quinta-feira, 24 de setembro de 2015

PROCURAVA VER JESUS

Uma multidão de brasileiros atravessou a fronteira do Brasil para ir à Assunção, capital do Paraguai, somente para ver e ouvir a o Papa Francisco. Mas quem é Francisco, para tanto esforço? Conforme ele mesmo se definiu no início do seu pontificado, é um grande pecador. Além disso, é um argentino. Mesmo assim tantos olhos querem ver o Papa. Para refrescar a memória, basta recordar a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro em 2013. Mais de 3 milhões de pessoas se aglomeravam na praia de Copa Cabana para ouvir e ver o nosso querido argentino, que acolhe e abraça a todos sem distinções.
Na Palestina apareceu um tal de Jesus que falava como ninguém e mais do que isso, acolhia a todos e realizava grandes curas. Multidões corriam atrás dele, cada um com seus interesses pessoais. Uns para comer pão, pois ele multiplicava pães, outros para serem curados de seus males e um grande grupo porque estava encantado com a sua proposta de viver, expressada particularmente, na oração do Pai Nosso e no Sermão da Montanha.
Enfim, todos queriam ver Jesus, inclusive os mandatários, como Herodes. Mas havia dificuldades para isso. Dificuldades externas e internas para a contemplação do Filho de Deus. A multidão que o cercava era uma dificuldade externas que obstaculizava a livre contemplação dele. Porém, com um pouco de criatividade, a exemplo de Zaqueu que subiu na árvore, era suficiente para vencer essa barreira.
O maior obstáculo que dificultava Zaqueu, Herodes e outros tantos fariseus e doutores da lei não era externo, mas sim interno. Os preconceitos e os apegos ao poder, às riquezas e outras tantas picuinhas impediam os seus olhos de verem realmente quem era Jesus. Tanto é verdade que alguns escolheram matá-lo, pois a sua proposta de vida punha em cheque o seu modo egoísta de viver. Com essa atitude não puderam ver quem era realmente Jesus e qual era a sua proposta de liberdade e vida para todos.
Esse desejo de ver alguém mais importante do que o Papa existe no coração de todos os filhos e filhas de Deus. A curiosidade que havia nos olhos da Samaritana, junto ao poço de Jacó (cf Jo 4), a vontade firme de Zaqueu de ver Jesus (cf Lc 19,1-10) a procura de Herodes por Jesus ( cf Lc 9,7-9) está em cada um de nós. O que é mesmo que nos impede de ver a Jesus e acolhê-Lo? Certamente não são barreiras externas, que facilmente, com a nossa criatividade podemos superá-las. Com raras exceções, a maioria de nós tem problemas de miopia interna, ou seja, o egoísmo, a ganância, a luxúria e outros tantos pecados nos impedem de ver e acolher o enviado do Pai.

Portanto, queridos leitores, não é suficiente querer ver a Jesus. Todos querem ver a Jesus, segundo os seus interesses. Para poder ver e acolher a Jesus, sinal maior do amor do Pai, com sua proposta libertadora, é necessário primeiro tirar o cisco dos nossos olhos. Precisamos da cura interior. Somente quando o dedo de Jesus tocar os nossos olhos, quando o seu amor dissipar a miopia do nosso coração poderemos ver realmente quem é ele e o que está propondo para nós seus irmãos e irmãs. 





Pe. Arlindo Toneta  -  MI
Pároco da Paróquia Nossa Sra. da Boa Esperança
Pinhais - PR 






terça-feira, 22 de setembro de 2015

VOCÊ PODE SER A MÃE DE JESUS

Eis um sonho fantástico de muitas meninas do tempo de Jesus. Inúmeras jovens de Israel sonhavam com essa possibilidade, isto é, ser a mãe do Libertador do seu povo. Claro que o sonho podia apenas ter um cunho político, isto é, ser a mãe daquele homem forte que iria enfrentar o Império Romano que estava subjugando o povo Hebreu. No entanto coube a Maria, filha de Joaquim e Ana, a honra de ser escolhida para ser a mãe daquele que iria carregar os pecados do povo de Israel e assim libertá-lo da maior escravidão que aniquila e mata o ser humano.
A boa notícia é que Jesus, o filho de Maria, que foi adotado por José o carpinteiro, quis estender essa honra a todas as pessoas de boa vontade. Não mais apenas as meninas, mas também os meninos e os idosos são convidados por Jesus a serem sua mãe. Como assim? Não se trata mais de maternidade biológica, pois essa coube a Nossa Senhora. Trata-se da maternidade espiritual. Todos os que acolhem e põem em prática a Palavra de Jesus se tornam mãe de Jesus.
Se alguém ainda carrega duvidas vejamos então o que disse São Paulo no auge da sua vida: “Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim”. Por isso mesmo, com o seu testemunho de vida e com suas palavras exortava a todos a revestir-se de Cristo, pelo acolhimento e vivência da Palavra de Deus.

Eis aí, meu caro leitor, o convite de Jesus! Ele mesmo está convidando você a ser a sua mãe. Se você topar certamente as pessoas da sua casa e da sua convivência terão a oportunidade de conhecer a Jesus e possivelmente seguir os seus passos. Com isso teremos seguramente menos violência e menos guerra, pois Jesus veio trazer a Misericórdia e a Paz e não a violência e a guerra, que são frutos do egoísmo.





Pe. Arlindo Toneta  -  MI
Pároco da Paróquia Nossa Sra. da Boa Esperança
Pinhais - PR 











UM JEITO NOVO DE SER GRANDE

Vemos em Jesus de Nazaré um homem profundamente sábio, que soube aproveitar das tendências humanas inscritas na sua natureza para semear o Evangelho, isto é, a boa notícia do Reino de Deus. Ele não veio para frustrar a natureza humana, mas para Evangelizá-la.  Vejamos um exemplo dessa astúcia do Mestre.
Jesus está caminhando com os seus discípulos e enquanto caminhava vai revelando o amor do Pai que deseja que todos possam viver e sejam salvos. Por outro lado, nota que existe no coração dos seus discípulos um desejo enorme de grandeza. Em si um desejo maravilhoso, pois o homem não foi concebido por Deus para ser pequeno e insignificante. Foi concebido para ser rei e rainha da criação. Lamentavelmente, se dá conta que esse sonho foi invertido pelo pecado do egoísmo humano.  Por conta disso, os que se entendem grandes pisam por cima dos demais, escravizam e matam para conquistar postos elevados. Os seus discípulos são fruto da cultura do seu tempo e, por isso mesmo, estão contaminados por essa mentalidade que põe em risco a vida do outro.
Jesus, como sábio pedagogo, apanha esse sonho de grandeza que está no coração de cada ser humano e semeia a Boa Notícia. “Que bom que vocês querem ser grandes! Aliás, foi para isso que meu Pai vos criou. Eu apresento a vocês um jeito novo de ser grandes, sem fazer vítimas, ou excluir pessoas”. Pensem na curiosidade dos seus seguidores, pois Ele não está frustrando um sonho, mas apontando um jeito respeitoso de realizá-lo.
“Se alguém quiser ser o primeiro e o maior seja o servidor de todos!” Em outras palavras Jesus está dizendo: Superem a mentalidade opressora e encarnem a mentalidade do Pai do Céu. Acolham o outro como um presente do céu e não como um rival a ser vencido. Estejam sempre atentos às necessidades dos que estão no entorno.  Queiram ser servidores dos demais. Estejam sempre pronto a lavar os pés dos outros. Lavem os pés dos enfermos, dos idosos, das crianças, das esposas ou dos maridos, dos jovens e demais pessoas que se sentem abandonadas.
Eis, queridos leitores, o novo jeito de ser grande! Porém, poucos entenderam isso e poucos decidiram colocar em prática essa Boa Nova. Tanto é verdade que São Tiago, discípulo de Jesus, na sua carta (Tg 3,16-4,3) se confronta com essa raiz opressora do outro, que está na ganância e demais paixões egoístas que estão dentro do ser humano. Paixões essas, que produzem invejas, ciúmes, brigas, guerras e mortes nos primórdios da Igreja de Jesus.
Olhando para a nossa realidade política, social e religiosa, sentimos mais do que nunca a necessidade imperiosa de bradar sobre os telhados essa Boa Notícia de Jesus. Boa Notícia que poderia excluir as competições desleais que aniquilam os fracos. Jeito novo de ser grande que poria fim aos milhares de homens, mulheres e crianças em fuga pelo mundo afora por conta do egoísmo e da ganância! Se colocado em prática esse ensinamento a nossa política seria uma escola de servidores e não um covil de egoístas e ladrões.

Peçamos o dom da sabedoria para entender que Deus não criou filhos para serem pequenos e, muito menos, para um escravizar o outro. Ele nos pensou a todos e a todos grandes, conforme o seu coração grandioso e cheio de amor. Se ele nos criou para isso, peçamos a graça de viver a Boa Notícia de Jesus, pois é o único jeito de sermos todos grandes sem mais brigas, guerras e mortes. 







Pe. Arlindo Toneta  -  MI
Pároco da Paróquia Nossa Sra. da Boa Esperança
Pinhais - PR 






sexta-feira, 18 de setembro de 2015

CURSO BÍBLICO COM DOM JOSÉ ANTÔNIO PERUZZO (ABERTO ÀS PARÓQUIAS OU COMUNIDADES)



DIA 28 DE SETEMBRO, SEGUNDA-FEIRA, TEREMOS A ALEGRIA DA PRESENÇA DO NOSSO ARCEBISPO NA NOSSA ESCOLA BÍBLICA... VENHA PARTICIPAR CONOSCO, ÀS 20H, NA SALA FREI EGÍDIO.

       (41) 3667-3008












O PERFUME DA PECADORA

No universo da perfumaria podemos encontrar uma variedade imensa para homens e para mulheres. Podemos escolher os franceses, os italianos, os chineses e os nacionais, que já possuem uma boa qualidade. Dependendo da grana podemos adquirir os mais caros ou os mais baratos. O mais importante é poder sair perfumado, em respeito ao outro ou até mesmo para dizer que somos cheirosos, porque na realidade somos fedidos mesmo.
Mas qual será o perfume usado pela mulher, da qual fala o Evangelho de Lucas (Lc 7, 36-50), para perfumar os pés de Jesus? Segundo Judas Iscariotes, era um perfume muito caro. Na verdade, não sabemos bem qual o nome do perfume que ela usou para ungir os pés de Jesus. Sabemos, porém, qual a essência daquele perfume que agradou tanto a Jesus.
Essa essência, certamente ela não adquiriu em algum laboratório famoso, mas extraiu do seu coração sedento de amor verdadeiro. Cansada de ser usada como objeto de comércio viu em Jesus o poço do amor verdadeiro. Sem ser convidada pelo dono da festa sentiu-se convidada por Jesus, que era rico em misericórdia, e entrou nela sob o olhar malicioso dos convivas e aproximou-se do convidado mais ilustre de Simão, certa de não ser julgada e muito menos condenada.  Chorando abriu o vaso com o perfume e foi derramando o mesmo sobre os pés dele acrescentando a essência, que Jesus apreciou sobremaneira, ou seja, o seu amor puro e verdadeiro, apesar de ferido e machucado.
Eis queridos irmãos o ensinamento maravilhoso do Mestre dos mestres. Para agradar a Jesus não é suficiente comprar perfumes nacionais ou importados para os nossos amigos ou familiares. O que conta mais é a essência que acrescentamos aos perfumes. Nem importa se é simples ou mais caro, o que conta realmente é porque damos o perfume ou um beijo. Judas com um beijo traiu o Jesus.
A essência é que valoriza o perfume que oferecemos aos irmãos e as irmãs. Se o amor puro comandar a nossa ação o tipo do perfume é de menor importância. Se houver a essência, em breve as nossas famílias estarão perfumadas pelo amor misericordioso. As nossas festas serão uma delícia, pois o amor será a música de fundo que animará as mesmas. Das nossas Igrejas correrão rios de perfume precioso que envolverá a todos, alegrando a Jesus e aos seus irmãos e suas irmãs.

Com isso não estamos dispensando os nossos irmãos e irmãs que comercializam perfumes para tornar-nos cheirosos. Estaremos sim, agregando a essência mais valiosa, que perfuma as nossas relações e permite edificar a Civilização do Amor, a partir da família, da qual o mundo está um tanto carente, mesmo depois de dois mil anos de cristianismo. 







Pe. Arlindo Toneta  -  MI
Pároco da Paróquia Nossa Sra. da Boa Esperança
Pinhais - PR 





terça-feira, 15 de setembro de 2015

VISITA DA IMAGEM DE NOSSA SENHORA APARECIDA EM NOSSA PARÓQUIA

PROGRAMAÇÃO dias 26 e 27 de setembro


18h30 – Chegada de Nossa Senhora
19h – Santa Missa com toda a comunidade
20h30 – Oração do terço mariano–MEDITADO
21h30 – Ofício de Nossa Senhora
22h30 – Hora Santa Vocacional
23h30 – Animação com os Jovens da Paróquia Nossa Senhora Aparecida.
0h30 - Santa missa, presidida pelo Frei Valdir 

01h30 até às 06h – Louvores, adoração, meditação, teatros, reflexões com todos os Jovens da Paróquia Nossa Sra. da Boa Esperança, Nossa Sra. da Luz, Nossa Sra. da Saúde, São José Operário e Nossa Sra. Aparecida.
06h – Terço Mariano com os homens – TERÇO DOS HOMENS
6h45 – Santa Missa de despedida da Imagem.

8h – Saída em carreata até a Paróquia Nossa Senhora da Saúde – Jd. Cláudia.

EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ















Com a morte de Jesus Cristo na Cruz, esse instrumento de suplício passou a ser o símbolo do cristianismo. Um símbolo de amor pela humanidade e não mais um símbolo de maldade, no qual eram crucificados os malfeitores, sobretudo pelos romanos.  Portanto, não se está exaltando a cruz pela cruz, mas o amor que chegou ao extremo de aceitar morrer voluntariamente na cruz para manifestar de forma chocante o amor indescritível do Pai por seus filhos e filhas. 
Ainda hoje há uma certa tendência a valorizar demasiadamente o sofrimento, como se ele fosse em si um valor apreciado por Deus. Trata-se da teologia dolorista, que exalta o sofrimento, imaginando que Deus necessita dos nossos jejuns e sofrimentos. Deus não necessita de nada, pois ele é Deus e não um ser carente e necessitado de algo. Deus continua sendo Deus apesar da opção pelo mal dos seus filhos. 
A alegria da mãe é ver o seu filho bem e feliz. Assim, se quisermos alegrar a Deus é importante que estejamos bem. Estaremos bem somente quando navegarmos no bem e na bondade. Para atingir esse objetivo precisamos carregar a nossa cruz e seguir os passos do Mestre Jesus, que por amor enfrentou toda sorte de sofrimentos. Não procurou o sofrimento como se fosse um masoquista, isto é, alguém que gosta dos sofrimentos, mas procurou o amor mesmo à custa de grandes sofrimentos, porque escolheu amar sempre apesar de tudo. Além disso, Deus é amor e não sofrimento.  
Quem necessita de algo somos nós, criaturas de Deus contaminadas pelo pecado original. Nós, para desabrochar no amor que clama espaço e crescimento em nosso interior, podemos trilhar caminhos duros e cheios de espinhos. Para crescer no amor, podemos nos valer de renuncias, sacrifícios, assumidos voluntariamente sob a inspiração do Espírito Santo. Podemos encarar os sofrimentos impostos por aqueles que escolhem viver egoisticamente como oportunidades para manifestar a eles a força do amor, assim como fez o nosso Mestre Jesus. Nisto tudo não estamos correndo atrás do sofrimento, mas percorrendo a estrada do Amor, que envolve sofrimentos.
Portanto, queridos leitores, Jesus não era um doente que correu atrás do sofrimento, como se fosse um valor, mas correu de cidade em cidade para manifestar o amor do Pai a cada um de nós, mesmo que para isso tenha implicado o sofrimento e a cruz. Não agarrou a cruz do sofrimento como um troféu, mas buscou o amor do Pai pelos seus filhos a ponto de dar a sua vida numa cruz. O amor cobre uma multidão de pecados, nos lembra S. Pedro. Portanto, a Igreja não exalta a Cruz, somo símbolo do sofrimento, mas como símbolo do amor divino pela humanidade.

Nesse sentido Jesus está dizendo aos seus seguidores: “Se alguém quiser me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga” (Mc 8,34). Ele está convidando os seus seguidores a renunciar o egoísmo, que escraviza e mata, para desabrochar no amor, que vivifica e alegra, mas que, por vezes, implica sofrimentos pequenos e grandes.  Nisto fica claro que a vocação dos cristãos não é ao sofrimento, mas sim ao amor, conforme Santa Terezinha do Menino Jesus descobriu na sua tenra idade: “A minha vocação é amar”. 







Pe. Arlindo Toneta  -  MI
Pároco da Paróquia Nossa Sra. da Boa Esperança
Pinhais - PR 





sexta-feira, 11 de setembro de 2015

DIA 26/09/2015 - VISITA DA IMAGEM DE NOSSA SENHORA APARECIDA EM NOSSA PARÓQUIA

 


POR QUE NOSSA SENHORA ESTÁ FAZENDO ESTA PEREGRINAÇÃO?
Entre os dias 7 de Agosto e 22 de Novembro de 2015 a Imagem Peregrina visitará a Arquidiocese de Curitiba. Serão 107 dias desde a busca da Imagem no Santuário Nacional até sua devolução. A Imagem milagrosa de Nossa Senhora Aparecida foi encontrada no rio Paraíba do Sul no ano de 1717. Portanto, em 2017 a aparição da imagem completará 300 anos. Em comemoração à data, o Santuário Nacional de Aparecida promove o Jubileu “300 anos de bênçãos”, com uma programação devocional e obras de fé que vão nos preparar para o grandioso tricentenário. 2014 marca o primeiro ano do triênio preparatório dos 300 anos. Imagens peregrinas estão sendo enviadas a diversas arqui (dioceses) e Missionários Redentoristas levarão a cada capital do país uma imagem fac-símile da Padroeira. Durante a peregrinação, serão colhidas porções de terra das capitais brasileiras para compor uma coroa especial para Nossa Senhora Aparecida. Esta peregrinação, na Arquidiocese de Curitiba, acontece em meio à realização do Ano Missionário. Queremos nos constituir como Igreja em Saída, no espírito de renovação de nossas paróquias como Comunidade de Comunidades. 

PROGRAMAÇÃO dias 26 e 27 de setembro

18h30 – Chegada de Nossa Senhora
19h – Santa Missa com toda a comunidade
20h30 – Oração do terço mariano–MEDITADO
21h30 – Ofício de Nossa Senhora
22h30 – Hora Santa Vocacional
23h30 – Animação com os Jovens da Paróquia Nossa Senhora Aparecida
0h30 - Santa missa, presidida pelo Frei Valdir 

01h30 até às 06h – Louvores, adoração, meditação, teatros, reflexões com todos os Jovens da Paróquia Nossa Sra. da Boa Esperança, Nossa Sra. da Luz, Nossa Sra. da Saúde, São José Operário e Nossa Sra. Aparecida.
06h – Terço Mariano com os homens – TERÇO DOS HOMENS
6h45 – Santa Missa de despedida da Imagem.

8h – Saída em carreata até a Paróquia Nossa Senhora da Saúde – Jd. Cláudia.



terça-feira, 8 de setembro de 2015

CANSADOS DE PERDOAR


Eis o grande problema que envolve as nossas famílias. Normalmente perdoamos uma ou duas vezes e, a seguir, recusamo-nos à misericórdia. Guardamos dentro de nós o veneno do ódio e da mágoa por anos e anos. Exigimos que outro seja perfeito ou que ele se afaste de nós. Claro que o outro não é perfeito e por conta disso as separações familiares são inúmeras. Quanta dor e sofrimento por conta disso!
Os judeus ortodoxos tinham o hábito de perdoar sete vezes e depois excluir o outro e a outra da sua relação familiar. Por isso mesmo, São Pedro perguntou a Jesus se era suficiente perdoar o irmão que pecava contra ele sete vezes. Ao que Jesus respondeu que era importante perdoar setenta vezes sete, ou seja, sempre. Em outras palavras, Jesus está ensinando os seus seguidores a guardar apenas o amor, que sempre perdoa, porque no amor verdadeiro não há lugar para o não perdão.
Deus como Pai amoroso possui um coração misericordioso, ou seja, capaz de cobrir as nossas misérias e pecados, o tempo todo. Para Deus o pecado e as nossas limitações não são problemas, mas oportunidades para manifestar o seu amor que entra para santificar e suprir as nossas limitações. Onde abunda o pecado, superabunda a Graça. “Deus jamais se cansa de nos perdoar. Nós é que nos cansamos de pedir perdão” afirma o nosso bispo de Roma, isto é, o Papa Francisco.
Diante das quedas frequentes, muitas pessoas e casais desanimam e não mais têm coragem de pedir perdão a Deus imaginando que ele está triste e se recusa a continuar perdoando. Na verdade, estão transferindo para Deus os próprios sentimentos e canseiras. Pensam Deus à sua imagem e não conhecem o verdadeiro Deus, que é cheio de misericórdia. A grande alegria de Deus consiste em carregar nos ombros a ovelha ferida e levá-la para casa para fazer festa. Ele não a encontra para um julgamento e uma condenação como muitos de nós faz, mas para um banquete festivo onde todo o Céu se alegra (cf. Lc 15, 4-7).
Nós cansamos de perdoar, sobretudo quando achamos que somos melhores do que os demais. Vejamos o caso específico do filho mais velho, na parábola do Filho Pródigo, que se julgava bonzinho por ter observado as normas da casa e, por isso mesmo, queria excluir o irmão da família. Nem mais o admitia como irmão. Ao contrário, o Pai cheio de misericórdia, envolve os dois filhos na bondade e no perdão, pois ambos precisam dele (Lc 15,11-32). Nessa parábola Jesus quer nos auxiliar a sermos à semelhança de Deus Pai, isto é, cheios de misericórdia e não mais de julgamentos, condenações e exclusões.
Em outro texto do Evangelho de João (Jo 8, 1-11) notamos um grupo, dos que se julgavam santos e puros, conduzindo até Jesus uma mulher pega em adultério com a intenção de que fosse apedrejada, conforme falava a lei de Moisés. Diante de Jesus, os condenadores e a mulher reconheceram que todos eram pecadores e com isso mudaram de atitude. Ninguém teve coragem de condenar, pois todos entenderam que também eram pecadores. O único santo, que era Jesus, não ousou condenar, mas a todos cobriu com a sua misericórdia. Ele atirou sobre a mulher a pedra do perdão que vivifica o pecador.

Diante dessas nossas canseiras no capítulo do perdão queremos pedir que Jesus nos dê um coração misericordioso à semelhança dele. Um coração que acredite na força transformadora do amor misericordioso, pois o perdão traz alegria onde a mágoa produziu tristeza, além de curar as feridas. Que Ele nos agracie com uma mente decidida a perdoar sempre, pois todos nós somos pecadores e também necessitamos do perdão de Deus e dos irmãos! 





Pe. Arlindo Toneta  -  MI
Pároco da Paróquia Nossa Sra. da Boa Esperança
Pinhais - PR 




quinta-feira, 3 de setembro de 2015

FAMÍLIA, LUGAR DE PERDÃO

O Encontro de Casais com Cristo é um serviço de animação da família na Paróquia, Comunidade de Comunidades. Neste quarto encontro de casais Deus nos inspirou o tema: Família, lugar de perdão, dado as imensas dificuldades pelas quais passam as nossas células eclesiais, isto é, as famílias.
Olhando para a realidade familiar do nosso tempo vemos esse território infestado de brigas, conflitos e separações. Diante disso surgem perguntas na tentativa de entender o porquê dessa realidade conflituosa, uma vez que a família não foi pensada por Deus para ser um palco de guerra, mas um ninho de amor, a fim de que os filhos desabrochassem no amor e na bondade. Por que está acontecendo essa guerra familiar colocando em risco a saúde da família, da Igreja e da Sociedade? Para lançar um bocadinho de luz sobre essas sombras que incidem sobre a família; valemo-nos de uma reflexão do nosso querido Papa Francisco, que na sua sabedoria vai apontando a solução indicada por Jesus em diversas passagens do evangelho.
 "Não existe família perfeita. Não temos pais perfeitos, não somos perfeitos, não nos casamos com uma pessoa perfeita nem temos filhos perfeitos. Temos queixas uns dos outros. Decepcionamos uns aos outros".
Eis a nossa realidade humana, que muitos de nós insistimos em ignorar, imaginando que casamos com pessoas perfeitas. No tempo do namoro tende-se a ver apenas o lado bom do outro e da outra. Não é raro ouvir jovens casais afirmando com todas as letras que a sua namorada é perfeita e que o seu noivo é um príncipe sem pecados. Esse encantamento que impede de ver a realidade pode ruir já na lua de mel e ambos experimentarem a dureza da convivência a dois.
É fundamental, portanto, tomar consciência da nossa realidade humana. É lucides dar-se conta que todos somos contaminados pelo pecado e carregamos uma série enorme de problemas, medos, limitações, traumas, preguiças, ciúmes, invejas, inseguranças que impedirão a relação perfeita sonhada pelos apaixonados. Aqui não se trata de pessimismo, mas de assumir a realidade humana e tomar decisões a partir dela para evitar decepções maiores.
Se não existem pessoas perfeitas e nem filhos perfeitos, a convivência humana requer inicialmente uma disposição constante de aceitar o outro e a outra do jeito que são. Além disso, é fundamental a decisão de perdoar os pecados e falhas do outro. A pessoa humana, sem oxigênio, acaba morrendo e uma família sem o perdão adoece e morre. Por conta disso o papa continua dizendo: "Não há casamento saudável nem família saudável sem o exercício do perdão. O perdão é vital para nossa saúde emocional e sobrevivência espiritual. Sem perdão a família se torna uma arena de conflitos e um reduto de mágoas. Sem perdão a família adoece. O perdão é a assepsia da alma, a faxina da mente e a alforria do coração".
Queridos casais! Eis o segredo de permanecer juntos a vida toda. Não se trata de alguns casais que têm muita sorte, encontrando o parceiro ideal, e outros que são azarados. Todos os parceiros são pecadores e carregam pecados e limitações. Determinante é como são encaradas essas limitações. Alguns as vêm como oportunidade para ajudar o outro, para perdoá-lo e assim demonstrar o seu amor, outros as descobrem como motivos para condenar, julgar e separar-se.
Para edificar uma família saudável é indispensável tomar o remédio do perdão, pois todos somos pecadores e necessitamos nos perdoar. Como é difícil perdoar as nossas burradas! Além disso, é necessário dar o mesmo remédio ao cônjuge, pois ele, involuntariamente ou na sua fraqueza humana, pode pecar sete vezes ao dia, ou seja, muitas vezes.
Quando na família se perdoa poucas vezes a mesma adoece e não havendo perdão de jeito nenhum a família adquire câncer e em breve metástase e será finalmente destruída.
Para concluir, o nosso querido Papa Francisco afirma categoricamente: “Quem não perdoa não tem paz na alma nem comunhão com Deus. A mágoa é um veneno que intoxica e mata. Guardar mágoa no coração é um gesto autodestrutivo. Quem não perdoa adoece física, emocional e espiritualmente. É por isso que a família precisa ser lugar de vida e não de morte; território de cura e não de adoecimento; palco de perdão e não de culpa”.

Diante disso, queridos irmãos, precisamos decidir se queremos famílias vivas ou mortas. A decisão passa pela nossa mente que liberta o coração, na medida em que o perdão é dado a si e ao outro. Se decidirmos acolher sempre as limitações do outro como oportunidades para amar perdoando teremos famílias robustas e fortes no amor e na alegria. Termos ninhos de vocações para santificar a família e a Igreja.  Se decidirmos não perdoar, nós teremos na família um campo de guerra e de infelicidade. Teremos um ninho de cobras que picam uma à outra. A decisão é de cada pessoa.







Pe. Arlindo Toneta  -  MI
Pároco da Paróquia Nossa Sra. da Boa Esperança
Pinhais - PR 



terça-feira, 1 de setembro de 2015

O GPS

A tecnologia da comunicação vem fascinando o mundo, particularmente o mundo jovem. As novas tecnologias colocadas no mercado revolucionaram o mundo e as relações humanas. Aquilo que estava a muitas horas de distância, através dos meios de comunicação modernos, foi colocado há apenas alguns segundos. O mundo virou uma pequena ilha. Que maravilha tecnológica está ao nosso alcance para comunicarmos o bem e a verdade de forma rápida e eficiente! A boa notícia, do Evangelho de Jesus, pode chegar facilmente a todo o planeta e contribuir na edificação da civilização do amor.
No meio dessa nova tecnologia quero destacar o GPS (Global Positioning System, ou do português "geo-posicionamento por satélite"). Que invenção fabulosa! Um aparelhinho no carro ou no braço conectado a um satélite. O usuário digita o seu destino e o sistema conduzirá a pessoa até o lugar escolhido, com 100% de acerto. Com isso, se pode andar com segurança, mesmo nas cidades mais complicadas, a exemplo de São Paulo e Rio de Janeiro.
Neste mês de setembro, mês da Bíblia, quero falar um pouco do GPS, que a maioria dos homens conhece com o nome de Bíblia. Trata-se de um livro conectado a Deus e que está ao alcance de todos os seus filhos e filhas. As editoras católicas estão fazendo um grande esforço para que chegue a todos os lares e possa ser utilizado diariamente pelos membros da família. Diversos cursos estão disponíveis nos Institutos de Teologia e nas Paróquias para ensinar como utilizar bem esse fabuloso sistema.
Ao abrir o GPS Bíblia a pessoa digita o seu destino final, isto é, o Paraíso. Em cada página lida e meditada, diariamente, o Espírito Santo conduzirá a pessoa nas estradas da vida até a vida eterna, ou seja, até o Paraíso. Por curvas perigosas, por atalhos inesperados, com paradas impensadas, por caminhos nunca vistos o Espírito de Deus conduzirá o seu filho, com certeza, à morada eterna.
Por isso, querido leitor, você que confia tanto no GPS que te conduz nas ruas das cidades, valha-se, sobretudo, do GPS que pode te conduzir ao Paraíso. Inicialmente, escolha uma boa tradução católica e coloque-a ao teu alcance: no carro, na cabeceira da cama, na sala, na bolsa, no bolso.
Ao circular nas ruas da vida, lembre que você veio de Deus e para Deus está voltando, conforme nos ensinou Jesus de Nazaré.  Valha-se, portanto, do GPS Bíblia para andar com equilíbrio e segurança em todos os momentos e situações da vida, sobretudo nos momentos de sucesso, quando o “eu” cresce muito e a tentação de conduzir a vida por conta, é forte.  Em cada página, procure, inicialmente, a vontade de Deus a seu respeito.  Leia e medite procurando ouvir a voz do Criador, que vai te conduzindo, na bonança e nas tempestades, com toda a certeza, para o banquete da vida eterna, ou seja, o Paraíso.
Se em algum momento não estiver entendendo a mensagem daquela página da vida peça ao Espírito Santo, que tudo sabe e tudo entende, que te dê o dom da sabedoria, para mais cedo ou mais tarde compreender e acolher a vontade do Pai, que certamente quer o teu sucesso e o de todos os seus filhos.

Ultimo recadinho, dirigido especialmente aos Papais e Mamães! Vocês que amam muito os filhos que Deus lhes confiou, procurem dar de presente para eles esse GPS para que cedo possam andar nos caminhos do Senhor e não se percam nas vielas da droga e do egoísmo, que nesse tempo parecem  multiplicar-se sempre mais. Mais do que isso, meditem com eles a Palavra de Deus em família e a família se manterá na unidade e no amor, mesmo no meio das crises.





Pe. Arlindo Toneta  -  MI
Pároco da Paróquia Nossa Sra. da Boa Esperança
Pinhais - PR