“Devemos reconhecer
Deus, nosso Senhor, em nossos irmãos: Deus, um no outro, como na sua imagem e
semelhança. Por isso cada um tem que manifestar para com o outro aquele
respeito que convém a pessoas consagradas a Deus, e mesmo como se o outro fosse
o nosso superior”
Quantas coisas maravilhosas aconteceriam entre nós se
efetivamente reconhecêssemos a Deus, nosso Senhor, em cada irmão e em cada
irmã. Quanto respeito haveria entre o homem e a mulher. Em nenhuma hipótese
alguns filhos de católicos, que dizem que amam a Deus, se dariam o direito de
espancar a sua mulher ou qualquer outra, mesmo que seja pobre ou prostituida.
Nenhum católico se daria o direito de abandonar a sua esposa, seu marido ou o
seu filho.
Nenhum católico, que diz que ama a Deus, se daria o direito
de explorar o irmão ou a irmã. Nem porque é menor, nem porque é mulher, nem
porque é pobre e muito menos porque
é negro. Todos seriam reconhecidos como irmãos e amados como deuses.
Particularmente aquele que consagra a vida a Deus, a quem não
vê, dedicaria toda a sua vida aos irmãos e às irmãs, a quem vê muito bem. Em
cada um deles, particularmente nos pobres e doentes, o consagrado é chamado a
servir a Deus, onde mostra o seu rosto esfomeado, doente ou marginalizado.
O batizado é consagrado a Deus para se colocar a serviço de
Deus em cada um dos seus irmãos. Quanto mais o consagrado, na vida religiosa, é chama a expressar todo o seu amor a Deus com
atitudes de grande respeito às pessoas.
São Camilo chegava até a reverenciar os enfermos, pois via em
cada um deles o próprio Deus. Chegou ao estremo de confessar os próprios
pecados ao doente certo que Deus estava aí para ouvi-lo e perdoá-lo. Diante
disso entendemos o seu empenho em cuidar bem de cada pessoa enferma. O seu amor
a Deus o levava a ser extremamente dedicado aos sofredores. Para ele os pobres
enfermos não eram números, ou casos, mas os seus senhores e patrões.
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