“Ocupemo-nos de nós
mesmos e das nossas tarefas, e afastemos de nós a mania de criticar ações e
defeitos dos outros, porque isto desagrada a Deus” (São Camilo).
Esta
orientação de Camilo é muito importante. Muitos de nós envolvemo-nos demais nas
tarefas dos outros e envolvemo-nos de menos nas nossas obrigações. Chegamos até
a esquecer das nossas tarefas de tanto que nos envolvemos nas dos outros. O
pior é que nem sempre é para ajudar os outros, mas sim para tecer críticas
destrutivas.
Envolver-nos
conosco significa procurar melhorar sempre mais a nós mesmos. Quantas coisas,
em nós, que ainda não dominamos e orientamos para o bem!
Ocupar-nos
de nós mesmos significa tomarmos posse dos nossos sentimentos. Quantas pessoas
que ainda não lidam bem com os seus sentimentos! Necessitamos encarar os nossos
sentimentos, entender o que eles significam e orientá-los no caminho da nossa
edificação e santificação, conforme a nossa opção vocacional.
Ocupar-nos
com o nosso modo de pensar é uma tarefa interminável. Muitos de nós, por falta
de treino ou por desleixo, temos uma maneira muito negativa de encarar as
situações. Com o nosso modo negativo de pensar, quantos problemas e doenças
físicas e psíquicas atraímos sobre nós e os nossos familiares! Necessitamos
positivar os nossos pensamentos.
Necessitamos
ver os nossos defeitos e decidir afrontá-los na busca da superação. Quando não
conseguimos importa saber pedir ajuda a quem pode auxiliar-nos. Quando não
conseguimos superá-los com todo o nosso esforço e ajuda de Deus e dos irmãos
importa aceitá-los como parte da nossa cruz.
Depois
de ter feito tudo isso descobriremos, em nós e nos outros, grandes qualidades
para destacar e promover sempre mais. Quem se ocupa consigo e com o bem dos
outros terá pouco ou nenhum tempo para fazer críticas destrutivas. A pessoa que
toma consciência dos seus valores, limites e pobrezas, não terá mais tempo para
olhar os defeitos dos outros para criticar, mas empenhará todo o seu tempo para
melhorar a si e, se possível, aos outros.
Peçamos
a Camilo a Graça de perceber os nossos defeitos e o desejo profundo de
corrigi-los para amar mais a Deus, a nós e aos outros.
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