Quanto e
quando trabalhar, eis a questão!
Parábola
dos trabalhadores. - Mt 20,1-16a

Meditando esse evangelho
uma série de questões emergem imediatamente na nossa mente retributiva. Parece
que o patrão foi injusto com os últimos. Parece que os últimos deram uma de
espertos. Na verdade, Jesus está utilizando de uma comparação extraída da
realidade da época para ensinar algo sobre Deus e o seu modo de relacionar-se
com os seus filhos e filhas.
Uma coisa que salta aos
olhos é que Deus não se cansa de procurar os seus filhos e filhas. Parece que
Deus se esquece de nós, sobretudo de alguns. Na verdade, ele passa na primeira
hora, na segunda, na terceira, de manhã, à tarde procurando os seus filhos e
filhas. O nosso patrão não se esquece de ninguém, mas incansavelmente nos
procura e nos convida. É maravilhoso dar-nos conta dessa verdade, isto é, do
Pai do Céu que nos procura a todos e nos procura sempre.
Nos procura não para nos
chamar de vagabundos ou para nos condenar. Quando nos encontra lança um convite
para trabalhar na sua vinha. Qual é a sua vinha? Seria uma lavoura de café, de
soja ou de milho? Nada disso. Trata-se de trabalharmos na edificação da sua
Igreja, do seu Reino aqui na terra. Um Reino de justiça, de fraternidade, de
misericórdia, de caridade e de paz.
Claro que alguns não aceitam
o convite e preferem edificar o reino da injustiça, da ganância, da guerra, do
ódio, da inveja e do ciúme. Outros, porém, descobrem esse Patrão muito cedo e
aceitam o seu convite de trabalhar na sua vinha. Outros, o descobrem na
adolescência, outros quando adultos e finalmente alguns na velhice. O
importante é que também respondem positivamente ao convite do Patrão. Todos
trabalham na confiança que a retribuição será justa. Justa não necessariamente aos olhos humanos,
mas aos olhos tocados por Deus, isto é, curados.
O tal do pagamento não é
em reais ou dólares, como muitos pensam, mas na alegria de poder conviver,
servir e amar a quem nos ama apaixonadamente desde a nossa origem. Que
pagamento fantástico é esse de saber-nos procurados, convidados, amados e
preciosos aos olhos do Patrão e dos seus filhos!
Peçamos a graça de
encontrar com o Patrão bem cedo para desfrutar da sua companhia e do seu amor.
Pe. Arlindo
Toneta – Pároco –
Paróquia N. Sra. da Boa Esperança – Pinhais - PR
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