quarta-feira, 30 de julho de 2014

Pensamento de São Camilo

Bom dia meu irmão e minha irmã!

“Os hospitais são o mar pequeno e o Mediterrâneo, mas a assistência a domicílio é o oceano sem limites e sem fundo, porque em toda a parte do mundo se morre”.

Queridos leitores! Eis como pensa um homem que ama a Deus apaixonadamente e descobre no serviço aos enfermos o tesouro visível, palpável e carente de cuidados. Não se contenta com pequenas ações pontuais, mas pensa os necessitados em todos os locais e corre para alcançá-los com suas mil mãos servidoras.

Pensar nos doentes que havia nos hospitais já era um desafio não pequeno para S. Camilo e seus companheiros, que não eram tão numerosos. Camilo colocava o sonho de atender a todos, nos hospitais e casas, para motivar os seus à generosidade e à criatividade a fim de atrair muitos para a sua escola de caridade. Atraia gente para servir como sacerdote, como religiosos e também como leigos.

Juntamente com o seu ideal sonhado vinha o exemplo de dedicação caridosa de Camilo e seus companheiros junto aos doentes e moribundos. Diante desse testemunho visível, muitos jovens e adultos sentiam-se motivados a engrossar as fileiras camilianas para o exercício vivo da caridade.

Além disso, quando não eram mais desejados em algumas instituições, como de fato aconteceu, Camilo os motivava a não desanimarem dizendo que doentes para servir não havia apenas naquelas unidades hospitalares, mas nas residências do mundo inteiro, e não eram poucos. Por isso mesmo, quando não eram mais desejados em algum hospital, Camilo apontava imediatamente outro ou famílias que os apreciavam e os desejavam muito.

No final do seu pensamento ele diz que em toda parte do mundo se morre. Por que fala assim se os Camilianos têm a missão de cuidar dos doentes? Na verdade, os seguidores de Camilo além de cuidar dos enfermos para que recuperassem a saúde davam atendimento aos moribundos. Eram chamados nos hospitais e casas para cuidar dos enfermos e para ajudá-los a bem morrer.  Por conta disso, no início o grupo de Camilo era chamado de Padres da Boa Morte. Só bem mais tarde é que recebem o título de Ministros dos Enfermos (MI).

Caríssimos leitores! Nós que possivelmente descobrimos esse tesouro de serviço aos irmãos enfermos nos hospitais e residências, podemos cultivar o sonho de atender a todos com os nossos braços e com os de muitos irmãos e irmãs que poderão ser atraídos pelo nosso testemunho vivo. Diante de algumas portas que podem fechar-se não é interessante ficar aí a esmurrar as mesmas, mas olhar para as mil necessidades dos nossos irmãos em outras instituições, residências e periferias da vida, onde somos aguardados como terra seca, que anseia pela chuva.


Um abraço fraterno e terapêutico, 




Pe. Arlindo Toneta – Pároco 

Paróquia N. Sra. da Boa Esperança – Pinhais - PR

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