Deus
cura o homem todo.
Jesus
passou novamente por Cafarnaum, e espalhou-se a notícia de que ele estava em
casa. Ajuntou-se tanta gente que já não havia mais lugar. Trouxeram-lhe um
paralítico, carregado por quatro homens. Como não conseguiam apresentá-lo a
ele, por causa da multidão, abriram o teto, bem em cima do lugar onde ele
estava e, pelo buraco, desceram a maca. Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse
ao paralítico: “Filho, os teus pecados são perdoados”. [...] O paralítico se
levantou e, à vista de todos, saiu carregando a maca. Todos ficaram admirados e
louvavam a Deus dizendo: “Nunca vimos coisa igual!” (Mc 2,1-12).
Deus realmente não se cansa de
perdoar. Perdoa mil vezes se necessário. Perdoa por causa da fé da pessoa.
Perdoa por conta da fé dos outros, conforme o evangelho de hoje. Perdoa por
causa da caridade para com os pais e outras pessoas, conforme o livro do
Eclesiástico. Enfim, Ele nunca se cansa de perdoar.
Pelo batismo nós fomos adotados como
filhos e filhas de Deus. Ele nos chama a viver os seus valores, isto é, a
perdoar sempre a amigos e, sobretudo, a inimigos. Ele nos capacita a perdoar
também. O exercício do perdão mútuo mostra que nós somos filhos e filhas de
Deus.
Portanto, queridos irmãos, não é
somente Deus que perdoa, mas os filhos e filhas de Deus perdoam também. O
perdão devolve a paz ao coração e nas relações familiares e eclesiais.
Vivenciando a página do Evangelho de
hoje importa fixar o nosso olhar nos quatro homens que levaram o doente até
Jesus com grande esforço e determinação. Com muita fé em Jesus, não desanimaram
por conta das dificuldades que surgiram. Foram criativos e alcançaram o
objetivo, isto é, a cura global do enfermo.
Diante dos nossos irmãos e irmãs
enfermos no corpo e na alma precisamos todos nós batizados, esforçar-nos
para conduzi-los até Jesus. Nós que fomos mergulhados no amor de Deus e que
conhecemos o poder libertador do seu amor, somos convidados a envidar esforços
para conduzir os nossos doentes do corpo e da alma até Jesus. Dessa forma a
nossa comunidade eclesial será missionaria e aos poucos fermentará toda a massa
humana com o fermento do amor.
Pe.
Arlindo Toneta - Pároco –
Paróquia
N. Sra. da Boa Esperança - Pinhais - PR
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