Informações sobre a Paróquia Nossa Senhora da Boa Esperança de Pinhais-PR
terça-feira, 29 de abril de 2014
sábado, 26 de abril de 2014
PESCAR
Sair
para pescar pode ter várias motivações e nem sempre as melhores. Alguns saem
porque estão estressados e querem livrar-se desse mal, descontando nos peixes.
Outros saem com segundas intenções, isto é, para beber, para afastar-se dos
problemas familiares, para curtir os amigos, etc.
No
Evangelho de João (Jo 21,1-14) vemos alguns discípulos de Jesus que decidem
sair para pescar. Estavam atordoados com a morte do seu Mestre, quem sabe
decepcionados nas suas expectativas e decidem retornar à antiga profissão de
pescadores. Pescam a noite inteira e não apanham peixe algum. Pela manhã, já
desanimados com o insucesso na pescaria, estavam retornando à praia quando um
indivíduo os orienta para lançarem a rede no lado direito da barca. Fizeram
isso e apanharam grande quantidade de peixes.
Nessa
altura do campeonato muitos pescadores certamente estão pensando em convidar
esse cara para as próximas pescarias a fim de obter melhores resultados. Não
quero decepcioná-los, mas o Evangelho não está querendo ensinar aos pescadores
onde estão os peixes para os mesmos poderem apanhá-los de forma abundante. Ele
está querendo ensinar algo muito mais importante a todos os discípulos e
discípulas de Jesus, que trabalham na sua Igreja.
A
grande tentação de muitos discípulos, sobretudo quando decepcionados em relação
a Deus, é pescar de noite, isto é, sem Deus e a sua orientação. Por melhor que
seja o indivíduo e a sua patota de colegas, os resultados podem não ser bons.
Tanto é verdade, que os discípulos pescaram a noite inteira e nada apanharam,
apesar de serem pescadores experientes. Logo que acolheram Jesus e a sua
palavra houve uma mudança fantástica. Passaram da noite para o dia. A pescaria foi abundante e cheia de animação.
Queridos
leitores! Quantos de nós nos decepcionamos com Deus! Uns porque perderam a
esposa, marido ou filho de forma trágica e inesperada. Na sua dificuldade de
acolher e aceitar esse mistério da morte, revoltam-se contra Deus e o
abandonam. Resolvem conduzir a vida sem a sua Palavra. Abandonam a Igreja e a
comunidade. Decidem trabalhar de noite. Por mais que batalhem, lutem, tentem,
os resultados podem ser frustrantes e inúteis. A pessoa só voltará a ter paz, a
pescar com eficácia, somente quando se abrir para acolher a Palavra de Jesus
que diz: ‘’Eu sou a ressurreição e a
vida. Aquele que se alimenta de mim viverá eternamente’’.
Quantos
irmãos que perdem o emprego, que são assaltados nos seus bens, que perdem a
saúde se sentem decepcionados com Deus porque não atendeu as suas expectativas
humanas! Resolvem conduzir a vida do seu jeito, ou seja, sem a orientação de
Deus e da sua Palavra. Jogam a rede para todos os lados, mas não apanham nada
de bom que os leve a sentir-se bem e realizados. Somente quando se abrem
novamente para Deus e a sua Palavra é que obterão sucesso e a sua fome será
saciada, com os manjares por Ele preparados.
Penso
que depois do exposto, todos entenderam de que pescaria o evangelho está
falando. Em suma, ele está querendo dizem que trabalhar na Igreja sem Deus e a
sua Palavra é trabalhar de noite e trabalhar de noite leva a inúmeras
decepções. Por melhor que seja a nossa comunidade, se faltar Deus e a Luz da
sua Palavra esta comunidade está fadada ao fracasso, mesmo que tenha uma boa
economia ou uma administração atualizada. Da mesma forma, uma família, grupo de
jovens ou adultos que deixa de lado a meditação da Palavra de Deus não tarda a
entrar na noite e no fracasso.
Pe. Arlindo Toneta - Pároco –
Paróquia N. Sra. da Boa Esperança - Pinhais - PR
quinta-feira, 24 de abril de 2014
sexta-feira, 11 de abril de 2014
sábado, 5 de abril de 2014
A FORÇA DA FÉ
Mais
uma vez a Palavra de Deus nos mostra o poder da fé em Jesus. Ela remove as
montanhas do egoísmo, aterra os vales do ódio e chega até a ressuscitar os
mortos. Que pena que grande parte dos nossos homens e mulheres civilizados do
século XXI desconheça essa força! Por conta disso, preferem apelar para a força
do ódio, da violência, da grana, das armas e da guerra. Claro que os frutos
amargos estão em toda a parte. Milhares de feridos, mutilados e mortos a cada
ano.
Neste
tempo de quaresma, tempo propício para a reflexão e a conversão, Jesus nos
oferece mais uma vez a chance de nos apossar da força vivificadora da Fé.
Casamentos à beira do precipício podem ser restaurados com a força da fé em
Jesus. Comunidades divididas por causa do poder podem ser revigoradas com a
força servidora daquele que veio ao mundo para dar a vida em favor de
todos.
Quantos
jovens que não têm mais motivos para continuar vivendo! Alguns encontram-se
mergulhados nos vícios, na iminência do suicídio. A tentativa de restaurá-los
com abstinência e trabalho em clínicas não é suficiente. Quantas recaídas nessa
trajetória apesar dos louváveis esforços! O ingrediente principal nessa terapia
é a Fé em Jesus. Sem ela as quedas serão maiores e até fatais. Com fé ainda
haverá quedas, mas a pessoa encontrará motivos e forças para dar a volta por
cima e recomeçar a caminhada em busca da sua libertação.
Queridos
leitores! O nosso querido papa Francisco convoca a todos nós a sermos
propagadores da fé em Jesus a fim de podermos curar a humanidade que confia em
demasia na força das armas que geram morte e acredita de menos na força da Fé
que gera vida e ressuscita mortos. Quaresma é tempo de conversão e mudança de
mentalidade, meus queridos leitores.
Pe. Arlindo Toneta - Pároco –
Paróquia N. Sra. da Boa Esperança - Pinhais -
PR
FIRMES NO ESSENCIAL
Meditando o Evangelho (Mc 12,28-34)
entendo que Jesus está ensinando que precisamos ter clareza no que é essencial
em termos de religião, caso contrário nos perdemos no emaranhado legal. No
campo civil e no religioso somos muito fecundos no que diz respeito à
produção de leis, normas, proibições e outras exigências. O pior de tudo
é que produzimos tudo isso, a maioria das vezes, para dominar, para enredar,
para assegurar as nossas ideias e convicções e não para libertar os irmãos a
fim de que voem para o alto e para Deus, conforme a sua vocação original.
O Papa Francisco nos recorda na sua
Exortação Apostólica que os preceitos dados por Jesus e pelos Apóstolos ao povo
de Deus são pouquíssimos. O Evangelho de hoje os apresenta bem. Lembra
Santo Agostinho que ensinava que os preceitos adicionados posteriormente pela
Igreja devem se deve exigir com moderação, pois não são a essência do Evangelho
(43).
Lamentavelmente, quantas e quantas
vezes nós sacrificamos o Essencial exigindo dos outros o cumprimento de normas
e leis secundárias. Faltamos de caridade para com o próximo, que é a maior
virtude teologal, com o intuito de exigir o cumprimento de leizinhas que mais
que edificar a Igreja de Jesus a denigrem.
Por isso, o Evangelho de hoje nos desafia
a colocar todo o nosso entendimento, todo o nosso coração, toda a nossa vontade
no único preceito deixado por Jesus, isto é, no Amor. Amor que se
desdobra em duas hastes que juntas formam a cruz de Cristo. A haste vertical:
Amor a Deus e a haste horizontal: Amor aos irmãos. Em outras palavras o
Essencial é o Amor que nos leva a ser Cruz voltada para Deus, em primeiro
lugar, e porque voltados para Deus, de braços abertos para os seus filhos a fim
de acolhê-los no amor.
Todas as demais leis e normas deveriam
convergir para isso, se verdadeiramente somos seguidores de Jesus de Nazaré. Se
não conduzem para responder ao amor de Deus e de todos os irmãos não são
cristãs e deveriam ser deletadas do nosso plano de vida cristã.
Um
abraço a todos vocês que procuram viver na essência do Evangelho.
Pe.
Arlindo Toneta - Pároco -
Paróquia N. Sra. da Boa Esperança - Pinhais - PR
Quantos católicos que foram batizados, fizeram primeira eucaristia e
até receberam a confirmação, mas permanecem mudos por conta do medo de
se comprometer com a verdade que liberta e salva! Quem fez experiência
de Jesus faz parte da Igreja viva de Jesus, isto é, da Igreja em saída
missionária de Jesus, conforme nos lembra o Papa Francisco na Exortação
Apóstólica Evangelii Gaudium.
Imaginamos que as pessoas que foram batizadas, fizeram primeira
eucaristia e foram confirmadas deveriam ter feito experiencia de Jesus e
não apenas uma desobriga por conta das tradições familiares. Se assim
fosse essas pessoas estariam na ativa comunicando Jesus e o Amor
infinito do Pai apaxonado pelos seus filhos e filhas.
Por
outro lado, quando vemos um bando de católicos, que receberam os
primeiros sacramentos e assim mesmo permanecem mudos ou surdos, nos
perguntamos que tipo de experiencia de Jesus fizeram. Certamente não
fizeram uma boa experiencia dele, mas realizaram os gostos da nona e ou
seguiram as tradições familiares, mas não fizeram a experiencia dos
primeiros discípulos, mencionada em Jo 1,35-50), que garante a
missionariedade.
Queridos
leitores! Precisamos que Jesus continue tocando nos católicos e
cristãos para que a sua lingua se desate e comece a comunicar as
maravilhas que ele opera em quem comunga com ele e seus ideais de vida.
Precisamos superar uma religião sacramentalista e formalista, que não
nos liberta, e experimentar a alegria de ser de Deus e de ser
missionário dele.
Um abraço a todos os comunicadores de Deus e dos seus valores,
Pe. Arlindo Toneta - Pároco -
Paróquia N. Sra. da Boa Esperança - Pinhais - PR
terça-feira, 1 de abril de 2014
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