terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Refl. Ev. 1232 (Mc 4,21-25) 30/01/14


A luz tem a função de iluminar.


Jesus dizia-lhes: “Será que a lâmpada vem para ficar debaixo de uma caixa ou debaixo da cama? Pelo contrário, não é ela posta no candelabro? De fato, nada há de escondido que não venha a ser descoberto; e nada acontece em segredo que não venha a se tornar público. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!” Jesus dizia-lhes: “Considerai bem o que ouvis! A medida que usardes para os outros, servirá também para vós, e vos será acrescentado ainda mais. A quem tem, será dado; e a quem não tem, será tirado até o que tem” (M 4,21-25).


Qualquer pessoa, que pensa um pouco, entende que uma lâmpada possui a função específica, sem margem de duvida. Ela foi inventada por Tomas Edson com a função de iluminar e, consequentemente, não se acende para escondê-la debaixo de um caixote. Claro que ela pode também aquecer o ambiente, mas o texto do Evangelho não fala disso, por isso deixemos quieta essa possível função.
Jesus se vale dessa realidade humana para ensinar que Ele é a nova luz que veio ao mundo para iluminar os passos dos homens e das mulheres. Ele é a realização do Salmo 119,105 onde o salmista afirma: “Vossa palavra é uma luz para os meus passos e uma lâmpada luzente em meu caminho”. Quem o acolhe e por Ele se deixa iluminar não anda nas trevas do erro e do egoísmo.
Jesus, como lâmpada, não se oculta com medo dos judeus que o ameaçavam, mas corajosamente vai iluminando com a sua pessoa e com a sua Palavra e revelando a sua bondade e ao mesmo tempo a cegueira, o pecado do homem. Afirma que nessa luz nada fica oculto, mas tudo é iluminado e, consequentemente, a sua bondade ou maldade fica conhecida. Diante dessa luz fica, portanto, o desafio da nossa constante conversão para Ele e a sua Palavra, pois nós somos pecadores.
Nós fomos batizados nessa Luz e, portanto, também somos chamados a irradiar a sua luz no mundo de hoje. Se existem muitas trevas, erros, maldades em nossos dias, significa que os cristãos estão embaixo dos seus caixotes, quem sabe com medo, e esqueceram que possuem a vocação cristã de repassar a luz de Cristo aos filhos, aos colegas, aos alunos, enfim a todos os demais irmãos, pois essa é a vontade de Deus.
Na última parte do texto de hoje, Jesus afirma que a medida que usamos para tratar e os outros será a medida com que seremos tratados. Está dizendo que a terceira lei de Newton funciona mesmo. Na medida em que tratamos os outros com misericórdia seremos tratados com misericórdia. Se os tratarmos com dureza e aspereza, estamos preparando o terreno para sermos tratados assim também. Se formos tacanhos no dar os outros tendem fazer o mesmo conosco. Se usarmos pouco os nossos talentos em favor dos outros, aos poucos, esses acabarão embotando e se perdendo, com grande prejuízo para nós e para a comunidade.
Entendo que todos nós queremos o melhor para nós, nesta vida e na outra. Portanto, importa sermos generosos na acolhida, na escuta dos outros, no perdão, nos sorrisos, na bondade, na partilha, na ajuda e em toda sorte de boas ações.





Pe. Arlindo Toneta – Pároco –

Paróquia N. Sra. da Boa Esperança – Pinhais - PR 

Nenhum comentário:

Postar um comentário