Eu
quero preparar um presépio na minha casa. Não aguento mais, todo ano contemplar
o presépio na Igreja, e não vê-lo na minha casa. Quero montar o presépio no
recinto do meu lar. Quero prepará-lo juntamente com os meus familiares. Quero
envolver os meus filhos, a minha esposa, o meu marido, o nono, a nona e os
netos nessa empreitada. A princípio, pode
acontecer que nem todos topem, mas não vou mais me omitir. Não vou aceitar
apenas um natal de comes e bebes e trocas de presentes do shopping. Quero que o
presente do Céu, Jesus de Nazaré, entre na minha casa e na vida dos meus. Por
isso, buscarei envolver a todos, para que, de alguma forma, experimentem as
verdadeiras alegrias do natal.
No
decorrer da minha vida já vi inúmeros presépios nas Igrejas e, até em praças
públicas. Por isso, não me faltam idéias para montá-lo. Eu quero, porém, montar
um presépio original. Quero montar um presépio vivo e não apenas com figuras
inanimadas. Quero que cada membro da minha casa faça parte desse presépio, não
como figuras decorativas, mas como facilitadores do nascimento de Jesus. Para
que isso aconteça vou lançar mão de alguns recursos.
Vou
reunir a minha família para fazer a novena em preparação ao Natal. Para isso
posso valer-me dos livrinhos da novena que estão disponíveis nas secretarias
das Capelas e da Matriz. Com esse material em mãos reunirei a minha comunidade
familiar para rezar, para cantar e para meditar os nove temas, muito bem
pensados e preparados, que nos ajudarão a montar o presépio vivo.
Procurarei
também, retirar de dentro de casa tudo aquilo que dificulta ou impede a
montagem do presépio. Retirarei o ódio, a inveja, o ciúme, o desejo de
vingança, a maldade e o egoísmo. Vou retirar toda a violência e brigas
desnecessárias da minha casa. Os vícios,
a preocupação exagerada com os bens materiais e maus hábitos são outros
empecilhos para que Jesus encontre em minha casa um bom lugar para nascer.
Jesus não costuma arrombar a porta da casa de ninguém. Ele pede licença, como
fez na casa de Maria e de José. Diante disso, eu e a minha casa, facilitaremos
a entrada dele. Lançaremos mão do maravilhoso Sacramento da Misericórdia. Eu e
a minha família, confessaremos todos os nossos pecados que interrompem a
comunicação entre nós e com Deus.
Se
depender de mim e da minha família ele não terá mais que nascer num estábulo,
bafejado por burros, ovelhas e bois, mas será acolhido e acarinhado em nossa
casa, e, particularmente no coração de cada um de nós. Ele nascerá na minha
família. Com isso eu poderei contemplá-lo no rosto da minha esposa e do meu
marido. Quero beijá-lo no rosto dos meus filhos. Quero percebê-lo no rosto da
minha sogra e da minha empregada! Não quero mais contemplá-lo apenas numa
imagem inanimada. Quero poder acolhê-lo e abraçá-lo em cada irmão e em cada
irmã, a partir do presépio da minha casa.
Eu
sei que, através da família de Nazaré, Deus quis entrar em todas as famílias do
mundo. Deus quis entrar para que o amor de Deus reinasse nas famílias e não
apenas na grande Igreja. Deus se fez pessoa humana para que no rosto de cada
irmão pudéssemos visualizar a face dele e pudéssemos acolhê-lo e amá-lo em cada
irmão. Por isso, não perderei a oportunidade. Neste Natal, farei da minha casa
um presépio. Um presépio com membros vivos. Um presépio onde Jesus não será
abrigado numa manjedoura, mas no coração dos meus familiares. Com isso, ele
resplandecerá no rosto dos meus. Recebendo esse presente do Céu a minha casa,
certamente, será um presépio maravilhoso, isto é, cheio de bolinhas de ternura, de serviço, de respeito, de alegria e de
paz.
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