“Não somos devedores à carne para vivermos
segundo a carne, mas com a força do espírito, seremos donos da nossa vida,
mortificando a carne. Deixemos um pouco que o “irmão burro” (o nosso corpo)
sofra alguma coisa por amor de Deus”.
São
Camilo devia conhecer bem o grande missionário dos pagãos, São Paulo, que
orientava os Gálatas (cf Gl 5,13-26) a viver segundo Espírito e não segundo os
apetites da carne. Este afirmava que os desejos da carne são contrários aos do
Espírito Santo, que busca conduzir, sobretudo, os que foram batizados. Enquanto
as obras da carne nos aprisionam as obras do Espírito nos libertam.
Diante
disso Camilo afirmava para os seus que não somos devedores à carne para
satisfazer todas as suas paixões e cair na escravidão dela e do pecado. O
incrível é ouvir cristãos, aparentemente esclarecidos, afirmarem que são livres
e atendem a todos os apetites da carne. Não se dão conta que são escravos da
carne, que vai apodrecer no cemitério.
Por
outro lado incentivava as obras do Espírito, que nos libertam, mesmo que
implique algum sofrimento para o burro que nos carrega que é o nosso corpo.
Aponta para os seus o caminho da libertação trazida por Jesus e apontado
constantemente pelo Espírito de Deus que habita em cada um de nós.
Nesse
sentido cabe aos pais e educadores repensar um pouco o atendimento imediato de
todas as necessidades físicas dos seus filhos e alunos, que hoje é dado e a
negligência no que diz respeito às necessidades espirituais. Nesse sentido
estamos falando de liberdade, mas, na verdade, estamos jogando esta geração
para a escravidão da carne e, consequentemente, para o sofrimento inútil, ou
seja, sem sentido libertador.
Peçamos
a graça do crescimento equilibrado entre as exigências corporais justas e as
espirituais, que nos abrem as portas para a vida eterna. Para isso, deixemos
que o Espírito de Deus nos conduza nos caminhos da verdadeira libertação
trazida por Jesus.
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