No meio da realidade hodierna (moderna) onde as pessoas tendem a procurar alguém que as sirva para serem felizes, surge uma proposta nova e transformadora encarnada e vivida pela Grande Missionária do Pai do Céu, isto é, Maria de Nazaré. Nesse senário que cheira a egoísmo essa mulher surge como uma estrela que irradia uma luz nova. A luz do amor e do serviço gratuito em favor de todos.
Percorrendo os Evangelhos, especialmente o de Lucas, a encontramos constantemente “antenada” em Deus e, por isso mesmo, muito atenta as necessidades das pessoas. A visita à prima Isabel não surgiu para gastar o tempo ou para fazer fofoca da vida alheia. Ela foi para lá com o intuito de ajudar a sua prima no que fosse necessário. Permaneceu por lá enquanto aquela família necessitava dela. Quando não mais necessitavam dos seus serviços, retirou-se para a sua casa (cf Lc 1,39-45).
Nas Bodas de Caná (cfJo 2,1-11) ela não estava lá apenas para usufruir da festa, como costuma fazer a maioria das pessoas. Estava atenta e sempre pronta a ajudar naquilo que as pessoas e a comunidade. Quando não conseguia atender sabia a quem recorrer. A vemos recorrendo ao seu Filho Jesus e implorando aos servidores que fizessem tudo o que ele dissesse a fim de que o vinho novo, o vinho da alegria jorrasse abundantemente em substituição à água das inúmeras leis, e, assim a família fosse unificada e santificada.
Depois da sua assunção ao Céu a vemos constantemente vindo ao encontro dos seus filhos e filhas, nas diversas aparições, a fim de servi-los nas suas necessidades. Por conta disso, ela recebeu centenas de títulos, que por si só falam da sua atitude servidora, mesmo depois de estar na glória de Deus. Em razão disso ela mereceu o título Mãe intercessora.
Diante dessa mãe servidora resta-nos perguntar se não esquecemos esse importante ensinamento da Mãe. Pelas atitudes de muitos casados, solteiros e consagrados entendemos que muitos filhos e filhas de Maria necessitam retornar à sua escola. Retornar para aprender a lição do serviço gratuito e amoroso que o egoísmo roubou.
Para que isso aconteça verdadeiramente necessitam alimentar-se de Deus e da sua Palavra, manter-se unidos a Deus, como o ramo ao tronco, a fim de poder produzir muitas uvas doces que nutrem a família e a comunidade. Vazio do amor de Deus nenhum dos filhos será capaz de sair do seu comodismo e, muito menos, dedicar-se em favor dos demais de forma generosa e gratuita. Ao contrário, vazios de Deus, correrão em busca de tudo e de todos na tentativa de preencher o coração. Porém, nunca conseguirão isso, pois o coração foi feito para Deus e não para as coisas. Lamentamos comunicar, mas um coração vazio de Deus não poderá produzir nada de bom, produzirá apenas uvas azedas que amargam a própria vida e a da comunidade.
Pe. Arlindo Toneta - MI
Pároco da Paróquia N. Sra. da Boa Esperança - Pinhais - PR
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