Eis
uma busca constante dos nossos jovens e adultos: A busca de um corpo perfeito,
isto é, cheio de saúde e de harmonia, para viver com mais prazer e alegria.
Para isso, quantas academias, quantos regimes, quantos esforços para atingir
esse objetivo! Quando algum membro adoece ou, por alguma razão, não conseguimos
isso, nos entristecemos, nos estressamos e chegamos até a entrar na famosa
depressão.
A
propósito disso, a Liturgia da Palavra do terceiro domingo do tempo comum,
particularmente a segunda leitura (1Cor 12,12-30), nos apresenta a comunidade
cristã como um corpo. Nela cada batizado aparece como um membro do corpo
eclesial. Um membro da igreja que possui uma função determinada assim como os
membros do corpo humano.
No
corpo humano cada membro por ínfimo que pareça ser tem a sua função específica
que contribui para o bem de todo o corpo. Damo-nos conta disso, especialmente,
quando os nossos olhos ficam doentes. Quando alguma doença nos priva da visão
todo o corpo acaba entrando no mundo das trevas e o corpo inteiro se sente
prejudicado fortemente.
Sendo
assim, queridos leitores, sintamos a nossa Igreja, à qual cada um de nós faz
parte pelo batismo. Pelo batismo formamos o Corpo Místico de Cristo, no qual
Jesus é a cabeça e nós somos os seus membros. Nele nós fomos sarados, ou seja, curados
de todos os nossos pecados. Unidos a ele
formamos um corpo eclesial saudável e pronto para toda a espécie de boas obras.
No
corpo humano não importa se os membros são pé, mão, olho, língua, unha ou
qualquer outro membro, que julgamos menos nobre. Importa que cada um cumpra a
sua função para o bem estar de todo o corpo humano. No Corpo Místico de Cristo,
que é a sua Igreja, à qual fazemos parte, pelo batismo, não importa se somos
homem, mulher, negro, branco, rico, pobre, se temos uma inteligência elevada ou
baixa, etc. Importa sim que cada um assuma a sua função para o bem de toda a
família eclesial.
Quando
uma criança sorri para a mãe o coração da mãe se enche de alegria e toda a
família se alegra. Quando um membro da comunidade acolhe os irmãos com alegria,
quando outro perdoa com amor a falha alheia, quando um terceiro ouve alguém
enlutado quanto amor vai sendo veiculado na comunidade toda! Toda a comunidade
se alegrará por conta desse amor vivido por um membro da comunidade.
Ao
contrário quando um membro da comunidade se afasta dela, por algum motivo, toda
a comunidade é empobrecida. Se a pessoa adoece no pecado do egoísmo, da inveja,
da fofoca toda a comunidade acaba de alguma forma, adoecendo. Nesse sentido não
teremos um Corpo Místico sarado para viver o amor libertador. O remédio é a
confissão e a reconciliação.
Por
isso, queridos irmãos precisamos ouvir de novo Jesus na comunidade de Nazaré,
sua terra, afirmando para a comunidade que o Espírito do Senhor estava sobre
ele a fim de consagrá-lo para uma missão de amor e bondade que libertaria e
salvaria a todos. Nós que fomos
batizados, o Espírito Santo está sobre cada um e nos consagrou para continuar a
missão de Jesus. Só poderemos cumpri-la bem na comunidade dos batizados, isto
é, no Corpo Místico de Cristo, que é a sua Igreja. Longe dela somos um membro
doente, prejudicando a nós e a todos.
Queridos
leitores! Peçamos a graça de sermos membros sarados, pelo Amor de Deus. Que
esse amor cristão circule na nossa mente e coração e, assim possamos contribuir
efetivamente para a alegria e a paz de toda a comunidade!
Pe. Arlindo Toneta - MI
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Boa Esperança
Pinhais - PR
