para nós,  da mesma forma que a criança confia cegamente na sua mãe, que busca o melhor para ela.
Um abraço a você que confia a direção da sua bicicleta nas mãos de Deus em todos os momentos da sua vida.





Pe. Arlindo Toneta – Pároco – 
Paróquia N. Sra. da Boa Esperança – Pinhais - PR




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