quinta-feira, 26 de março de 2015

MENSAGEM DE DOM PERUZZO

Parece-me que qualquer mensagem para quem chega está bom, mas eu não gostaria por causa disso, de tornar as coisas facilitadas, o que eu gostaria é que mais do que deixar uma mensagem aos outros eu gostaria de dizer a mim, de maneira pública, que eu quero ouvir bastante, não estabelecendo tempos, 6 meses para ouvir e depois vamos fazer, não isso. Eu quero ouvir muito. Mas ao mesmo tempo, ouvir não significa apenas uma atitude do acadêmico que quer analisar o que encontra, não isso. Ouvir como quem quer partilhar, vamos falar assim: conhecer e deixar me conhecer, não estabelecendo prazos mas de novo, não atos, atitudes, qual é a diferença? O ato é aquilo que eu faço agora, a atitude é aquela predisposição interior que me inspira a atos, é desde dentro que a gente começa a olhar para fora e não o inverso, então vamos deixar a parte interior bem sensibilizada como aquilo que é verdade evangelizadora e que se faz ver. Aí é necessário contato, ir às paróquias, ouvir os padres, deixá-los falar e perceber lá onde há belas experiências evangelizadoras que sejam também inspiradoras.

http://arquidiocesedecuritiba.org.br/palavrabispo/mensagem-de-dom-peruzzo/

CRUCIFICAR A COBRA

Desde muito jovem entendi que a cobra era um problema para nós que saíamos descalços para o trabalho. Lembro-me quando o meu irmão Afonso foi picado por uma jararaca o quanto que o papai teve que correr até na cidade próxima para conseguir o soro antiofídico e assim evitar maiores danos a sua integridade física. Além disso, lembro-me das dores horríveis que ele sentia e o pavor posterior que sentia diante de qualquer cobra que visse.
Atualmente, entendo que a cobra é um animal que integra a pirâmide da vida e foi pensada e querida pelo Criador. É absolutamente claro que ela não é perigosa, a não ser que nós ameacemos o seu habitat e a sua vida. Ela apenas cumpre a sua função e procura defender a sua casa quando alguém a ameaça.  Portanto, não estamos tratando de cobras, animais que se alimentam, sobretudo, de ratos e outros seres vivos. 
Quero falar de uma cobra muito mais perigosa do que a jararaca, o coral e outras. Estou ensaiando uma fala sobre a nossa língua, que é muito perigosa quando se afasta do seu Criador. Vejamos um exemplo que está nas primeiras paginas da Sagrada Escritura. O episódio de Adão e Eva após terrem pecado, ou seja, se afastado de Deus. Adão usa sua língua, que foi pensada para o louvor a Deus e a edificar os irmãos, agora é utilizada para culpabilizar a mulher e a Deus, que colocou a mulher ao seu lado.
Vamos acompanhar o povo de Israel na travessia do deserto rumo à terra prometida. O percurso é longo e as dificuldades não são pequenas. Falta água, falta carne e o cansaço aumenta. Na liderança dessa travessia está Deus e os seus servos, especialmente Moisés. Diante das dificuldades próprias da vida o povo soltou a língua, ou seja a cobra, e começou a murmurar e falar mal de Deus e dos seus servos. Esses pensamentos e falas mordiam o próprio povo e foram se machucando e muitos morriam com isso. Qual é a solução apontada por Deus? Crucificar a língua fofoqueira, maldizente, mentirosa e deixar-nos atrair pelas coisas do alto (cf Nm 21,4-9).
Uma vez que se coloca essa orientação divina em prática, as fofocas e mentiras cessam, as energias são canalizadas para alavancar a caminhada e todos podem seguir rumo à terra prometida, apesar das dificuldades e contratempos, que são próprios da vida humana. Com isso, cada um entende a sua missão e passa a louvar a Deus e respeitar os seus servos que conduzem o povo para o Céu.
Queridos leitores! Uma vez que estamos a caminho, percorramos a Palavra de Deus e cheguemos ao Evangelho de João (Jo 8,21-30). Nele encontramos Jesus discutindo com os fariseus que estão longe do Deus do Amor e se agarram as suas leis humanas e as coisas da terra. Por conta disso, não querem e não conseguem acolher o ensinamento dele, que vive em comunhão com o Pai. Pelo contrário, soltam a cobra mentirosa e falam mal de Jesus e dos seus seguidores, além disso, planejam o seu assassinato.
Diante disso, Jesus aponta para o caminho mais uma vez. Já que eles não querem e não conseguem crucificar a mentira e o pecado, para viver a fraternidade, num gesto de amor estremado, ele se apresenta disposto a carregar e a crucificar, na sua pessoa, essa serpente enganadora e pecaminosa que reivindica espaço dentro de cada um de nós. Por isso ele afirma: “Quando tiverdes elevado o Filho do Homem, então sabereis que eu sou, e que nada faço por mim mesmo, mas apenas faço aquilo que o meu Pai me ensinou. Aquele que me enviou está comigo. Ele não me deixou sozinho, porque sempre faço aquilo que é do seu agrado” (Jo 8,28-29).
Diante do crucifixo vamos olhar bem para Ele. Ele crucificou a serpente enganadora de cada um dos seus irmãos. Portanto, não somos mais escravos da nossa língua maldizente, fofoqueira e pecaminosa, a não ser que andemos longe de Deus como ocorria com os fariseus. Uma vez que fazemos experiência da pessoa de Jesus e nos encantamos com ele seremos capazes de crucificar a nossa língua venenosa, que, com suas mentiras, consegue matar a alegria da vida familiar e comunitária, além de envenenar a nós mesmos.

Queridos irmãos! Nesta Semana Santa, que em breve viveremos, Jesus quer atrair todos nós para o Alto. Ele já crucificou a cobra mentirosa e enganadora por todos nós. Peçamos a graça de viver em comunhão com ele e assim podermos crucificar a nossa língua maldizente para ressuscitar com ele para uma vida nova. Uma vida cheia de amor e respeito para com Deus e para com os irmãos. Para uma Feliz Páscoa. 





Pe. Arlindo Toneta  -  MI
Pároco da Paróquia N. Sra. da Boa Esperança  - Pinhais - PR

segunda-feira, 23 de março de 2015

A FORÇA DA MENTIRA É LIMITADA

Quantas inverdades são apresentadas com cara de verdades, com segundas intenções! Nos diversos segmentos da vida a mentira ocupa o seu lugar e as consequências não tardam a marcar os mentirosos e os que acolhem a mentira. Desde que o mundo é mundo, a mentira parece ter estado presente. O diabo com a mentira conseguiu enganar Eva e Adão e a relação com Deus e entre o casal já foi contaminada. O casal ficou com medo de Deus e procurou esconder-se e na hora de dar explicações, Adão acusou Eva.
Segundo o ensinamento da minha querida mãe, o diabo ensina fazer a panela, mas não sabe fazer a tampa. Por isso, boa notícia é que a mentira tem pernas curtas, isto é, que logo pode ser desmascarada. Uma vez que é confrontada com a fonte da verdade e da vida, isto é, com Deus, ela não se sustenta. Ela derruba o mentiroso e salva o inocente.
Vejamos o caso específico da acusação feita contra Suzana por dois idosos envelhecidos na mentira e na maldade (Dn 13,41-62). Os velhos cheios de desejos torpes em relação à Suzana, uma vez frustrados os seus planos, resolveram mentir perante a comunidade, acusando a mesma de infidelidade matrimonial. O povo que é Maria vai com as outras aceitou facilmente a acusação e já ia para apedrejar aquela senhora. Deus, porém, suscitou Daniel, um jovem cheio de sabedoria, e questionou o julgamento. Feito o julgamento novamente, desta vez diante da Sabedoria, que é um dom de Deus, a falsidade e a mentira foram desmascaradas e a condenação caiu sobre mentirosos.
O grande problema surge quando a comunidade não submete os julgamentos à luz da Sabedoria de Deus. Quando isso ocorre, os inocentes são trucidados e falsos e mentirosos parecem vitoriosos. Imaginemos irmãos e irmãs os nossos diversos julgamentos que estão acontecendo no mensalão, na Petrobrás e em outros setores do nosso País! Será que estão sendo submetidos à luz da Palavra de Deus ou de interesses escusos?  Se prevalecer a segunda hipótese, certamente muitos inocentes pagarão a conta enquanto que os corruptos cantarão vitória. Será que a retirada do Crucifixo de algumas repartições não tem a ver com isso?
No episódio da mulher surpreendida em adultério contemplamos uma cena maravilhosa de julgamento perante a Sabedoria (Jo 8,1-11). Inicialmente vemos um grupo de fariseus e mestres da Lei que trazem até Jesus uma mulher surpreendida em fragrante adultério. Segundo a Lei judaica tais mulheres deveriam ser apedrejadas. É estranho que apanharam apenas a mulher quando na verdade o adultério aconteceu entre um homem e uma mulher. Cadê o homem? Ou para o homem era permitido tudo?
Contemplemos a cena da mulher diante de Jesus, a Sabedoria de Deus, por excelência, e o grupo de acusadores. Jesus conduz a todos, isto é, os acusadores e a mulher a contemplar a sua verdade mais profunda. Diante da sabedoria de Deus todos descobriram que eram limitados, mentirosos e pecadores. Com isso, perderam a vontade de condenar notando que a condenação recaia também sobre eles.
Diante de Deus e da sua Sabedoria todos somos mentirosos e pecadores. Com essa consciência viva passamos a ser misericordiosos conosco e com os demais irmãos e irmãs que são contaminados pela mentira, desde a origem. Delegaremos a Jesus o julgamento, que por sua vez responderá que veio para salvar e não para condenar. “Ninguém te condenou?” Ela respondeu: “Ninguém, Senhor”. Então Jesus lhe disse: “Eu também, não te condeno” (Jo 8,11).

Mais uma vez estamos às portas da Semana Santa. Mais uma vez temos a oportunidade de nos colocar diante do Amor do Pai, que veio para arrancar de nós a mentira e o pecado, a fim de que não mais condenemos as pessoas, mas nos empenhemos fortemente na salvação das mesmas, como fez o nosso querido irmão Jesus de Nazaré. 




Pe. Arlindo Toneta  -  MI
Pároco da Paróquia N. Sra. da Boa Esperança  - Pinhais - PR

AGIR POR CONVICÇÃO PRÓPRIA

Em todos os tempos notam-se pessoas movendo-se ou assumindo determinados comportamentos por causa dos outros ou movidos pela moda. O que é pior ainda é que determinados modismos se impõem de tal forma que os que os adotam nem se perguntam pelo seu significado. Por exemplo, o fato dos meninos mostrarem as cuecas. Não sei se é verdade, mas alguém me disse que a moda surgiu nos presídios americanos e que indicava quem estava disponível sexualmente para os colegas. Se isso é verdade, será que os nossos meninos sabem disso ou será que nesse tempo de modismos o importante é pegar a onda e apenas surfar sem importar-se com o significado do que se faz ou se deixa de fazer? Parece que os modismos sempre mais vão fazendo a cabeça do povo a tal ponto de meninas ficarem com meninas e meninos com meninos sem se perguntarem pelo seu fundamento maior e a que resultados leva.
No Evangelho de hoje vemos um indivíduo que não se movia pela moda ou pelas convicções dos outros. Tinha uma personalidade própria e se recusava a pensar como a massa pensava. Não era do contra só para ser do contra ou por mania de estrelismo. Não era escravo da política, da religião ou de algum modismo do seu tempo. Agia com liberdade absoluta e gradativamente ia abrindo os olhos do povo escravo. Por conta disso, incomodava muito os que comandavam e conduziam as massas. Diante disso, tomaram a decisão de eliminá-lo.  
Onde ele encontrava tamanha força e convicção para agir dessa forma tão livre? “Vós me conheceis e sabeis de onde sou; eu não vim por mim mesmo, mas o que enviou é fidedigno. A esse, não o conheceis, mas eu o conheço, porque venho da parte dele, e ele foi quem me enviou” (Jo 7,28s). Jesus vivia em comunhão com o Pai e nele encontrava a sua força e determinação para agir. Não agia para agradar a esse ou aquele ou por medo das autoridades. Agia assim para revelar o amor e a liberdade pensada pelo Pai para todos os seus filhos e suas filhas.
Na liberdade em Deus ele foi assumindo todas as escravidões e pecados do homem e da mulher e as levou para a cruz e para a sepultura. Da cruz e da sepultura brotou a liberdade para todos os seus irmãos e irmãs, ou seja, a ressurreição para uma vida nova. Uma vida livre das amarras e escravidões para melhor servir a família e a comunidade.
Olhando para a nosso povo cristão, o vemos, ainda hoje, amarrado a modismos sem conta e inúmeras escravidões. Diante disso, nos perguntamos onde os nossos cristãos encontram a sua força para agir? Parece que, a maioria, não age movida por Deus, mas sim por mil outros motivos e muitos deles, bem distantes do Deus do Amor.

Sendo assim, neste tempo de quaresma, tempo de preparação para a páscoa da libertação, queremos pedir a graça da libertação, sobretudo para os nossos batizados. Pedimos a libertação dos modismos que desfiguram a beleza original de cada pessoa humana. Fazemos votos que cada cristão e cada pessoa humana, a exemplo de Jesus, encontre no Pai Nosso, isto é, no Pai do Céu, que é Pai de cada um de nós, a força maior para agir na construção de uma sociedade justa, fraterna, livre e, consequentemente, feliz.




Pe. Arlindo Toneta  -  MI
Pároco da Paróquia N. Sra. da Boa Esperança  - Pinhais - PR

segunda-feira, 16 de março de 2015

NASCEMOS DO AMOR PARA O AMOR

Olhando para a realidade à nossa volta entendemos que nem todos entenderam essa verdade fundamental da vida humana. Por que falamos assim? Porque vemos inúmeros homens e mulheres que correm atrás de mil outras coisas e não são ricos no que diz respeito ao amor.
A Palavra de Deus, no entanto, procura desde o Antigo Testamento, nas suas diversas normas e orientações, apontar essa vocação fundamental de todo o ser humano. “A água apaga o fogo e a caridade expia os pecados” (Eclo 3,30). O próprio Jesus resume a Lei dos Profetas em amar a Deus e aos irmãos (cf Mt 7,12).
No evangelho de (Mc 12,28-34) aparecem pessoas perguntando a Jesus qual é o maior mandamento, pois havia uma gama imensa de leis e normas que visavam orientar a vida daquele povo, mas ao mesmo tempo podiam causar desentendimento quanto ao essencial. A eles Jesus aponta o amor a Deus e ao próximo como o centro e a vocação fundamental do ser humano. Fala assim porque todo homem foi feito à imagem e semelhança do seu Criador. Sendo o seu Criador Amor, por excelência, não poderia ser outra a sua vocação fundamental, descoberta, de modo especial, por Santa Terezinha do Menino Jesus.
Apesar disso, vemos homens e mulheres totalmente equivocados na sua opção fundamental. Uns optam para fazer coleções dos mais diversos objetos, mas são pobres em colecionar gestos de amor e bondade. Por isso mesmo, apesar das suas coleções são homens e mulheres frustrados porque aquelas coleções preencheram espaços e paredes, mas deixaram vazios os seus corações.
Muitos políticos, empresários e funcionários embrenham-se na roubalheira imaginando que nasceram para acumular bens e dinheiro. Apesar de todos os seus bens são homens e mulheres pobres de amor e fraternidade. Eles não entenderam que nasceram do Amor e para o amor e por conta disso são frustrados e sofredores que empobrecem os seus países e as suas comunidades.
Amar a Deus de todo o coração, com todo o entendimento, com toda a força e aos outros como a si mesmo é a vocação central de todo homem e vale mais de que todos os sacrifícios, correrias, capitais, coleções e outros bens e prazeres (cf Mc 12,33). Feliz do homem e da mulher que assim organiza a sua vida, ou seja, que coloca o amor no centro, como o sol, e faz girar tudo o mais em torno desse valor central.

Peçamos a graça de não nos perdermos no emaranhado das leis e propostas do mundo moderno. Que a luz do Evangelho de Jesus brilhe em nossas mentes e nos leve a permanecer firmes no essencial, isto é, no amor, e colocar todas as demais coisas e escolhas na sua dependência!




Pe. Arlindo Toneta  -  MI
Pároco da Paróquia N. Sra. da Boa Esperança  - Pinhais - PR

quarta-feira, 4 de março de 2015

SACRIFICAR O FILHO

Para começo de conversa importa que alinhemos o entendimento, isto é, que compreendamos o que significa sacrificar o filho. Sacrifício vem do latim, que significa sacrum facere, isto é, tornar sagrado. Sendo assim importa que cada um de nós torne sagrado o filho que tem. Mas qual filho nós temos se grande parte das pessoas não é casada e não fez filhos biológicos? Qual é então o sacrifício que Deus nos convida a fazer e de qual filho? 
Os povos pagãos tinham o costume de imolar um dos filhos ou filhas para acalmar a fúria dos deuses. Normalmente alguém virgem para agradar mais os deuses e assim acalma-los e receberem a benção. Parece que os seus deuses tinham sede do sangue dos inocentes. Abraão, que vivia junto a esses povos, num dado momento, entendeu que o seu Deus exigia o sacrifício cruente do seu único filho, isto é, imolá-lo com uma faca e queimá-lo. Na verdade o Deus dele que é o nosso Deus não exige esse tipo de sacrifícios, mas aponta para outro caminho (cf Gn 22,1-18). Caminho esse concretizado particularmente pelo filho de Deus Jesus de Nazaré. “Não quisestes sacrifícios e holocaustos, mas me destes um corpo”.
Qual filho, nós somos convidados a oferecer a Deus? Jesus é a resposta. Ele se consagra inteiramente ao projeto do Pai. Vive a vontade do Pai. Afirma que o seu alimento é fazer a vontade daquele que o enviou, isto é, do Pai (cf Jo 4,34). Imola a sua vontade para viver a vontade do Pai. Consagra-se inteiramente para realizar o projeto do Pai, isto é, resgatar a humanidade do pecado e da morte.
No episódio da transfiguração vemos Jesus subindo a montanha com Pedro, Tiago e João para na intimidade de Deus revelar que pela consagração e doação total aos irmãos chegaria à gloria do Céu. Pedro ficou encantado com a teofania, ou seja, com a manifestação gloriosa de Jesus.  Pensou até em ficar nessa contemplação, mas Jesus o trouxe para a realidade da vida a fim de conduzir os demais irmãos para a montanha de Deus.
Inicialmente Jesus veio para mostrar-nos que o filho a ser sacrificado somos nós mesmos. Cada um de nós recebeu um filho, ou seja, eu mesmo. Somos chamados pelo nome a subir a montanha do Senhor para que Ele nos consagre, nos santifique, nos transfigure, pois só Ele é Santo. Em outras palavras, somos chamados a viver na intimidade do Pai para gradativamente chegar a pensar como Deus e sobretudo, a agir como Deus.
Jesus convida três pessoas para segui-Lo. Não significa exclusão dos demais, mas, pelo contrário, inclusão de todo o povo de Deus. O número três significa a totalidade dos homens e das mulheres. Todos os filhos de Deus são chamados por Jesus a subir a montanha do Senhor. Jesus como o irmão mais querido estende a mão para todos nós e deseja conduzir-nos para a intimidade de Deus a fim de que nos santifique e assim experimentemos, desde já, o gosto do Céu.

Uma vez que fazemos essa experiência de Jesus glorificado Ele nos conduz para o meio dos nossos irmãos nas cidades, nas periferias e nas roças para que estendamos as nossas mãos a eles a fim de conduzi-los à consagração a Deus, aqui e agora, para que também experimentem o gosto do Céu. Em outras palavras, nos tornamos discípulos missionários dele para conduzir os demais para à montanha do Senhor.




Pe. Arlindo Toneta  -  MI
Pároco da Paróquia N. Sra. da Boa Esperança  - Pinhais - PR