sexta-feira, 19 de junho de 2015

JUNTAI TESOUROS NO CÉU

É muito comum encontrar pessoas correndo atrás de tesouros. Tesouros no Japão, tesouros nas serras peladas, tesouros que foram ocultados na segunda guerra mundial, tesouros e mais tesouros. Procurando para que? Muitos o fazem pelo prazer de ostentar riquezas, outros para poder aumentar o poder de consumo diário, outros simplesmente porque endeusaram as riquezas materiais e passam a viver em função delas. Para alcançar esses objetivos as pessoas correm, se estressam e competem sem dó e sem piedade dos demais.
No meio desse corre, corre, surge a Palavra de Deus com a sua preciosa orientação. Não que desaconselhe buscar os bens materiais, mas, mais do que estes, incentiva a buscar os bens do Céu. Buscar os bens materiais para poder viver com dignidade não contraria a Palavra de Deus, que afirma que cada um deve comer o pão com o suor do seu rosto. Além disso, Jesus ensina a ser rico para Deus, ou seja, a juntar tesouros no Céu.
O que é mesmo juntar tesouros no Céu? Jesus nos ensina a investir, sobretudo naquilo que se guarda para o Céu. O que é o Céu? O Céu é Deus, Deus é amor, portanto, nos ensina a investir no amor. Não no falso amor, isto é, no amor egoísta declarado por muitos homens e mulheres a terceiros. O egoísmo travestido de amor não é riqueza para o Céu, mas investimento para o inferno. Inferno este, que muitos e muitos jovens e adultos já estão vivendo nesta vida.
Jesus orienta os seus seguidores a serem ricos de amor. Quantos homens e mulheres se esforçam diariamente na busca desse tesouro! Felizmente eu encontro gente que não se cansa de buscar esse tesouro apesar das tentações. Pessoas que acreditam no amor não desistem desse tesouro mesmo que se saibam traídas pelos seus. Elas continuam investindo na bolsa do amor perdoando e envidando esforços para santificar aqueles que o Senhor lhe confiou.
Jesus afirma que o nosso coração está onde está o nosso tesouro. Diante dessa verdade surge uma pergunta: Onde está o nosso coração? Se ele está amarrado aos bens terrenos e passageiros, e pouco disponível para buscar os bens do Céu, nós estamos sendo maus gestores, segundo o Evangelho. Estamos cegos em relação aos bens eternos.  Estamos investindo prioritariamente naquilo que não nos garante um futuro pleno e feliz. Somos candidatos a encarrar a morte como uma grande inimiga que nos rouba os bens terrenos. A morte será a suprema derrota e não a tomada de posse do tesouro no Céu.

Diante disso tudo, precisamos tomar decisões, pois o Evangelho é uma boa notícia e não uma imposição. “Aquele que te criou sem você, não te salva sem você” afirmou Santo Agostinho.  Podemos investir nos bens passageiros e consequentemente criar o inferno dentro de nós e ao nosso redor, além disso, encarar a morte como nossa inimiga, pois ela nos conduz ao fracasso total. Por outro lado, podemos investir nos bens eternos e, desde já, começar a colher o Paraíso dentro de nós e no nosso entorno. Além dessas conquistas, podemos acolher a morte como nossa irmã querida que nos leva a tomar posse do tesouro no Céu, isto é, no coração de Deus.





Pe. Arlindo Toneta  -  MI
Pároco da Paróquia N. Sra. da Boa Esperança  - Pinhais - PR

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