quarta-feira, 15 de abril de 2015

O ENVIO DE JESUS AO MUNDO

De tempos em tempos temos observado os interventores nos bancos, empresas e em outros setores da vida. Normalmente os mesmos chegam com poderes para identificar os maus gestores e ou os incompetentes a fim de julgá-los, puni-los e, a maioria das vezes, para expulsá-los daquele setor.  Raramente observa-se a vontade firme de ajudá-los na melhoria da gestão.
Depois de termos vivenciado a Semana Santa, tivemos a oportunidade de experimentar, mais uma vez, porque Deus enviou o seu Filho a intervir no mundo. Apesar disso, muitos acreditam e pregam que em breve ele virá uma segunda vez para condenar os maus e premiar os bons. Contemplando tanta maldade, que a mídia joga dentro dos nossos lares, muitos acreditam que a fim do mundo está próximo. Fim do mundo este como julgamento e condenação dos maus e salvação dos bons.
Para começo de conversa o Filho de Deus fez aliança com a humanidade é não se afastou dela. Ele mesmo falou que estaria conosco todos os dias até a fim do mundo (cf Mt 28,20). Se ele não está dentro de nós está à porta batendo e querendo entrar. Entrar não para condenar, mas para redimir e fazer festa conosco (cf Ap e,20). Portanto, Jesus caminha conosco, como caminhou com os discípulos de Emaús, a fim de nos ajudar a entender o Projeto Salvífico de Deus para todos os homens e mulheres de boa vontade (cf Lc 24,13-35).
No Evangelho de João lemos que Deus amou tanto o mundo que enviou o seu Filho para que todos tenham a vida eterna. Continua dizendo que não o enviou para condenar ninguém, mas para salvar a todos (cf Jo 3,16-17). Diante dessa boa notícia, que pudemos ouvir e viver nesse tempo pascal, cabe uma revisão da nossa mentalidade condenatória, que insiste nos nossos corações mesquinhos e pecadores.
Muitos de nós entramos nos grupos e na sua Igreja com essa mentalidade de condenação e exclusão. Excluímos os que pensam diferente e nos apegamos aos cargos e comandos. Precisamos nos converter ao Evangelho de Jesus Cristo morto e Ressuscitado para Redimir e Salvar a todos no amor e não nas proibições, que dividem e excluem. Necessitamos pedir a ele a disposição para carregar os pecados da comunidade nas nossas costas, se necessário for, para que todos possam participar do banquete da vida, desde já.   
Será que Deus tem prazer de condenar um filho ou uma filha? Nós que não somos tão bons não desejamos que um dos nossos filhos seja um bêbado ou frustrado, imaginemos o querer de Deus. Certamente fará loucuras para salvar e admitir um filho no seu banquete. Pensemos na loucura de morrer na cruz para que eu e a você pudéssemos participar da sua alegria. Se há uma frustração de Deus, é quando um filho ou uma filha, apesar da sua loucura amorosa, se recusa a participar da sua festa, que pode começar aqui e agora, e se embrenha no egoísmo mesquinho e excludente, que pode culminar na frustração eterna, ou seja, no inferno.

Diante dessa loucura amorosa de Deus em relação aos seus filhos e filhas, cabe a cada um de nós, que buscamos seguir os passos de Jesus Cristo Morto e Ressuscitado, procurar fazer tudo para atrair o maior número para Deus e a sua Igreja. Importa que derrubemos todas as barreiras que dificultam essa atração e inserção.  Devemos combater o pecado sem demonizar pessoas e coisas que Jesus Cristo já purificou por nós e para nós. 




Pe. Arlindo Toneta  -  MI
Pároco da Paróquia N. Sra. da Boa Esperança  - Pinhais - PR

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