As mães acolhem os filhos no
coração, no ventre e nos braços e os acompanham no crescimento humano,
espiritual e social. Por pior que seja o filho, tanto mais se for especial,
elas tudo fazem para ver o fruto do seu ventre feliz e realizado. Quando por
algum motivo o filho cai nos caminhos da vida, lá estão elas sempre prontas a
estender a mão e ajuda-lo a se levantar. A vitória do filho é a alegria da mãe.
A derrota do filho leva a mãe a se derreter em lágrimas. Estamos falando das
nossas mães que não pudemos escolher e nem elas nos escolheram. Elas nos
acolheram como dádivas do céu e para lá procuram nos embalar.
Jesus também quis ter uma mãe.
Pensem no carinho com que Maria cuidou desse menino, que desabrochou em idade,
sabedoria e graça diante de Deus e dos seus irmãos. Ele, porém, não a quis só
para si, mas a deu a cada um de nós, na pessoa de João Evangelista, lá no monte
calvário, falando a Maria: “Mulher, eis aí o teu filho” indicando João. A
partir daquela hora o discípulo a acolheu na sua casa (cf. Jo 19,25-27).
Claro que João deve ter feito
o melhor para cuidar dela até a sua partida para o Céu. Por outro lado,
pensemos o quanto ela cuidou desse discípulo amado, do seu filho Jesus. Além
disso, certamente, ela o animou especialmente nos momentos difíceis da vida, a
fazer sempre a vontade do seu filho, como aparece claro no Evangelho que ele
redigiu: “Fazei tudo o que ele vos disser” (cf.Jo 2,5).
Esse privilégio não se
restringe a João Evangelista, o discípulo jovem, mas está para todos nós. Na
pessoa de João, Jesus viu eu, viu você, viu a todos nós. Portanto, ele deu a
sua mãe a todos os seus irmãos e irmãs. João a levou para casa e ela cuidou
dele com todo o carinho de mãe amorosa.
Nós também podemos levá-la para a nossa casa. Não depende mais dela ou
de Jesus. Ele já a deu de presente para todos. Ela está sempre à disposição dos
seus filhos.
Portanto, queridos leitores,
nós não somos mais órfãos, como alguns se pensam pelos cantos da vida. Somos
filhos queridos de Deus e de Maria. Em Jesus Deus nos adotou como filhos amados
com direito a herança do Céu. Jesus nos deu a sua Mãe que também nos adotou com
amor terno e materno. Podemos acolhê-la em nossa casa e em nossa vida.
Certamente ela nos cuidará. Nos tomará no colo nos momentos mais difíceis da
caminhada. Além disso, como mãe e mestra, não se cansará de nos indicar o
caminho para o Céu.
Aliás, qual mãe amorosa irá
querer que o seu filho ou a sua filha caia na depressão, na tristeza ou no
inferno? Sendo assim ela fará tudo e mais um pouco para que eu e você sejamos
filhos realizados e felizes. Não importa se você é padre, religioso, casado,
solteiro ou viúvo. Importa, mais do que tudo isso, que você é filho e filha
muito amado por Maria.
Quando encontro um bom número
de irmãos e irmãs, religiosos, solteiros e casados, tristes e derrotados, me
pergunto: Será que levaram Maria para casa? Será que a sua casa não está demais
cheia de coisas e bens passageiros a tal ponto de não haver lugar para ela? As
respostas a esses questionamentos estão no coração de cada um.
Queridos leitores! Esta novena
de Nossa Senhora da Boa Esperança quer ser mais uma oportunidade de levarmos
Maria para casa, a fim de que ela, como a nossa mãe, que está junto de Deus, cuide
de nós e nos mostre a única e verdadeira boa esperança, ou seja, seu filho
Jesus Cristo, que é Verdade e Caminho para o Céu.
Pe. Arlindo Toneta - MI
Pároco da Paróquia N. Sra. da Boa Esperança - Pinhais - PR
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