terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Refl. Ev. 1225 (Mc 1,21-28) 14/01/14


Jesus ensinava com autoridade.

No sábado, Jesus foi à sinagoga e pôs-se a ensinar. Todos ficaram admirados com seu ensinamento, pois ele os ensinava como quem tem autoridade, não como os escribas. Entre eles na sinagoga estava um homem com um espírito impuro; ele gritava: “Que queres de nós, Jesus Nazareno? [...] Eu sei quem tu és: o Santo de Deus!” Jesus o repreendeu: “Cala-te, sai dele!” O espírito impuro sacudiu o homem com violência, deu um forte grito e saiu. [...] E sua fama se espalhou rapidamente por toda a região da Galileia (Mc 1,21-28).

Jesus num dia de sábado entrou na sinagoga. Isto revela que ele era um judeu autêntico no que diz respeito às práticas religiosas judaicas, que santificavam o sábado. Ele, porém, possuía algo mais do que os escribas e fariseus da sua época. Ele possuía a coerência de vida. Ele ensinava aquilo que vivia e vivia aquilo que ensinava. Não era como os escribas e fariseus que ensinavam bonito, mas na calada da noite faziam um monte de coisas erradas, perdendo, consequentemente, a sua credibilidade diante do povo. Por isso, numa passagem do evangelho, Jesus chamou-os de sepulcros caiados, isto é, belos por fora, mas cheios de podridão por dentro.
Na igreja dos judeus, sinagoga, onde Jesus estava ensinando apareceu um homem com um espírito impuro e Jesus expulsa esse espírito que torna o homem sujo, podre e fraco. Que espírito seria esse? Certamente é o espírito da incoerência que habitava o coração de muitos escribas e fariseus. Ele veio para expulsar esses espíritos que levam os pregadores a não terem autoridade perante aqueles que pretendem evangelizar.
Queridos irmãos! Essa incoerência é um demônio muito presente na vida dos nossos pregadores, pois pregam uma coisa e vivem outra. Esse farisaísmo está presente na vida de muitos padres, religiosos, catequistas, pais e professores. Por conta disso, a sua autoridade está muito fraca ou ausente. Cientes disso, muitos abandonam o ministério de ensinar. Pais que abandonam os filhos à sua própria sorte, professores que abandonam o magistério, padres que abandonam a sua Igreja, religiosos que partem para outras funções. Certamente o caminho do evangelho não é esse. Essa é uma fuga do evangelho. Qual é o caminho então?
Querido irmão (ã), essa passagem do Evangelho, diz respeito à nossa vida de cristãos. O Evangelho é vivo e quer vivificar a nossa vida e não apenas a vida do povo judeu do tempo de Jesus. Jesus quer entrar nas nossas Igrejas e expulsar os espíritos maus que dificultam a Nova Evangelização. Jesus quer entrar no coração dos padres, dos pais e de todos os possuem a missão de ensinar para expulsar o espírito da incoerência e devolver-lhe a coerência e a alegria de evangelizar a todos os que lhe são confiados. Portanto, a solução passa pela conversão do coração e acolhida de Jesus. Com a sua presença seremos purificados e a nossa autoridade crescerá, favorecendo, dessa maneira, a Nova Evangelização.




Pe. Arlindo Toneta – Pároco – 
Paróquia N. Sra. da Boa Esperança – Pinhais - PR

Nenhum comentário:

Postar um comentário