Olhando para a realidade à
nossa volta entendemos que nem todos entenderam essa verdade fundamental da
vida humana. Por que falamos assim? Porque vemos inúmeros homens e mulheres que
correm atrás de mil outras coisas e não são ricos no que diz respeito ao amor.
A Palavra de Deus, no entanto,
procura desde o Antigo Testamento, nas suas diversas normas e orientações,
apontar essa vocação fundamental de todo o ser humano. “A água apaga o fogo e a
caridade expia os pecados” (Eclo 3,30). O próprio Jesus resume a Lei dos Profetas
em amar a Deus e aos irmãos (cf Mt 7,12).
No evangelho de (Mc 12,28-34)
aparecem pessoas perguntando a Jesus qual é o maior mandamento, pois havia uma
gama imensa de leis e normas que visavam orientar a vida daquele povo, mas ao
mesmo tempo podiam causar desentendimento quanto ao essencial. A eles Jesus
aponta o amor a Deus e ao próximo como o centro e a vocação fundamental do ser
humano. Fala assim porque todo homem foi feito à imagem e semelhança do seu Criador.
Sendo o seu Criador Amor, por excelência, não poderia ser outra a sua vocação
fundamental, descoberta, de modo especial, por Santa Terezinha do Menino Jesus.
Apesar disso, vemos homens e
mulheres totalmente equivocados na sua opção fundamental. Uns optam para fazer
coleções dos mais diversos objetos, mas são pobres em colecionar gestos de amor
e bondade. Por isso mesmo, apesar das suas coleções são homens e mulheres
frustrados porque aquelas coleções preencheram espaços e paredes, mas deixaram
vazios os seus corações.
Muitos políticos, empresários
e funcionários embrenham-se na roubalheira imaginando que nasceram para
acumular bens e dinheiro. Apesar de todos os seus bens são homens e mulheres
pobres de amor e fraternidade. Eles não entenderam que nasceram do Amor e para
o amor e por conta disso são frustrados e sofredores que empobrecem os seus
países e as suas comunidades.
Amar a Deus de todo o coração,
com todo o entendimento, com toda a força e aos outros como a si mesmo é a
vocação central de todo homem e vale mais de que todos os sacrifícios,
correrias, capitais, coleções e outros bens e prazeres (cf Mc 12,33). Feliz do
homem e da mulher que assim organiza a sua vida, ou seja, que coloca o amor no
centro, como o sol, e faz girar tudo o mais em torno desse valor central.
Peçamos a graça de não nos
perdermos no emaranhado das leis e propostas do mundo moderno. Que a luz do
Evangelho de Jesus brilhe em nossas mentes e nos leve a permanecer firmes no
essencial, isto é, no amor, e colocar todas as demais coisas e escolhas na sua
dependência!
Pe. Arlindo Toneta - MI
Pároco da Paróquia N. Sra. da Boa Esperança - Pinhais - PR
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