quinta-feira, 31 de julho de 2014

Pensamento de São Camilo



Bom dia meu irmão e minha irmã!

“Deus quer que sirvamos, que consolemos, que ajudemos aos que sofrem, sem distinção de pessoas. Antes, vamos mais prontamente aos mais pobres e abandonados, para ajudá-los e assisti-los até o fim”.

Para fechar o mês de S. Camilo, vai aí mais um pensamento típico de gente santa. Normalmente, nós que andamos um tanto longe da santidade, escolhemos as pessoas mais agradáveis para servir, enquanto que as chatas e rabugentas as esquecemos e até ignoramos.

Lembro aqui do jornalista que foi dizer a Madre Tereza de Calcutá que estava cuidando de um doente mal cheiroso, que não faria aquilo nem por mil dólares. A Santa disse que também não o faria por mil dólares. Diante disso o jornalista insistiu perguntando por que o fazia então? Ela respondeu que fazia aquilo por amor a Deus e às pessoas.

Neste tempo em que se briga para superar racismos e discriminações, a orientação do nosso Santo revela toda a sua atualidade. Camilo chama os seus a ajudarem a todos sem distinções. Se uma distinção pode ser feita é em relação aos mais pobres, pois eles necessitam mais dado a sua indigência.

Por que essa orientação? Enquanto os ricos e mais bem de vida possuem condições financeiras e gente para atendê-los, os pobres e indigentes, por vezes, não possuem nem uma e nem outra. Por isso mesmo, Camilo recomenda que se alguma distinção deva ser feita que se atenda mais prontamente os mais pobres, pois eles têm mais necessidade de ajuda.

Importa perceber que em momento algum ele recomenda que os ricos não devam ser atendidos. Muito menos incita os seus contra os ricos, que por vezes são mais pobres do que os pobres de bens materiais, pois alguns deles andam longe de Deus enquanto os pobres, na sua maioria, andam muito ligados a Ele.  

Camilo ousa pedir que se ajude os necessitados até o fim e não uma vez apenas, como costumeiramente fazemos, muitas vezes para nos livrar deles. Pede que façamos uma caminhada de escuta atenta e serviçal até o fim da vida, sempre que necessário e possível. Pede, em suma, que os ajudemos a viver e a morrer bem.  

Peçamos a graça de colocar em prática essa sábia e santa orientação de Camilo de Lellis, para edificarmos uma sociedade mais justa e mais fraterna.


Um abraço fraterno,




Pe. Arlindo Toneta – Pároco 

Paróquia N. Sra. da Boa Esperança – Pinhais - PR

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