O Encontro de Casais com
Cristo é um serviço de animação da família na Paróquia, Comunidade de
Comunidades. Neste quarto encontro de casais Deus nos inspirou o tema: Família, lugar de perdão, dado as
imensas dificuldades pelas quais passam as nossas células eclesiais, isto é, as
famílias.
Olhando para a realidade
familiar do nosso tempo vemos esse território infestado de brigas, conflitos e
separações. Diante disso surgem perguntas na tentativa de entender o porquê
dessa realidade conflituosa, uma vez que a família não foi pensada por Deus
para ser um palco de guerra, mas um ninho de amor, a fim de que os filhos
desabrochassem no amor e na bondade. Por que está acontecendo essa guerra
familiar colocando em risco a saúde da família, da Igreja e da Sociedade? Para
lançar um bocadinho de luz sobre essas sombras que incidem sobre a família; valemo-nos
de uma reflexão do nosso querido Papa Francisco, que na sua sabedoria vai
apontando a solução indicada por Jesus em diversas passagens do evangelho.
"Não
existe família perfeita. Não temos pais perfeitos, não somos perfeitos, não nos
casamos com uma pessoa perfeita nem temos filhos perfeitos. Temos queixas uns
dos outros. Decepcionamos uns aos outros".
Eis a nossa realidade humana,
que muitos de nós insistimos em ignorar, imaginando que casamos com pessoas
perfeitas. No tempo do namoro tende-se a ver apenas o lado bom do outro e da
outra. Não é raro ouvir jovens casais afirmando com todas as letras que a sua
namorada é perfeita e que o seu noivo é um príncipe sem pecados. Esse
encantamento que impede de ver a realidade pode ruir já na lua de mel e ambos experimentarem
a dureza da convivência a dois.
É fundamental, portanto, tomar
consciência da nossa realidade humana. É lucides dar-se conta que todos somos
contaminados pelo pecado e carregamos uma série enorme de problemas, medos,
limitações, traumas, preguiças, ciúmes, invejas, inseguranças que impedirão a
relação perfeita sonhada pelos apaixonados. Aqui não se trata de pessimismo,
mas de assumir a realidade humana e tomar decisões a partir dela para evitar
decepções maiores.
Se não existem pessoas
perfeitas e nem filhos perfeitos, a convivência humana requer inicialmente uma
disposição constante de aceitar o outro e a outra do jeito que são. Além disso,
é fundamental a decisão de perdoar os pecados e falhas do outro. A pessoa
humana, sem oxigênio, acaba morrendo e uma família sem o perdão adoece e morre.
Por conta disso o papa continua dizendo: "Não
há casamento saudável nem família saudável sem o exercício do perdão. O perdão
é vital para nossa saúde emocional e sobrevivência espiritual. Sem perdão a
família se torna uma arena de conflitos e um reduto de mágoas. Sem perdão a
família adoece. O perdão é a assepsia da alma, a faxina da mente e a alforria
do coração".
Queridos casais! Eis o segredo
de permanecer juntos a vida toda. Não se trata de alguns casais que têm muita
sorte, encontrando o parceiro ideal, e outros que são azarados. Todos os
parceiros são pecadores e carregam pecados e limitações. Determinante é como
são encaradas essas limitações. Alguns as vêm como oportunidade para ajudar o
outro, para perdoá-lo e assim demonstrar o seu amor, outros as descobrem como
motivos para condenar, julgar e separar-se.
Para edificar uma família
saudável é indispensável tomar o remédio do perdão, pois todos somos pecadores
e necessitamos nos perdoar. Como é difícil perdoar as nossas burradas! Além
disso, é necessário dar o mesmo remédio ao cônjuge, pois ele, involuntariamente
ou na sua fraqueza humana, pode pecar sete vezes ao dia, ou seja, muitas vezes.
Quando na família se perdoa
poucas vezes a mesma adoece e não havendo perdão de jeito nenhum a família
adquire câncer e em breve metástase e será finalmente destruída.
Para concluir, o nosso querido
Papa Francisco afirma categoricamente: “Quem
não perdoa não tem paz na alma nem comunhão com Deus. A mágoa é um veneno que
intoxica e mata. Guardar mágoa no coração é um gesto autodestrutivo. Quem não
perdoa adoece física, emocional e espiritualmente. É por isso que a família
precisa ser lugar de vida e não de morte; território de cura e não de
adoecimento; palco de perdão e não de culpa”.
Diante disso, queridos irmãos,
precisamos decidir se queremos famílias vivas ou mortas. A decisão passa pela
nossa mente que liberta o coração, na medida em que o perdão é dado a si e ao
outro. Se decidirmos acolher sempre as limitações do outro como oportunidades
para amar perdoando teremos famílias robustas e fortes no amor e na alegria.
Termos ninhos de vocações para santificar a família e a Igreja. Se decidirmos não perdoar, nós teremos na
família um campo de guerra e de infelicidade. Teremos um ninho de cobras que
picam uma à outra. A decisão é de cada pessoa.
Pároco da Paróquia Nossa Sra. da Boa Esperança
Pinhais - PR
Caro Padre Arlindo Toneta,
ResponderExcluirSobre o texto Familia Lugar de Perdão, creditado ao Papa Francisco, utilizado por voce na postagem acima (as partes em negrito), é muito bom, apenas que o texto não é do Papa Francisco, da Igreja Católica e sim do Reverendo Hernandes Dias Lopes, da Igreja Presbiteriana, publicado inicialmente em 1971, conforme pode ser confirmado no link http://www.ipb.org.br/cada-dia/familia-lugar-de-perdao-1971, ou no texto completo publicado em 2012 http://hernandesdiaslopes.com.br/.../perdao-a-cura.../...
Os links não funcionaram.
ExcluirUma palavra neste sentido visando exclarecer o equívoco seria simpático da parte do pároco.
ResponderExcluirUma palavra neste sentido visando exclarecer o equívoco seria simpático da parte do pároco.
ResponderExcluirBoa noite! Tenta esta fonte então. https://www.facebook.com/cadadia.com.br/posts/884615364914884/
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