segunda-feira, 16 de março de 2015

NASCEMOS DO AMOR PARA O AMOR

Olhando para a realidade à nossa volta entendemos que nem todos entenderam essa verdade fundamental da vida humana. Por que falamos assim? Porque vemos inúmeros homens e mulheres que correm atrás de mil outras coisas e não são ricos no que diz respeito ao amor.
A Palavra de Deus, no entanto, procura desde o Antigo Testamento, nas suas diversas normas e orientações, apontar essa vocação fundamental de todo o ser humano. “A água apaga o fogo e a caridade expia os pecados” (Eclo 3,30). O próprio Jesus resume a Lei dos Profetas em amar a Deus e aos irmãos (cf Mt 7,12).
No evangelho de (Mc 12,28-34) aparecem pessoas perguntando a Jesus qual é o maior mandamento, pois havia uma gama imensa de leis e normas que visavam orientar a vida daquele povo, mas ao mesmo tempo podiam causar desentendimento quanto ao essencial. A eles Jesus aponta o amor a Deus e ao próximo como o centro e a vocação fundamental do ser humano. Fala assim porque todo homem foi feito à imagem e semelhança do seu Criador. Sendo o seu Criador Amor, por excelência, não poderia ser outra a sua vocação fundamental, descoberta, de modo especial, por Santa Terezinha do Menino Jesus.
Apesar disso, vemos homens e mulheres totalmente equivocados na sua opção fundamental. Uns optam para fazer coleções dos mais diversos objetos, mas são pobres em colecionar gestos de amor e bondade. Por isso mesmo, apesar das suas coleções são homens e mulheres frustrados porque aquelas coleções preencheram espaços e paredes, mas deixaram vazios os seus corações.
Muitos políticos, empresários e funcionários embrenham-se na roubalheira imaginando que nasceram para acumular bens e dinheiro. Apesar de todos os seus bens são homens e mulheres pobres de amor e fraternidade. Eles não entenderam que nasceram do Amor e para o amor e por conta disso são frustrados e sofredores que empobrecem os seus países e as suas comunidades.
Amar a Deus de todo o coração, com todo o entendimento, com toda a força e aos outros como a si mesmo é a vocação central de todo homem e vale mais de que todos os sacrifícios, correrias, capitais, coleções e outros bens e prazeres (cf Mc 12,33). Feliz do homem e da mulher que assim organiza a sua vida, ou seja, que coloca o amor no centro, como o sol, e faz girar tudo o mais em torno desse valor central.

Peçamos a graça de não nos perdermos no emaranhado das leis e propostas do mundo moderno. Que a luz do Evangelho de Jesus brilhe em nossas mentes e nos leve a permanecer firmes no essencial, isto é, no amor, e colocar todas as demais coisas e escolhas na sua dependência!




Pe. Arlindo Toneta  -  MI
Pároco da Paróquia N. Sra. da Boa Esperança  - Pinhais - PR

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